Andrea Coelho Lastória – ESALQ – UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – BRASIL
Luís Mendes – CEG/IGOT – UNIVERSIDADE DE LISBOA – PORTUGAL
Neste fórum, focalizamos a Inteligência Artificial - IA e seus impactos na vida das sociedades contemporâneas, bem como nos desafios que coloca à Educação e à Escola deste século.
Julgamos ser imprescindível refletir sobre as definições, as concepções, as atuações e os impactos da IA na vida humana e, em especial, no meio educacional. Tal tarefa é importante para todo docente. Tanto para os que estão em formação inicial quanto para os que estão em processos de formação continuada. A IA é a capacidade de uma máquina para reproduzir competências semelhantes às humanas, como é o caso do raciocínio, a aprendizagem, o planeamento e a criatividade. O computador recebe dados, processa-os e responde. Os sistemas de IA são capazes de adaptar o seu comportamento, até certo ponto, através de uma análise dos efeitos das ações anteriores e de um trabalho autónomo.
A IA é uma realidade cotidiana que demanda estudos e investigações em todas as áreas do conhecimento, para além de que exige que os debates extrapolem as territorialidades acadêmicas e venham para as ruas e para o plano do cotidiano. Neste cenário, o presente fórum tem como objetivo principal refletir sobre o uso da IA no meio educacional, instigando o questionamento sobre as potencialidades e os limites desta tecnologia que recentemente foi ampliada e está sendo largamente utilizada em diferentes ramos de atividades do mundo atual.
Várias questões merecem a nossa atenção, muitas ainda sem respostas devido a rapidez com que a IA foi alastrada nos diversos segmentos da vida humana. As questões são pertinentes, não apenas porque dizem respeito ao nosso trabalho como educador mas, principalmente, porque ela tem mudado velozmente o mundo como até então conhecemos. Harasim (2015) destaca que “o rápido crescimento da pedagogia e tecnologia dos MOOC com fins lucrativos e sua adoção por usuários e instituições de todo o mundo é um testemunho espantoso do crescimento da IA na educação”. MOOC é uma sigla em inglês que significa curso massivo, aberto e online (massive open online course).
A autora enfatiza que a Educação online é um campo de investimentos que se fez tão presente nos países e que possui diferentes definições. Tal Educação foi impulsionada pelos softwares de IA proliferados, principalmente pelos Estados Unidos. A IA tem impactado a vida cotidiana de muitas maneiras, proporcionando conveniência, eficiência e novas possibilidades em diversos aspectos. Assistentes virtuais, como o Google assistant ou a Siri, ajudam em tarefas diárias como definir lembretes, tocar música, controlar dispositivos domésticos inteligentes e fornecer informações em tempo real. Plataformas como Spotify, Netflix e YouTube utilizam algoritmos de IA para recomendar músicas, filmes e vídeos com base no histórico de visualização e preferências do usuário. Sites como Amazon e Alibaba sugerem produtos com base em comportamentos de compra anteriores e interesses. As empresas utilizam IA, através dos chatbots, para fornecer suporte ao cliente 24/7, responder a perguntas frequentes e resolver problemas básicos, melhorando a eficiência e a satisfação do cliente. Sistemas de IA ajudam médicos a diagnosticar doenças mais rapidamente e com precisão, analisando grandes quantidades de dados médicos e imagens. Aplicativos de saúde monitoram sinais vitais e atividade física, fornecendo feedback e alertas em tempo real. Em GPS e aplicativos de navegação, Google Maps e Waze usam IA para fornecer rotas otimizadas e atualizações de tráfego em tempo real. Empresas como Tesla estão desenvolvendo veículos autônomos que utilizam IA para navegar e tomar decisões na estrada.
E na Educação? Quais os primeiros impactos? Destacamos as Plataformas de E-learning que utilizam já ferramentas de IA para personalizar o aprendizado, adaptando-se ao ritmo e estilo de cada aluno. Mas também a Tutoria Virtual, que inclui sistemas de tutoria com IA que podem fornecer assistência individualizada, ajudando os alunos a compreender melhor os conteúdos temáticos.
