lunes, 16 de septiembre de 2024

FORO 33: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: Seus impactos e desafios na vida das sociedades contemporâneas e na Escola do século XXI

 

Andrea Coelho Lastória – ESALQ – UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – BRASIL

Luís Mendes – CEG/IGOT – UNIVERSIDADE DE LISBOA – PORTUGAL

Neste fórum, focalizamos a Inteligência Artificial - IA e seus impactos na vida das sociedades contemporâneas, bem como nos desafios que coloca à Educação e à Escola deste século.

Julgamos ser imprescindível refletir sobre as definições, as concepções, as atuações e os impactos da IA na vida humana e, em especial, no meio educacional. Tal tarefa é importante para todo docente. Tanto para os que estão em formação inicial quanto para os que estão em processos de formação continuada. A IA é a capacidade de uma máquina para reproduzir competências semelhantes às humanas, como é o caso do raciocínio, a aprendizagem, o planeamento e a criatividade. O computador recebe dados, processa-os e responde. Os sistemas de IA são capazes de adaptar o seu comportamento, até certo ponto, através de uma análise dos efeitos das ações anteriores e de um trabalho autónomo.

A IA é uma realidade cotidiana que demanda estudos e investigações em todas as áreas do conhecimento, para além de que exige que os debates extrapolem as territorialidades acadêmicas e venham para as ruas e para o plano do cotidiano. Neste cenário, o presente fórum tem como objetivo principal refletir sobre o uso da IA no meio educacional, instigando o questionamento sobre as potencialidades e os limites desta tecnologia que recentemente foi ampliada e está sendo largamente utilizada em diferentes ramos de atividades do mundo atual.

Várias questões merecem a nossa atenção, muitas ainda sem respostas devido a rapidez com que a IA foi alastrada nos diversos segmentos da vida humana. As questões são pertinentes, não apenas porque dizem respeito ao nosso trabalho como educador mas, principalmente, porque ela tem mudado velozmente o mundo como até então conhecemos. Harasim (2015) destaca que “o rápido crescimento da pedagogia e tecnologia dos MOOC com fins lucrativos e sua adoção por usuários e instituições de todo o mundo é um testemunho espantoso do crescimento da IA na educação”. MOOC é uma sigla em inglês que significa curso massivo, aberto e online (massive open online course).

A autora enfatiza que a Educação online é um campo de investimentos que se fez tão presente nos países e que possui diferentes definições. Tal Educação foi impulsionada pelos softwares de IA proliferados, principalmente pelos Estados Unidos. A IA tem impactado a vida cotidiana de muitas maneiras, proporcionando conveniência, eficiência e novas possibilidades em diversos aspectos. Assistentes virtuais, como o Google assistant ou a Siri, ajudam em tarefas diárias como definir lembretes, tocar música, controlar dispositivos domésticos inteligentes e fornecer informações em tempo real. Plataformas como Spotify, Netflix e YouTube utilizam algoritmos de IA para recomendar músicas, filmes e vídeos com base no histórico de visualização e preferências do usuário. Sites como Amazon e Alibaba sugerem produtos com base em comportamentos de compra anteriores e interesses. As empresas utilizam IA, através dos chatbots, para fornecer suporte ao cliente 24/7, responder a perguntas frequentes e resolver problemas básicos, melhorando a eficiência e a satisfação do cliente. Sistemas de IA ajudam médicos a diagnosticar doenças mais rapidamente e com precisão, analisando grandes quantidades de dados médicos e imagens. Aplicativos de saúde monitoram sinais vitais e atividade física, fornecendo feedback e alertas em tempo real. Em GPS e aplicativos de navegação, Google Maps e Waze usam IA para fornecer rotas otimizadas e atualizações de tráfego em tempo real. Empresas como Tesla estão desenvolvendo veículos autônomos que utilizam IA para navegar e tomar decisões na estrada.

E na Educação? Quais os primeiros impactos? Destacamos as Plataformas de E-learning que utilizam já ferramentas de IA para personalizar o aprendizado, adaptando-se ao ritmo e estilo de cada aluno. Mas também a Tutoria Virtual, que inclui sistemas de tutoria com IA que podem fornecer assistência individualizada, ajudando os alunos a compreender melhor os conteúdos temáticos.

E na educação geográfica? Que impactos se prevêem? As ferramentas de IA podem fornecer acesso a dados geográficos em tempo real, como informações sobre clima, desastres naturais e mudanças ambientais. Isso torna o ensino de temas como climatologia, geopolítica e ecossistemas mais dinâmico e conectado à realidade atual. Para além do acesso a dados em tempo real, é possível através da análise de big data, de recursos educacionais interativos, promover o ensino da geografia em ambientes imersivos. A IA pode alimentar plataformas de aprendizado que oferecem materiais didáticos interativos, como mapas 3D, tutores virtuais e quizzes personalizados, enriquecendo a experiência de aprendizado e tornando o estudo da geografia mais envolvente. Tecnologias como realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR), aliadas à IA, podem criar ambientes imersivos para ensinar geografia. Alunos poderiam "visitar" locais remotos, como desertos, florestas tropicais ou cidades históricas, explorando esses espaços de forma virtual, o que facilita a compreensão de contextos geográficos.

É a IA que permite a transmissão de conteúdos dos cursos online para milhares de pessoas e, também, gera questionários relacionados aos conteúdos a serem respondidos. A IA é usada para a classificação das respostas possibilitando a visualização de resultados. Nesse modelo de cursos, os professores e os tutores foram substituídos por IA. Também é a IA que controla o sistema, ou seja, tudo é possibilitado por ela. Em vez de salas de aulas há os chamados Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) e há os softwares de gerenciamento que incorporam a IA em lugar dos professores humanos. Por outro lado, existe o prejuízo que a consulta da IA já produz conhecimento, que se copia nos trabalhos académicos.

Sob nossa ótica, a pandemia de COVID – 19 impulsionou e acelerou, devido ao isolamento social, a proliferação desses cursos online. Nós mesmos, como professores, recorremos às tecnologias variadas para continuarmos o trabalho de ensino. Ampliamos, assim, a utilização direta ou indireta da IA nos processos educativos e escolares. Isso foi inevitável!