E na educação geográfica? Que impactos se prevêem? As ferramentas de IA podem fornecer acesso a dados geográficos em tempo real, como informações sobre clima, desastres naturais e mudanças ambientais. Isso torna o ensino de temas como climatologia, geopolítica e ecossistemas mais dinâmico e conectado à realidade atual. Para além do acesso a dados em tempo real, é possível através da análise de big data, de recursos educacionais interativos, promover o ensino da geografia em ambientes imersivos. A IA pode alimentar plataformas de aprendizado que oferecem materiais didáticos interativos, como mapas 3D, tutores virtuais e quizzes personalizados, enriquecendo a experiência de aprendizado e tornando o estudo da geografia mais envolvente. Tecnologias como realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR), aliadas à IA, podem criar ambientes imersivos para ensinar geografia. Alunos poderiam "visitar" locais remotos, como desertos, florestas tropicais ou cidades históricas, explorando esses espaços de forma virtual, o que facilita a compreensão de contextos geográficos.
É a IA que permite a transmissão de conteúdos dos cursos online para milhares de pessoas e, também, gera questionários relacionados aos conteúdos a serem respondidos. A IA é usada para a classificação das respostas possibilitando a visualização de resultados. Nesse modelo de cursos, os professores e os tutores foram substituídos por IA. Também é a IA que controla o sistema, ou seja, tudo é possibilitado por ela. Em vez de salas de aulas há os chamados Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) e há os softwares de gerenciamento que incorporam a IA em lugar dos professores humanos. Por outro lado, existe o prejuízo que a consulta da IA já produz conhecimento, que se copia nos trabalhos académicos.
Sob nossa ótica, a pandemia de COVID – 19 impulsionou e acelerou, devido ao isolamento social, a proliferação desses cursos online. Nós mesmos, como professores, recorremos às tecnologias variadas para continuarmos o trabalho de ensino. Ampliamos, assim, a utilização direta ou indireta da IA nos processos educativos e escolares. Isso foi inevitável!
Diante deste cenário, a autora Dora Kaufman (2022) destaca os estudos das redes neurais artificiais, levantando a preocupação sobre a concorrência existente entre a inteligência humana e a inteligência artificial. Em todos os setores da economia e das atividades humanas é preciso refletir sobre os impactos da IA na empregabilidade das pessoas. Muitas profissões já desapareceram no passado e outras surgiram no lugar. Com a revolução da IA, a profissão do professor também já mudou. Novos materiais didáticos e de ensino passaram a existir nas escolas, tecnologias diversificadas já estão sendo cobradas nas práticas escolares, dentre outros aspectos. Contudo, inovações nos métodos e nas técnicas não se traduzem linearmente em melhorias nas metodologias de aprendizagem humana que, por exemplo, permitem a mobilização de atitudes, comportamentos e valores para uma cidadania mais participativa.
A aplicação da IA na aprendizagem dos alunos oferece inúmeras vantagens, mas também enfrenta vários desafios que precisam ser abordados para garantir uma implementação eficaz e equitativa. Desde logo as questões de acesso e equidade. Nem todos os alunos têm acesso igual às tecnologias necessárias para aproveitar os benefícios da IA, exacerbando desigualdades existentes. Escolas em áreas remotas ou com recursos limitados podem não ter a infraestrutura tecnológica necessária para implementar soluções de IA. A dependência excessiva de ferramentas de IA pode diminuir a interação humana, que é essencial para o desenvolvimento social e emocional dos alunos, para a sua socialização. Onde fica o ofício de professor neste dilema? A integração da IA deve complementar, e não substituir, o papel dos professores. O desafio é encontrar um equilíbrio onde a IA apoie os professores sem desvalorizar sua função. Há também o desafio da formação docente e da capacitação, pois os professores precisam ser adequadamente treinados para usar e integrar ferramentas de IA em suas práticas didáticas. E os alunos? Como fazer o aproveitamento destas ferramentas de IA para que apoiem a motivação intrínseca dos alunos para enriquecerem as suas pesquisas, em vez de se converterem em instrumentos que os substituem nas suas atividades, em novas formas de plágio, como já se pré-anuncia? Como mobilizar estas ferramentas sem diminuir as capacidades críticas, cognitivas, procedimentais e atitudinais dos nossos estudantes? A cidadania, o crescimento para a comunidade, também se desenvolve através da inteligência artificial?
Finalizamos com três questões que julgamos pertinentes para o GEOFORO: 1) O que os professores ibero-americanos pensam sobre a IA? 2) A IA tem já modificado as suas vidas pessoais e profissionais? 3) Que desafios coloca a aplicação da IA às metodologias de ensino-aprendizagem de educação geográfica numa escola mais participada e cidadã?
Entendemos, assim, que o presente fórum poderá colaborar com a divulgação dessa reflexão para além dos limites dos muros acadêmicos, ou seja, das Universidades. Isto porque o GEOFORO é uma plataforma aberta e está disponível, de modo gratuito, na internet. Também entendemos que as discussões aqui explicitadas, geralmente produzidas em linguagem simples, poderão ser úteis para diferentes pessoas e em diversos países.
Esperamos que os leitores se sintam motivados a explicitar suas reflexões e comentários. Parece que nós, como professores, estamos juntos, nesse momento, em um barco-escola à deriva.... e a água está bem “mareada” por ondas produzidas pela IA. Vamos continuar assim... à deriva? Ou vamos tomar o leme para estabelecer rotas mais assertivas?
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INTELIGENCIA ARTIFICIAL: Sus impactos y desafíos en la vida de las sociedades contemporáneas y en las escuelas del siglo XXI
Andrea Coelho Lastória – ESALQ – UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BRASIL
Luís Mendes – CEG/IGOT - UNIVERSIDADE DE LISBOA – PORTUGAL
En este foro nos centramos en la Inteligencia Artificial (IA) y sus impactos en la vida de las sociedades contemporáneas, así como los desafíos que plantea a la Educación y las escuelas en este siglo.
Creemos imprescindible reflexionar sobre las definiciones, conceptos, acciones e impactos de la IA en la vida humana y, en particular, en el entorno educativo. Esta tarea es importante para todo profesor. Tanto para quienes están en formación inicial como para quienes se encuentran en procesos de formación continua. La IA es la capacidad de una máquina para reproducir habilidades similares a las humanas, como el razonamiento, el aprendizaje, la planificación y la creatividad. La computadora recibe datos, los procesa y responde. Los sistemas de IA son capaces de adaptar su comportamiento, en cierta medida, mediante un análisis de los efectos de acciones previas y del trabajo autónomo.
La IA es una realidad cotidiana que exige estudios e investigaciones en todas las áreas del conocimiento, además de exigir que los debates trasciendan los ámbitos académicos y lleguen a las calles y a la vida cotidiana. En este escenario, el principal objetivo de este foro es reflexionar sobre el uso de la IA en el entorno educativo, suscitando preguntas sobre el potencial y los límites de esta tecnología que recientemente se ha expandido y está siendo ampliamente utilizada en diferentes áreas de actividad en la actualidad.
Varias cuestiones merecen nuestra atención. Muchos todavía no tienen respuestas debido a la velocidad con la que la IA se ha extendido a diferentes segmentos de lavida humana. Las preguntas son pertinentes no sólo porque se relacionan con nuestro trabajo como educadores, sino, principalmente, porque ha cambiado rápidamente el mundo tal como lo conocemos hasta ahora. Harasim (2015) destaca que “el rápido crecimiento de la pedagogía y la tecnología MOOC con fines de lucro y su adopción por parte de usuarios e instituciones de todo el mundo es un testimonio sorprendente del crecimiento de la IA en la educación”. MOOC (massive open online course) es un acrónimo en inglés que significa curso masivo abierto en línea.
La autora destaca que la educación en línea es un campo de inversión que se ha vuelto tan presente en los países y que tiene diferentes definiciones. Esta educación fue impulsada por la proliferación de software de inteligencia artificial, principalmente en los Estados Unidos. La IA ha impactado la vida cotidiana de muchas maneras, brindando comodidad, eficiencia y nuevas posibilidades en muchos aspectos. Los asistentes virtuales como Google Assistant o Siri ayudan con tareas cotidianas como configurar recordatorios, reproducir música, controlar dispositivos domésticos inteligentes y proporcionar información en tiempo real. Plataformas como Spotify, Netflix y YouTube utilizan algoritmos de inteligencia artificial para recomendar música, películas y vídeos según el historial de visualización y las preferencias del usuario. Sitios como Amazon y Alibaba sugieren productos basados en comportamientos e intereses de compra anteriores. Las empresas utilizan la IA, a través de chatbots, para brindar atención al cliente 24 horas al día, 7 días a la semana, responder preguntas frecuentes y resolver problemas básicos, mejorando la eficiencia y la satisfacción del cliente. Los sistemas de inteligencia artificial ayudan a los médicos a diagnosticar enfermedades con mayor rapidez y precisión mediante el análisis de grandes cantidades de datos e imágenes médicas. Las aplicaciones de salud monitorean los signos vitales y la actividad física, brindando retroalimentación y alertas en tiempo real. En las aplicaciones de navegación y GPS, Google Maps y Waze utilizan IA para proporcionar rutas optimizadas y actualizaciones de tráfico en tiempo real. Empresas como Tesla están desarrollando vehículos autónomos que utilizan IA para navegar y tomar decisiones en la carretera.