Diante deste cenário, a autora Dora Kaufman (2022) destaca os estudos das redes neurais artificiais, levantando a preocupação sobre a concorrência existente entre a inteligência humana e a inteligência artificial. Em todos os setores da economia e das atividades humanas é preciso refletir sobre os impactos da IA na empregabilidade das pessoas. Muitas profissões já desapareceram no passado e outras surgiram no lugar. Com a revolução da IA, a profissão do professor também já mudou. Novos materiais didáticos e de ensino passaram a existir nas escolas, tecnologias diversificadas já estão sendo cobradas nas práticas escolares, dentre outros aspectos. Contudo, inovações nos métodos e nas técnicas não se traduzem linearmente em melhorias nas metodologias de aprendizagem humana que, por exemplo, permitem a mobilização de atitudes, comportamentos e valores para uma cidadania mais participativa.

A aplicação da IA na aprendizagem dos alunos oferece inúmeras vantagens, mas também enfrenta vários desafios que precisam ser abordados para garantir uma implementação eficaz e equitativa. Desde logo as questões de acesso e equidade. Nem todos os alunos têm acesso igual às tecnologias necessárias para aproveitar os benefícios da IA, exacerbando desigualdades existentes. Escolas em áreas remotas ou com recursos limitados podem não ter a infraestrutura tecnológica necessária para implementar soluções de IA. A dependência excessiva de ferramentas de IA pode diminuir a interação humana, que é essencial para o desenvolvimento social e emocional dos alunos, para a sua socialização. Onde fica o ofício de professor neste dilema? A integração da IA deve complementar, e não substituir, o papel dos professores. O desafio é encontrar um equilíbrio onde a IA apoie os professores sem desvalorizar sua função. Há também o desafio da formação docente e da capacitação, pois os professores precisam ser adequadamente treinados para usar e integrar ferramentas de IA em suas práticas didáticas. E os alunos? Como fazer o aproveitamento destas ferramentas de IA para que apoiem a motivação intrínseca dos alunos para enriquecerem as suas pesquisas, em vez de se converterem em instrumentos que os substituem nas suas atividades, em novas formas de plágio, como já se pré-anuncia? Como mobilizar estas ferramentas sem diminuir as capacidades críticas, cognitivas, procedimentais e atitudinais dos nossos estudantes? A cidadania, o crescimento para a comunidade, também se desenvolve através da inteligência artificial?

Finalizamos com três questões que julgamos pertinentes para o GEOFORO: 1) O que os professores ibero-americanos pensam sobre a IA? 2) A IA tem já modificado as suas vidas pessoais e profissionais? 3) Que desafios coloca a aplicação da IA às metodologias de ensino-aprendizagem de educação geográfica numa escola mais participada e cidadã?

Entendemos, assim, que o presente fórum poderá colaborar com a divulgação dessa reflexão para além dos limites dos muros acadêmicos, ou seja, das Universidades. Isto porque o GEOFORO é uma plataforma aberta e está disponível, de modo gratuito, na internet. Também entendemos que as discussões aqui explicitadas, geralmente produzidas em linguagem simples, poderão ser úteis para diferentes pessoas e em diversos países.

Esperamos que os leitores se sintam motivados a explicitar suas reflexões e comentários. Parece que nós, como professores, estamos juntos, nesse momento, em um barco-escola à deriva.... e a água está bem “mareada” por ondas produzidas pela IA. Vamos continuar assim... à deriva? Ou vamos tomar o leme para estabelecer rotas mais assertivas?



***

INTELIGENCIA ARTIFICIAL: Sus impactos y desafíos en la vida de las sociedades contemporáneas y en las escuelas del siglo XXI

Andrea Coelho Lastória – ESALQ – UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BRASIL

Luís Mendes – CEG/IGOT - UNIVERSIDADE DE LISBOA – PORTUGAL

En este foro nos centramos en la Inteligencia Artificial (IA) y sus impactos en la vida de las sociedades contemporáneas, así como los desafíos que plantea a la Educación y las escuelas en este siglo.

Creemos imprescindible reflexionar sobre las definiciones, conceptos, acciones e impactos de la IA en la vida humana y, en particular, en el entorno educativo. Esta tarea es importante para todo profesor. Tanto para quienes están en formación inicial como para quienes se encuentran en procesos de formación continua. La IA es la capacidad de una máquina para reproducir habilidades similares a las humanas, como el razonamiento, el aprendizaje, la planificación y la creatividad. La computadora recibe datos, los procesa y responde. Los sistemas de IA son capaces de adaptar su comportamiento, en cierta medida, mediante un análisis de los efectos de acciones previas y del trabajo autónomo.

La IA es una realidad cotidiana que exige estudios e investigaciones en todas las áreas del conocimiento, además de exigir que los debates trasciendan los ámbitos académicos y lleguen a las calles y a la vida cotidiana. En este escenario, el principal objetivo de este foro es reflexionar sobre el uso de la IA en el entorno educativo, suscitando preguntas sobre el potencial y los límites de esta tecnología que recientemente se ha expandido y está siendo ampliamente utilizada en diferentes áreas de actividad en la actualidad.

Varias cuestiones merecen nuestra atención. Muchos todavía no tienen respuestas debido a la velocidad con la que la IA se ha extendido a diferentes segmentos de lavida humana. Las preguntas son pertinentes no sólo porque se relacionan con nuestro trabajo como educadores, sino, principalmente, porque ha cambiado rápidamente el mundo tal como lo conocemos hasta ahora. Harasim (2015) destaca que “el rápido crecimiento de la pedagogía y la tecnología MOOC con fines de lucro y su adopción por parte de usuarios e instituciones de todo el mundo es un testimonio sorprendente del crecimiento de la IA en la educación”. MOOC (massive open online course) es un acrónimo en inglés que significa curso masivo abierto en línea.

La autora destaca que la educación en línea es un campo de inversión que se ha vuelto tan presente en los países y que tiene diferentes definiciones. Esta educación fue impulsada por la proliferación de software de inteligencia artificial, principalmente en los Estados Unidos. La IA ha impactado la vida cotidiana de muchas maneras, brindando comodidad, eficiencia y nuevas posibilidades en muchos aspectos. Los asistentes virtuales como Google Assistant o Siri ayudan con tareas cotidianas como configurar recordatorios, reproducir música, controlar dispositivos domésticos inteligentes y proporcionar información en tiempo real. Plataformas como Spotify, Netflix y YouTube utilizan algoritmos de inteligencia artificial para recomendar música, películas y vídeos según el historial de visualización y las preferencias del usuario. Sitios como Amazon y Alibaba sugieren productos basados ​​en comportamientos e intereses de compra anteriores. Las empresas utilizan la IA, a través de chatbots, para brindar atención al cliente 24 horas al día, 7 días a la semana, responder preguntas frecuentes y resolver problemas básicos, mejorando la eficiencia y la satisfacción del cliente. Los sistemas de inteligencia artificial ayudan a los médicos a diagnosticar enfermedades con mayor rapidez y precisión mediante el análisis de grandes cantidades de datos e imágenes médicas. Las aplicaciones de salud monitorean los signos vitales y la actividad física, brindando retroalimentación y alertas en tiempo real. En las aplicaciones de navegación y GPS, Google Maps y Waze utilizan IA para proporcionar rutas optimizadas y actualizaciones de tráfico en tiempo real. Empresas como Tesla están desarrollando vehículos autónomos que utilizan IA para navegar y tomar decisiones en la carretera.