¿Y en Educación? ¿Cuáles son los primeros impactos? Destacamos las Plataformas de E-learning que ya utilizan herramientas de IA para personalizar el aprendizaje, adaptándose al ritmo y estilo de cada alumno. Pero también la Tutoría Virtual, que incluye sistemas de tutoría con IA que pueden brindar asistencia individualizada, ayudando a los estudiantes a comprender mejor los contenidos temáticos.
¿Y en educación geográfica? ¿Qué impactos se predicen? Las herramientas de inteligencia artificial pueden brindar acceso a datos geográficos en tiempo real, como información sobre el clima, desastres naturales y cambios ambientales. Esto hace que temas de enseñanza como la climatología, la geopolítica y los ecosistemas sean más dinámicos y conectados con la realidad actual. Además del acceso a datos en tiempo real, es posible mediante análisis de big data y recursos educativos interactivos promover la enseñanza de la geografía en entornos inmersivos. La IA puede impulsar plataformas de aprendizaje que ofrecen materiales de aprendizaje interactivos, como mapas 3D, tutores virtuales y cuestionarios personalizados, enriqueciendo la experiencia de aprendizaje y haciendo que el estudio de la geografía sea más atractivo. Tecnologías como la realidad aumentada (AR) y la realidad virtual (VR), combinadas con la IA, pueden crear entornos inmersivos para la enseñanza de geografía. Los estudiantes podrán "visitar" lugares remotos, como desiertos, bosques tropicales o ciudades históricas, explorando estos espacios de forma virtual, lo que facilita la comprensión de los contextos geográficos.
Es la IA la que permite transmitir el contenido de los cursos online a miles de personas y también genera cuestionarios relacionados con el contenido a responder. La IA se utiliza para clasificar las respuestas, lo que permite la visualización de los resultados. En este modelo de curso, los profesores y tutores fueron reemplazados por IA. También es la IA la que controla el sistema, es decir, todo es posible gracias a ella. En lugar de aulas, existen los llamados Entornos Virtuales de Aprendizaje (EVA) y hay software de gestión que incorpora IA en lugar de profesores humanos. Por otro lado, existe el daño de que la consulta de IA ya produce conocimiento, que se copia en el trabajo académico.
Desde nuestra perspectiva, la pandemia de COVID-19 impulsó y aceleró, debido al aislamiento social, la proliferación de estos cursos en línea. Nosotros mismos, como profesores, utilizamos una variedad de tecnologías para continuar con nuestra labor docente. Ampliamos así el uso directo o indirecto de la IA en los procesos educativos y escolares. ¡Esto era inevitable!
Ante este escenario, la autora Dora Kaufman (2022) destaca los estudios de redes neuronales artificiales, lo que genera preocupación sobre la competencia entre la inteligencia humana y la inteligencia artificial. En todos los sectores de la economía y de las actividades humanas es necesario reflexionar sobre los impactos de la IA en la empleabilidad de las personas. Muchas profesiones ya han desaparecido en el pasado y otras han surgido en su lugar. Con la revolución de la IA, la profesión docente también ha cambiado. Nuevos materiales didácticos y didácticos están disponibles en las escuelas, ya se demandan diversas tecnologías en las prácticas escolares, entre otros aspectos. Sin embargo, las innovaciones en métodos y técnicas no se traducen linealmente en mejoras en las metodologías de aprendizaje humano que, por ejemplo, permitan movilizar actitudes, comportamientos y valores para una ciudadanía más participativa.