¿Y en Educación? ¿Cuáles son los primeros impactos? Destacamos las Plataformas de E-learning que ya utilizan herramientas de IA para personalizar el aprendizaje, adaptándose al ritmo y estilo de cada alumno. Pero también la Tutoría Virtual, que incluye sistemas de tutoría con IA que pueden brindar asistencia individualizada, ayudando a los estudiantes a comprender mejor los contenidos temáticos.

¿Y en educación geográfica? ¿Qué impactos se predicen? Las herramientas de inteligencia artificial pueden brindar acceso a datos geográficos en tiempo real, como información sobre el clima, desastres naturales y cambios ambientales. Esto hace que temas de enseñanza como la climatología, la geopolítica y los ecosistemas sean más dinámicos y conectados con la realidad actual. Además del acceso a datos en tiempo real, es posible mediante análisis de big data y recursos educativos interactivos promover la enseñanza de la geografía en entornos inmersivos. La IA puede impulsar plataformas de aprendizaje que ofrecen materiales de aprendizaje interactivos, como mapas 3D, tutores virtuales y cuestionarios personalizados, enriqueciendo la experiencia de aprendizaje y haciendo que el estudio de la geografía sea más atractivo. Tecnologías como la realidad aumentada (AR) y la realidad virtual (VR), combinadas con la IA, pueden crear entornos inmersivos para la enseñanza de geografía. Los estudiantes podrán "visitar" lugares remotos, como desiertos, bosques tropicales o ciudades históricas, explorando estos espacios de forma virtual, lo que facilita la comprensión de los contextos geográficos.

Es la IA la que permite transmitir el contenido de los cursos online a miles de personas y también genera cuestionarios relacionados con el contenido a responder. La IA se utiliza para clasificar las respuestas, lo que permite la visualización de los resultados. En este modelo de curso, los profesores y tutores fueron reemplazados por IA. También es la IA la que controla el sistema, es decir, todo es posible gracias a ella. En lugar de aulas, existen los llamados Entornos Virtuales de Aprendizaje (EVA) y hay software de gestión que incorpora IA en lugar de profesores humanos. Por otro lado, existe el daño de que la consulta de IA ya produce conocimiento, que se copia en el trabajo académico.

Desde nuestra perspectiva, la pandemia de COVID-19 impulsó y aceleró, debido al aislamiento social, la proliferación de estos cursos en línea. Nosotros mismos, como profesores, utilizamos una variedad de tecnologías para continuar con nuestra labor docente. Ampliamos así el uso directo o indirecto de la IA en los procesos educativos y escolares. ¡Esto era inevitable!

Ante este escenario, la autora Dora Kaufman (2022) destaca los estudios de redes neuronales artificiales, lo que genera preocupación sobre la competencia entre la inteligencia humana y la inteligencia artificial. En todos los sectores de la economía y de las actividades humanas es necesario reflexionar sobre los impactos de la IA en la empleabilidad de las personas. Muchas profesiones ya han desaparecido en el pasado y otras han surgido en su lugar. Con la revolución de la IA, la profesión docente también ha cambiado. Nuevos materiales didácticos y didácticos están disponibles en las escuelas, ya se demandan diversas tecnologías en las prácticas escolares, entre otros aspectos. Sin embargo, las innovaciones en métodos y técnicas no se traducen linealmente en mejoras en las metodologías de aprendizaje humano que, por ejemplo, permitan movilizar actitudes, comportamientos y valores para una ciudadanía más participativa.

La aplicación de la IA al aprendizaje de los estudiantes ofrece numerosas ventajas, pero también se enfrenta a varios desafíos que deben abordarse para garantizar una implementación efectiva y equitativa. En primer lugar, cuestiones de acceso y equidad. No todos los estudiantes tienen igual acceso a las tecnologías necesarias para aprovechar los beneficios de la IA, lo que incrementa las desigualdades existentes. Es posible que las escuelas en zonas remotas o con recursos limitados no cuenten con la infraestructura tecnológica necesaria para implementar soluciones de IA. La dependencia excesiva de las herramientas de IA puede reducir la interacción humana, que es esencial para el desarrollo y la socialización social y emocional de los estudiantes. ¿Dónde reside el papel del docente en este dilema? La integración de la IA debería complementar, no reemplazar, el papel de los docentes. El desafío es encontrar un equilibrio en el que la IA apoye a los docentes sin devaluar su papel. Luego también está el desafío de la formación y el desarrollo de capacidades de los docentes, ya que los docentes deben estar adecuadamente capacitados para utilizar e integrar herramientas de inteligencia artificial en sus prácticas docentes. ¿Y los estudiantes? ¿Cómo aprovechar estas herramientas de IA para que apoyen la motivación intrínseca de los estudiantes para enriquecer su investigación, en lugar de convertirse en instrumentos que los sustituyan en sus actividades, en nuevas formas de plagio, como ya se ha anunciado? ¿Cómo podemos movilizar estas herramientas sin disminuir las capacidades críticas, cognitivas, procedimentales y actitudinales de nuestros estudiantes? ¿Puede la ciudadanía, el crecimiento de la comunidad, desarrollarse también a través de la inteligencia artificial?

Finalizamos con tres preguntas que consideramos relevantes para GEOFORO: 1) ¿Qué piensan los docentes iberoamericanos sobre la IA? 2) ¿La IA ya ha cambiado tu vida personal y profesional? 3) ¿Qué desafíos plantea la aplicación de la IA a las metodologías de enseñanza-aprendizaje de la educación geográfica en una escuela más participativa y ciudadana?

Por ello entendemos que este foro puede ayudar a difundir esta reflexión más allá de los límites de los muros académicos, es decir, las Universidades. Esto se debe a que GEOFORO es una plataforma abierta y está disponible, de forma gratuita, en Internet. También entendemos que los debates explicados aquí, generalmente producidos en un lenguaje sencillo, pueden ser útiles para diferentes personas y en diferentes países.