La aplicación de la IA al aprendizaje de los estudiantes ofrece numerosas ventajas, pero también se enfrenta a varios desafíos que deben abordarse para garantizar una implementación efectiva y equitativa. En primer lugar, cuestiones de acceso y equidad. No todos los estudiantes tienen igual acceso a las tecnologías necesarias para aprovechar los beneficios de la IA, lo que incrementa las desigualdades existentes. Es posible que las escuelas en zonas remotas o con recursos limitados no cuenten con la infraestructura tecnológica necesaria para implementar soluciones de IA. La dependencia excesiva de las herramientas de IA puede reducir la interacción humana, que es esencial para el desarrollo y la socialización social y emocional de los estudiantes. ¿Dónde reside el papel del docente en este dilema? La integración de la IA debería complementar, no reemplazar, el papel de los docentes. El desafío es encontrar un equilibrio en el que la IA apoye a los docentes sin devaluar su papel. Luego también está el desafío de la formación y el desarrollo de capacidades de los docentes, ya que los docentes deben estar adecuadamente capacitados para utilizar e integrar herramientas de inteligencia artificial en sus prácticas docentes. ¿Y los estudiantes? ¿Cómo aprovechar estas herramientas de IA para que apoyen la motivación intrínseca de los estudiantes para enriquecer su investigación, en lugar de convertirse en instrumentos que los sustituyan en sus actividades, en nuevas formas de plagio, como ya se ha anunciado? ¿Cómo podemos movilizar estas herramientas sin disminuir las capacidades críticas, cognitivas, procedimentales y actitudinales de nuestros estudiantes? ¿Puede la ciudadanía, el crecimiento de la comunidad, desarrollarse también a través de la inteligencia artificial?
Finalizamos con tres preguntas que consideramos relevantes para GEOFORO: 1) ¿Qué piensan los docentes iberoamericanos sobre la IA? 2) ¿La IA ya ha cambiado tu vida personal y profesional? 3) ¿Qué desafíos plantea la aplicación de la IA a las metodologías de enseñanza-aprendizaje de la educación geográfica en una escuela más participativa y ciudadana?
Por ello entendemos que este foro puede ayudar a difundir esta reflexión más allá de los límites de los muros académicos, es decir, las Universidades. Esto se debe a que GEOFORO es una plataforma abierta y está disponible, de forma gratuita, en Internet. También entendemos que los debates explicados aquí, generalmente producidos en un lenguaje sencillo, pueden ser útiles para diferentes personas y en diferentes países.
Esperamos que los lectores se sientan motivados a expresar sus reflexiones y comentarios. Parece que nosotros, como profesores, estamos juntos, en este momento, en un barco escolar a la deriva... y el agua está muy “marea” por las olas producidas por la IA. ¿Vamos a seguir así... a la deriva? ¿O tomaremos el timón para establecer rutas más asertivas?
Referencias bibliográficas
Harasim, Linda. Educação online e as implicações da inteligência artificial. Revista da FAEEBA: Educação e Contemporaneidade, v. 24, n. 44, p. 25-39, 2015. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/pdf/faeeba/v24n44/0104-7043-faeeba-24-44-00025.pdf.
Kaufman, Dora. Desmistificando a inteligência artificial. Belo Horizonte, Autentica, 2022. 331 p.
O artigo sobre IA é pertinente aos desafios atuais, especialmente, no tocante aos processos de ensino e aprendizagem. As discussões são necessárias em vários âmbitos, para avançarmos no conhecimento da ferramenta e seus efeitos. Parabéns aos autores.
ResponderEliminarBoas reflexões sobre IA , mas como esses programas podem ou não interferir no processo de ensino e aprendizagem.
ResponderEliminarA inteligência artificial é mais um avanço sofisticado da tecnologia. Ela está se expandindo em todos os setores da sociedade, facilitando seu trabalho do dia a dia com eficiência e rapidez. A inteligência artificial veio para substituir o trabalho humano, não de maneira positiva e sim negativa, isolando as pessoas, costumam trocar suas idéias e emoções. Se a IA não for bem dosada, para o bem comum pode aprofundar as desigualdades sociais.
EliminarSobre la inteligencia artifical creo que mi experiencia me dice que será una gran acumulación de información que se puede usar según sepamos preguntar para resolver asuntos relevantes. El problema que queramos averiguar es lo importante, pues si no nos cuestionamos nosotros la realidad lo harán otros por nosotros y nos marcarán una hoja de ruta.
ResponderEliminarEn las Universidades hemos visto cómo se usa IA para acumular información sin sentido, pero llevados de la intuición de que los Trabajos Final de Grado o de Máster son poco importantes y por eso no se leen con atención ni se suelen debatir. Por eso se acumula información.
Incluso lo mismo sucede con las Tesis, como hemos dicho en Archivo del Geoforo.
Por tanto, lo importante es cuestionarse la información y saber buscar los problemas relevantes para nuestra explicación del mundo
A discussão sobre o impacto da Inteligência Artificial na educação, especialmente no ensino geográfico, é essencial, porque a IA oferece oportunidades de personalização e acesso a dados que podem enriquecer o aprendizado. No entanto, é fundamental abordar os desafios, como a desigualdade no acesso à tecnologia e a diminuição da interação humana, que são preocupações legítimas para o desenvolvimento social e emocional dos alunos. A formação adequada dos professores é crucial para garantir que a IA complemente sua função, promovendo uma educação mais inclusiva e participativa.