Esperamos que los lectores se sientan motivados a expresar sus reflexiones y comentarios. Parece que nosotros, como profesores, estamos juntos, en este momento, en un barco escolar a la deriva... y el agua está muy “marea” por las olas producidas por la IA. ¿Vamos a seguir así... a la deriva? ¿O tomaremos el timón para establecer rutas más asertivas?

Referencias bibliográficas

Harasim, Linda. Educação online e as implicações da inteligência artificial. Revista da FAEEBA: Educação e Contemporaneidade, v. 24, n. 44, p. 25-39, 2015. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/pdf/faeeba/v24n44/0104-7043-faeeba-24-44-00025.pdf.

Kaufman, Dora. Desmistificando a inteligência artificial. Belo Horizonte, Autentica, 2022. 331 p.





FORO 32: ¿Qué y cómo enseñar sobre las desigualdades en países profundamente desiguales? Percepciones del profesorado en formación

 Nancy Palacios Mena. Universidad de los Andes. Bogotá – Colombia

Luis Guillermo Torres Pérez. Universidad Pedagógica Nacional y Secretaría de Educación Distrital – Colombia.

Clézio dos Santos. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Brasil

Simone Rezende. Universidade Metropolitana de Santos. Brasil

En un contexto en que las acciones de los Estados, desde las políticas públicas y los avances de la ciencia y la tecnología, parecen ser insuficientes para disminuir de manera considerable las desigualdades étnicas, socioeconómicas, de género, o alguna por discapacidad, surge un cuestionamiento por las maneras en que se ha abordado el tema de la desigualdad en los distintos niveles educativos; más, cuando este problema toca las puertas de la escuela. Dicho cuestionamiento es muy pertinente a nivel global, pero especialmente en regiones, como América Latina, donde históricamente han existido y se han ampliado las brechas sociales entre las personas. Este foro, que se articula con el número 28 que aborda el papel del profesorado de ciencias sociales (http://geoforoforo2.blogspot.com/2021/10/foro-28.html ), parte del interés de indagar con futuros maestros qué se enseña y cómo se debería enseñar en tema de la desigualdad en países con profundas diferencias sociales y económicas (Ruales y Ortiz, 2022; Uribe y Londoño, 2023; Sánchez, 2017; Cárdenas y Zuleta, 2020).

Este rastreo se llevará a cabo a partir de dos perspectivas conceptuales: la justicia social y la educación y la enseñanza de temas socialmente relevantes. Desde la perspectiva de la justicia social y la educación, resulta de interés dialogar con autores que han planteado la importancia de dotar, desde la escuela, a los estudiantes de conocimientos, habilidades y actitudes para comprender y cuestionar diversas desigualdades en entornos cercanos y lejanos (Mills et al., 2016; Zajda et al., 2006. Desde la perspectiva de la enseñanza de temas socialmente relevantes, resulta interesante reflexionar y debatir la presencia y la relevancia de temas como la desigualdad en los enfoques curriculares y las prácticas pedagógicas de los docentes de los niveles de primaria y secundaria en Iberoamérica tomando como referencia las investigaciones que han se publicado sobre este tema en el contexto internacional y regional en la última década (García, 2021, Santistestan, 2019; González y Santisteban, 2020; Ho et al., 2017).

Este foro de debate tiene como objetivo conocer las percepciones de profesores en formación sobre las causas de las desigualdades, qué se debería enseñar sobre la temática y cómo sería posible hacerlo. Partimos del principio que, si bien muchas de las soluciones al problema de la desigualdad requieren acciones estructurales que deben ser lideradas por el Estado (con un diseño e implementación relevante de políticas públicas) y el compromiso de todos los actores sociales para que haya equidad, la escuela es el escenario propicio para promover los conocimientos, las habilidades y las actitudes que permitan comprender y actuar sobre las diferentes dimensiones de la desigualdad en la región. En este orden de ideas, gran parte de la legislación educativa actual contempla la necesidad de generar en los estudiantes compromisos personales y colectivos con la sociedad en la que viven. Un primer paso hacia la adquisición de estos compromisos pasa por una enseñanza orientada a cuestionar las diversas causas que producen la desigualdad, la forma en que se expresa en la vida cotidiana y las múltiples razones que la han perpetuado en diferentes lugares y momentos de la historia. Una enseñanza que propicie el cuestionamiento de la desigualdad expresada en aspectos visibles en la vida cotidiana como son el acceso a la vivienda, infraestructuras de transporte acceso a salud, educación de calidad, servicios públicos como energía eléctrica y agua potable, de manera sistemática y con intencionalidad pedagógica, contribuye en gran medida a la formación de ciudadanos comprometidos, participativos y proactivos.  

Preguntas que se proponen para el Foro:





¿Cuáles son las posibles causas de estas desigualdades?

¿Cuáles consideras que son las desigualdades que más afectan a tu país? ¿Qué elementos del contexto escolar y social ves relevantes para ser objeto de enseñanza en las ciencias sociales? 

¿Cómo se puede fomentar la participación ciudadana desde el medio escolar?

¿Qué contenidos, categorías y conceptos enseñarías sobre las desigualdades?

¿Cómo se pueden averiguar las concepciones personales del alumnado sobre estos fenómenos?

¿Qué estrategias propondrías para enseñar el tema de las desigualdades dentro y fuera del aula escolar  ?




Referencias


Cárdenas, J. & Zuleta, H., 2020, Efectos es pobreza y desigualdad del COVID-19 en Colombia: un retroceso de dos décadas. Facultad de Economía. Universidad de los Andes', Nota macroeconómica, 20, págs.1–4. Disponible en https://uniandes.edu.co/sites/default/files/asset/document/notamacro20.pdf

García Pérez, Francisco F. (2021) De las dificultades, posibilidades y retos del trabajo en torno a problemas. REIDICS: Revista de Investigación en Didáctica de las Ciencias Sociales. 9, 6-13. https://doi.org/10.17398/2531-0968.09.6

González, N. y Santísteban, A. (2020). Alfabetización crítica para interpretar problemas sociales. Íber. Didáctica de las Ciencias Sociales, Geografía e Historia, 99, 39-45.

Ho LC, McAvoy P, Hess D, Gibbs B (2017) Enseñar y aprender sobre cuestiones y temas controvertidos en los estudios sociales: una revisión de la investigación. En: El manual Wiley de investigación en estudios sociales. Wiley, Págs. 321–335

Mills, M., McGregor, G., Baroutsis, A., Te Riele, K., & Hayes, D. (2016). Alternative education and social justice: considering issues of affective and contributive justice. Critical Studies in Education, 57(1), 100–115. https://doi.org/10.1080/17508487.2016.1087413

Ruales Suarez, K. J., & Ortiz Benavides, E. (2022). Desigualdad y pobreza en Colombia: ¿Cuál es el dilema? Semestre Económico, 24(57), 98-124. https://doi.org/10.22395/seec.v24n57a5

Sánchez-Torres, R. M. (2017). Desigualdad del ingreso en Colombia: un estudio por departamentos. Cuadernos de Economía, 36(72), 139-178.

Santisteban, A. (2019). La enseñanza de las ciencias sociales a partir de problemas sociales controvertidos: Estado de la cuestión y resultados de Investigación. El futuro del Pasado, 10 57-79.

Uribe-Gómez, M. y Londoño, A.-J. (2023). Desigualdad (es) y pobreza, problemas persistentes en Colombia: reflexiones para una agenda urgente. Forum. Revista Departamento de Ciencia Política, (23), 171–189. https://doi.org/10.15446/frdcp.n23.107138

Zajda, J., Majhanovich, S., Rust, V., & Martín Sabina, E. (Eds.). (2006). Education and Social Justice (1st ed. 2006.). Springer Netherlands. https://doi.org/10.1007/1-4020-4722-3



Foro 32. O que e como ensinar a respeito das desigualdades em países profundamente desiguais?

Percepções dos docentes em formação

Nancy Palacios Mena. Universidad de los Andes. Bogotá – Colombia

Luis Guillermo Torres Pérez. Universidad Pedagógica Nacional y Secretaría de Educación Distrital - Colombia

Clézio dos Santos. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Brasil

Simone Rezende. Universidade metropolitana de Santos. Brasil


Em um contexto no qual as ações dos Estados, a partir das políticas públicas e dos avanços da ciência e da tecnologia, parecem ser insuficientes para diminuir consideravelmente as desigualdades étnicas, socioeconômicas, de gênero e devido a alguma deficiência, surge um questionamento sobre o modo como o tema da desigualdade fora abordado nos diferentes níveis de ensino, principalmente quando esse problema chega às portas das escolas. Tal questionamento é bastante pertinente a um nível global, especialmente importante para regiões que, como sucede na América Latina, fossos sociais entre as pessoas não somente existiram como também foram ampliados. Este fórum, que se organiza sob o número 28, procura questionar, em conjunto com os futuros professores, o que se ensina e como deveria ser ensinado o tema da desigualdade em países com profundas diferenças sociais e econômicas (Ruales y Ortiz, 2022; Uribe y Londoño, 2023; Sánchez, 2017; Cárdenas y Zuleta, 2020).

A educação geográfica tem como finalidades a construção de um mundo mais justo socialmente, em que todos tenham condições de vida mínima dignas, e mais sustentável. Assim, a busca junto dos futuros docentes será levada a cabo baseando-se em duas perspectivas conceituais: a justiça social e a educação, por um lado, e o ensino de temas socialmente relevantes, por outro. Sob a perspectiva da justiça social e da educação, há o interesse em dialogar com os autores que demonstraram a importância de, desde a escola, munir os estudantes de conhecimento, habilidades e atitudes com a finalidade de fazê-los compreender e questionar os diversos tipos de desigualdades em ambientes próximos ou distantes (Mills et al., 2016; Zajda et al., 2006). Sob a ótica o ensino de temas socialmente relevantes, é interessante refletir e debater sobre a presença e relevância de temas como a desigualdade nas abordagens curriculares e as práticas pedagógicas dos docentes do ensino primário e secundário, desde logo na América Latina, tendo como referência as pesquisas publicadas, na última década, a respeito desse tema em um contexto regional e internacional (Garcia, 2021; Santistesban, 2019; González y Santisteban, 2020; Ho et al., 2017).

Este foro de debates tem como objetivo conhecer as percepções dos professores em processo de formação a respeito das causas das desigualdades, sobre o que se deveria ensinar a respeito dessa temática e como seria possível fazê-lo. Embora muitas das soluções para o problema da desigualdade requeiram ações estruturais que devem ser coordenadas pelo Estado (com um projeto e implementação relevantes de políticas públicas) e o compromisso de todos os atores sociais para que haja equidade, partimos do princípio de que a escola é o cenário ideal para facilitar a compreensão, as habilidades e as atitudes que permitam compreender e atuar sobre as diferentes dimensões da desigualdade na região. Seguindo essa linha de raciocínio, grande parte da legislação educativa atual considera a necessidade de estimular nos alunos compromissos pessoais e coletivos com a sociedade na qual vivem. Um primeiro passo em direção a aquisição destes compromissos para uma educação orientada a questionar as causas que geram a desigualdade, a forma como se evidencia na vida cotidiana e as diversas razões que contribuíram para que se perpetuasse em diferentes lugares e momentos da história. Um ensino que propicie o questionamento da desigualdade expressa em aspectos visíveis na vida cotidiana, como são o acesso à moradia, infraestrutura de transporte, acesso à saúde, educação de qualidade, serviços públicos como energia elétrica e água potável, de modo sistemático e que tenha intencionalidade pedagógica, contribui em grande medida com a formação de cidadãos comprometidos, participativos e proativos.


Perguntas propostas ao Foro:


Quais desigualdades você acredita mais afetarem seu país?

Quais as possíveis causas dessas desigualdades?

Que elementos do contexto escolar e social você vê como relevantes para ser tema de formação nas ciências sociais?

Como fomentar a participação cidadã no meio escolar?

Que conteúdos, categorias e conceitos você ensinaria sobre as desigualdades?

Como averiguar as concepções pessoais dos estudantes sobre esses fenômenos?

Que estratégias proporia para ensinar a respeito das desigualdades dentro e fora da sala de aula?




Referências


Cárdenas, J. & Zuleta, H., 2020, Efectos es pobreza y desigualdad del COVID-19 en Colombia: un retroceso de dos décadas. Facultad de Economía. Universidad de los Andes', Nota macroeconómica, 20, págs.1–4. Disponible en https://uniandes.edu.co/sites/default/files/asset/document/notamacro20.pdf

García Pérez, Francisco F. (2021) De las dificultades, posibilidades y retos del trabajo en torno a problemas. REIDICS: Revista de Investigación en Didáctica de las Ciencias Sociales. 9, 6-13. https://doi.org/10.17398/2531-0968.09.6

González, N. y Santísteban, A. (2020). Alfabetización crítica para interpretar problemas sociales. Íber. Didáctica de las Ciencias Sociales, Geografía e Historia, 99, 39-45.

Ho LC, McAvoy P, Hess D, Gibbs B (2017) Enseñar y aprender sobre cuestiones y temas controvertidos en los estudios sociales: una revisión de la investigación. En: El manual Wiley de investigación en estudios sociales. Wiley, Págs. 321–335


Mills, M., McGregor, G., Baroutsis, A., Te Riele, K., & Hayes, D. (2016). Alternative education and social justice: considering issues of affective and contributive justice. Critical Studies in Education, 57(1), 100–115. https://doi.org/10.1080/17508487.2016.1087413

Ruales Suarez, K. J., & Ortiz Benavides, E. (2022). Desigualdad y pobreza en Colombia: ¿Cuál es el dilema? Semestre Económico, 24(57), 98-124. https://doi.org/10.22395/seec.v24n57a5

Sánchez-Torres, R. M. (2017). Desigualdad del ingreso en Colombia: un estudio por departamentos. Cuadernos de Economía, 36(72), 139-178.

Santisteban, A. (2019). La enseñanza de las ciencias sociales a partir de problemas sociales controvertidos: Estado de la cuestión y resultados de Investigación. El futuro del Pasado, 10 57-79.

Uribe-Gómez, M. y Londoño, A.-J. (2023). Desigualdad (es) y pobreza, problemas persistentes en Colombia: reflexiones para una agenda urgente. Forum. Revista Departamento de Ciencia Política, (23), 171–189. https://doi.org/10.15446/frdcp.n23.107138

Zajda, J., Majhanovich, S., Rust, V., & Martín Sabina, E. (Eds.). (2006). Education and Social Justice (1st ed. 2006.). Springer Netherlands. https://doi.org/10.1007/1-4020-4722-3



domingo, 19 de febrero de 2023

FORO 31: La necesidad de una educación política desde el sistema escolar

 

Rosmery Alcaraz

Andrea Lastoria

Nancy Palacios

Liliana Pizzinato

Consejo de dirección Geoforo


Los países en América Latina e Iberoamérica en los últimos años vienen enfrentando situaciones de movilización social marcadas por la radicalización política, generando una dicotomía entre formas de gobierno democráticas y dictatoriales. En este ámbito el ejercicio ciudadano toma partido frente a la información divulgada en los medios, polarizando aún más las condiciones en los países; cuya influencia mediática puede ser más fuerte que la formación proporcionada en la escuela. Por ello, su papel y las aportaciones de áreas como la geografía, la historia y las ciencias sociales, podría ser una alternativa para que los ciudadanos abordemos las crisis socioeconómicas de una forma consciente y reflexionada. Como académicos consideramos importante vincularnos en este debate, por lo cual presentamos la situación de Brasil, Colombia y Perú como ejemplo de lo anunciado y la posibilidad de pensar desde nuestro rol docente en acciones reales y concretas que contribuyan estas situaciones desde una argumentación y emoción reflexionadas.


Contexto de Brasil

La bipolarización política en el escenario brasileño fue acentuada en la última elección para presidente y gobernadores de los estados. Después de la elección, en octubre de 2022, del presidente Luiz Inácio Lula da Silva, el ex presidente y conservadores de extrema derecha ampliaron los ataques a la democracia en el país. Jair Bolsonaro cuestionó la eficiencia de las urnas electrónicas y puso en duda el proceso electoral. Sin éxito y sin dar ninguna explicación al pueblo brasileño, no asistió a la toma de posesión de Lula.

La subida de la rampa de acceso al palacio de la meseta, sede del gobierno en Brasilia- DF, fue acompañada por el vicepresidente y sus esposas. La banda presidencial que tradicionalmente es entregada por el presidente que está dejando el gobierno fue entregada por representantes del pueblo. Después de todo, el ex presidente y el ex vicepresidente se negaron a participar en la ceremonia. ¿Se trata de otra señal de falta de respeto al proceso democrático brasileño? Los ataques al Palacio del Planalto, a la sede del Supremo Tribunal Federal y al Congreso Nacional en Brasilia-DF, siete días después, indican que sí.

Los invasores vestían con los colores verde y amarillo, portaban banderas de Brasil y filmaron sus propias acciones destructivas. Obras de arte, reliquias históricas y el propio patrimonio público fueron violentamente depredados. ¿Sería esta otra evidencia emblemática de la bipolarización política? ¿O sería mucho más que eso?

Otras acciones que pueden ejemplificar la bipolarización política en el país son las manifestaciones frente a los cuarteles que ocurrieron en diferentes regiones. Personas también vestidas con ropas en colores verde y amarillo invadieron vías públicas exigiendo intervención de las fuerzas armadas para revertir el resultado de la elección presidencial. Tales acciones antidemocráticas fueron estimuladas y financiadas por diferentes agentes, incluyendo empresarios y pastores de iglesias evangélicas.


Artículo entero aquí

viernes, 25 de marzo de 2022

FORO 30: CAMBIO CLIMÁTICO Y TRANSFORMACIONES AMBIENTALES

 Fabián Araya. Universidad de La Serena. Chile

Diana Durán. Universidad del Salvador, Argentina         

Xosé M. Souto. Universitat de València y Gea-Clío. España       

La sociedad humana se haya amenazada por cambios ambientales que no sabemos cómo afectarán a la salud individual y a los modos de vida colectivos. La Organización de Naciones Unidas se ha preocupado por esta cuestión en los Informes Internacionales (IPCC) y en propuestas políticas de acciones que mejoren las relaciones ambientales en el ecosistema planetario en sus diferentes escalas geográficas.

Ante dichos cambios, la vulnerabilidad se puede medir en la capacidad de resistencia y adaptación de los grupos humanos ante las mutaciones climáticas y paisajísticas que se anuncian. El medio escolar es una institución privilegiada para analizar estos fenómenos, pero necesita una continua formación académica en la comunidad escolar. Por una parte, en el profesorado que accede a un conocimiento disciplinar complejo; por otra el alumnado, que tiene dificultades para diferenciar tiempo y clima, así como distinguir las noticias falsas de las informaciones correctas; finalmente, el contexto cultural de los medios de comunicación, familias y amistades que generan la construcción de explicaciones simplistas que alejan la argumentación de los conceptos y datos rigurosos.

En el Foro 17 ya hemos trabajado esta problemática: Educación ambiental y planetaria / educação ambiental e planetária http://geoforoforo2.blogspot.com/2013/10/foro-17-educacion-ambiental-y.html.  En este foro la profesora sevillana Olga Moreno inició un debate que fue acompañado de casi 100 intervenciones hasta el año 2021.

Igualmente, en la revista Iber, Didáctica de las ciencias sociales, geografía e historia, hemos tenido la oportunidad de plantear algunos de estos problemas en el número 102: https://www.grao.com/es/producto/revista-iber-102-enero-21-sostenibilidad-y-transformacion-ambiental-ib102 y está previsto para octubre de 2022 un monográfico sobre el cambio climático.

Con este nuevo foro, Foro 30, queremos animar a plantear tanto los problemas de aprendizaje que se relacionan con la conceptualización del cambio climático, como las posibilidades de intervenir ante las modificaciones de los paisajes que observamos cotidianamente. En el primer caso será preciso entender los elementos del tiempo atmosférico, que tienen dos tipos de observaciones: las manifestaciones en las sensaciones corporales: frío/humedad/viento y, en segundo lugar, los cambios en una escala cronológica: cambios en horas y días. Y estas dinámicas se tienen que concebir en otra escala geográfica: el tiempo de los climas, con la sucesión regular de los tipos de tiempo en las diferentes estaciones del año. Y, por último, se necesita recurrir a una escala geológica del tiempo, pues los cambios de climas se registran en la comparación de cientos y miles de años.

En el otro caso, será preciso plantear debates sobre las actitudes y valores que aparecen en relación con el cambio ambiental en el planeta en diferentes lugares: los vertederos incontrolados de residuos sólidos, en especial de plásticos, los vertidos de aguas sucias, la polución atmosférica… Y también el debate sobre las energías renovables, con las necesidades que tienen de materiales escasos y extraños. Un debate que además de los conceptos de reciclar y reutilizar deberá proponer la disminución del grado de consumo en un tiempo corto, como se refleja en la obsolescencia de los materiales cotidianos. No sólo se trata de provocar un cambio en las actitudes cotidianas e individuales, sino que se necesita una acción política colectiva, pues el decrecimiento supone reducir el gasto energético, la producción de automóviles privados, obras en infraestructuras. Por eso, numerosos científicos se han rebelado contra la inacción política y han propuesto una protesta institucional en abril de 2022.

Un tema relevante en esta crisis ambiental y climática, lo constituye las megasequías que están afectando a diversas zonas del planeta y que ya están causando diversos estragos a nivel global y local. En Chile, por ejemplo, en este año académico 2022, varias escuelas de sectores rurales no podrán dictar clases como consecuencia de la falta de agua para el uso diario de los estudiantes https://www.bbc.com/mundo/noticias-latin-america-59584248  )      

La sequía tiene diversas causas, manifestaciones e impactos. Comúnmente llamamos sequía solo a la falta de lluvias, pero la sequía no tiene una única definición. Es posible identificar tres tipos básicos de sequía: meteorológica, hidrológica y agrícola. Sin perjuicio de lo anterior, de ellas se derivan efectos que permiten otras caracterizaciones. Las sequías meteorológicas son producto de una baja sostenida en las precipitaciones en relación con un promedio histórico. Este tipo de sequía suele ser precursora de las demás, tiene su origen en el comportamiento global atmosférico, donde influyen tanto factores naturales como antrópicos, y donde sufrimos los primeros impactos del cambio climático. La sequía hidrológica se manifiesta cuando existe una baja sostenida de los caudales en los ríos o una baja en los volúmenes embalsados superior a lo normal en relación con un promedio histórico. En este punto, las causas antrópicas cobran una mayor relevancia, pues pueden agravar exponencialmente los impactos de la sequía, perjudicando a algunos sectores en beneficio de otros. Finalmente, cabe mencionar la sequía agrícola, donde el factor antrópico cobra mayor preponderancia. Esta se produce cuando la disponibilidad de recursos hídricos es menor a los requerimientos de los cultivos y del ganado (https://www.cepchile.cl/cep/site/docs/20210119/20210119125450/pder559jjcrocco.pdf )

https://www.age-geografia.es/site/en-las-secuencias-de-sequia-la-duracion-suele-ser-de-2-o-3-anos/.

Transitamos así de los conceptos climáticos a los ambientales. Será interesante aplicar la noción de “conflicto ambiental”, vinculado a los siguientes conceptos sobre el cambio climático: las escalas geográficas, la matriz territorial, el perfil de los actores sociales y los patrones de acción colectiva, por último, las controversias sociotécnicas que se plantean.

CARTOGRAFÍAS DEL CONFLICTO AMBIENTAL EN ARGENTINA:  

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0186602817300555 

Asimismo, es preciso considerar a la sustentabilidad como un eje estructurante de la práctica de la educación geográfica sobre el cambio climático. Y ello tiene una mayor relevancia en las acciones académicas:

http://geografiayambiente2017.blogspot.com/p/primer-encuentro.html

https://www.age-geografia.es/site/cambio-climatico/

Así como documentos elaborados con fines educativos, como este video de propuestas de aprendizaje en servicio en las que las escuelas; se pretende proponer proyectos solidarios relacionados con la agenda del cambio climático.

https://youtu.be/MawBPKIerI8 

Las opiniones que se vayan emitiendo nos permitirán hacer un diagnóstico de las representaciones sociales que aparecen en relación con el conocimiento escolar y con los problemas sociales, pero además facilitará la definición de algunas alternativas didácticas para mejorar el aprendizaje del tiempo atmosféricos, los climas y los paisajes, como ya se ha verificado en algunos estudios de casos, vinculados al programa de Nós Propomos.

 

 

Fórum 30. MUDANÇAS CLIMÁTICAS E TRANSFORMAÇÕES AMBIENTAIS

Tradução: *Silvia Aparecida de Sousa Fernandes*Prof. Associada na Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Filosofia e Ciências, Marília-SP

A sociedade humana está ameaçada por mudanças ambientais que não sabemos como afetarão a saúde individual e os modos de vida coletivos. A Organização das Nações Unidas tem se preocupado com essa questão nos Relatórios Internacionais (IPCC) e nas propostas políticas de ações que melhorem as relações ambientais no ecossistema planetário em diferentes escalas geográficas.

Diante dessas mudanças, a vulnerabilidade pode ser medida na capacidade de resistência e adaptaçao dos grupos frente às mudanças climáticas e paisagísticas que se anunciam. O ambiente escolar é uma instituição privilegiada para analisar fenômenos, mas é necessária uma contínua formação acadêmica na comunidade escolar. Por um lado, os professores que acessam a um conhecimento disciplinar complexo; de outro, os alunos, que têm dificuldades em diferenciar tempo e clima, bem como distinguir as notícias falsas das informações corretas; finalmente, o contexto cultural dos meios de comunicação, famílias e amigos que geram a construção de explicações simplistas que distanciam a argumentação dos conceitos e dados rigorosos.

No Fórum 17 já trabalhamos essa problemática: educação ambiental e planetária http://geoforoforo2.blogspot.com/2013/10/foro-17-educacion-ambiental-y.html . Neste fórum, a professora sevilhana Olga Moreno iniciou um debate que foi acompanhado cerca de 100 intervenções até o ano de 2021. Da mesma forma, na revista Iber Didáctica de las ciencias sociales, geografía e historia, tivemos a oportunidade de apresentar algumas dessas questões no número 102: https://www.grao.com/es/producto/revista-iber-102-enero-21-sostenibilidad-y-transformacion-ambiental-ib102  e está previsto para outubro de 2022 um dossiê sobre mudanças climáticas.

Com este novo fórum, o Fórum 30, queremos incentivar a apresentarem tanto os problemas de aprendizagem que estão relacionados à concepção das mudanças climáticas, quanto as possibilidades de intervir diante das modificações paisagísticas que observamos diariamente.

No primeiro caso, será necessário compreender os elementos do tempo atmosférico, que possuem dois tipos de observações: as manifestações de sensações corporais: frio/umidade/vento e, em segundo lugar, as mudanças em escala cronológica: mudanças em horas e dias. E essas dinâmicas precisam ser concebidas em outra escala geográfica: o tempo dos climas, com a sucessão regular dos tipos de tempo em diferentes estações do ano. E, por fim, é preciso recorrer a uma escala de tempo geológica, pois as mudanças climáticas são registradas ao longo de centenas e milhares de anos.

Noutro caso, será necessário propor debates sobre as atitudes e valores que aparecem na relação com as mudanças ambientais planetárias em diferentes lugares:  os depósitos descontrolados de resíduos sólidos (lixões), especialmente plásticos, os esgotos de águas sujas, a poluição atmosférica… E também o debate sobre as energias renováveis, com as necessidades que têm de materiais escassos e raros. Um debate que, para além dos conceitos de reciclagem e reutilização, deverá proporcionar uma redução do nível de consumo de bens não duráveis, refletida na obsolescência dos materiais cotidianos. Não se trata apenas de provocar mudanças de atitudes cotidianas e individuais mas, sim, da necessidade de uma ação política coletiva, pois o decrescimento supõe a redução do gasto de energia, da produção de automóveis, das obras de infraestrutura. Por isso, muitos cientistas têm se manifestado contra a inação política e propuseram um protesto institucional em abril de 2022.

Um tema relevante nesta crise ambiental e climática, são as grandes secas que estão afetando diversas regiões do planeta e que já estão causando diversos danos globais e locais. No Chile, por exemplo, neste ano letivo de 2022, várias escolas da zona rural não poderão ministrar aulas por falta de água para uso diário dos alunos ( https://www.bbc.com/mundo/noticias-latin-america-59584248  )

A seca tem diversas causas, manifestações e impactos. Costumamos chamar de seca apenas a falta de chuva, mas a seca não tem uma definição única. É possível identificar três tipos básicos de seca: meteorológica, hidrológica e agrícola. Não obstante o que se refere, delas derivam efeitos que permitem outras caracterizações. As secas meteorológicas são produto de uma queda na quantidade de chuvas (índices pluviométricos) em relação a uma média histórica. Esse tipo de seca costuma ser precursora das demais, tem sua origem no comportamento atmosférico global, influenciado tanto fatores naturais quanto os antrópicos, e de onde advém os  primeiros impactos das mudanças climáticas. A seca hidrológica se manifesta quando há redução nas vazões dos rios ou queda nos volumes dos reservatórios acima do normal em relação a uma média histórica. Nesse ponto, as causas antrópicas assumem maior relevância, pois podem agravar exponencialmente os impactos da seca, prejudicando alguns setores em benefício de outros. Finalmente, cabe destacar a seca agrícola, em que  o fator antrópico assume maior preponderância. Isso ocorre quando a disponibilidade de recursos hídricos é menor do que o necessário para a agricultura e pecuária (https://www.cepchile.cl/cep/site/docs/20210119/20210119125450/pder559jjcrocco.pdf

https://www.age-geografia.es/site/en-las-secuencias-de-sequia-la-duracion-suele-ser-de-2-o-3-anos/

Passamos, assim, dos conceitos climáticos para os ambientais. Será interessante aplicar a noção de "conflito ambiental", vinculada aos conceitos de mudanças climáticas: as escalas geográficas, a matriz territorial, o perfil dos atores sociais e os padrões de ação coletiva, por último, as controvérsias sociotécnicas que surgem.

CARTOGRAFIAS DO CONFLITO AMBIENTAL NA ARGENTINA: 

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0186602817300555

Da mesma forma, é preciso considerar a sustentabilidade como eixo estruturante da prática da educação geográfica sobre mudanças climáticas. E isso tem uma relevância maior nas ações acadêmicas:

http://geografiayambiente2017.blogspot.com/p/primer-encuentro.html  

https://www.age-geography.es/site/climate-change/

Assim como documentos elaborados para fins educacionais, como este vídeo de propostas de aprendizagem em serviço nas escolas; tem como objetivo propor projetos solidários relacionados à agenda das mudanças climáticas.

https://youtu.be/MawBPKIerI8

As opiniões que vão sendo apresentadas nos permitirão fazer um diagnóstico das representações sociais que aparecem na relação com o saber escolar e com os problemas sociais. Além disso, facilitará a definição de algumas alternativas didáticas para melhorar a aprendizagem sobre o tempo atmosférico, os climas e as paisagens, como já foi verificado em alguns estudos de caso, vinculados ao Projeto Nós Propomos!.

Para participar en el debate tan solo tienes que hacer click en el título del debate, donde a continuación, además de aparecerte el texto a debatir, encontraras la manera de dejar tu comentario. Periódicamente, cada quince días, se renovarán los contenidos con el objetivo de de precisar el sentido, alcance y límite de los mismos. Para proponer nuevos debates escribe a:geoforo@gmail.com .