ResponderEliminarBuen día, mi nombre es Luis Ángel Aguilar Luna, licenciado en Geografía y actual alumno de la Maestría en Geografía por parte de la Facultad de Filosofía y Letras de la UNAM, México. Formo parte de la clase de Geografía y Educación impartida por el Dr. Eduardo Domínguez para el curso 2025-1.
ResponderEliminarLa IA, sin duda, es una tecnología que ya está teniendo un gran impacto social. Para hacer frente a sus constantes y rápidos cambios, considero que es de vital importancia empezar a conocerla personalmente, esto implica comenzar a usarla y descubrir de primera mano, sus alcances y sobre todo, sus limitaciones. Al mismo tiempo, considero necesario acercarnos a expertos que nos hablen críticamente sobre estas tecnologías y poder encontrar matices que, de otro modo, podemos ignorar.
Personalmente, he usado algunas IA y sí he encontrado limitantes considerables, por ejemplo, las IA generadoras de imagen suelen tener un solo estilo de dibujo, además de tener problemas al dibujar ciertas partes del cuerpo humano como las manos. ChatGPT tiene un lenguaje muy genérico y después de varias consultas es posible identificar su “modo de hablar”, de igual forma, no profundiza en temas académicos más avanzados. Por supuesto, estas y otras IA son funcionales, sirven a su propósito y seguramente estas limitaciones se volverán cada vez más difusas.
Dentro del aula, las IA se presentan dentro de una relación dicotómica, por un lado, suelen verse como un nuevo obstáculo en el aprendizaje y por otro, como una herramienta avanzada de consulta de información. Esta dualidad contradictoria forma parte de un mismo fenómeno complejo y, aunque no sea fácil, es posible abordar ambas al mismo tiempo y sacarles provecho.
En el primer caso, considero a las IA un fenómeno que comparte similitudes con la aparición del Internet, en ambos casos se habla de una herramienta tecnológica que no ayudaba al aprendizaje y que sustituiría al docente, años después, aquí seguimos como profesores y el internet se constituyó como una herramienta muy útil en el aula. Por supuesto, cambiaron (y se crearon) muchas formas de aprendizaje, pero el papel del docente no desapareció. En segunda instancia, surge la necesidad de buscar métodos psicopedagógicos eficaces para sortear los claros obstáculos de aprendizaje, pero sin prohibir el uso de la IA (hasta cierto punto, es inevitable, tal como lo fue el internet).
Una propuesta dentro del aula es hablar de la IA cómo lo que es, un sistema socio-técnico, es decir, hablar sobre todas las implicaciones sociales que esta tecnología tiene (la socialización de la tecnología y/o la tecnologización de la sociedad). Este enfoque ayuda a comprender a la IA más allá de usarla como herramienta, es entenderla como un fenómeno social, y como tal, abordar críticamente sus características. Por ejemplo, se puede usar la IA al tiempo que se reflexiona ¿qué hace posible su funcionamiento? ¿qué infraestructuras la componen? ¿dónde se ubican? ¿quién las controla? y/o ¿cómo impactan en el espacio y la sociedad?
Les agradezco su tiempo para leerme, saludos a todxs.
A discussão sobre a inteligência artificial (IA) no contexto educacional é fundamental, especialmente considerando seu impacto crescente nas práticas de ensino e aprendizado. O fórum proposto busca não apenas explorar as potencialidades da IA, mas também abordar os desafios éticos e pedagógicos que surgem com sua integração nas salas de aula. Como Harasim (2015) aponta, a ascensão dos MOOC evidencia uma transformação significativa na forma como o conhecimento é disseminado, mas também levanta questões sobre acessibilidade, qualidade e a necessidade de formação adequada para educadores. Assim, é essencial que esses debates transcendem as paredes acadêmicas e se tornem parte da consciência coletiva da sociedade, garantindo que a tecnologia seja utilizada de maneira a beneficiar a todos.
ResponderEliminarCon respecto a este foro, considero que las IA son muy importantes en la actualidad, ya que permiten al alumno de cierta manera poder tener una herramienta como modelo de enseñanza, lo que no podemos asegurar es que esta herramienta de enseñanza se convierta en una sustitución del docente, a tal punto que el alumno considere que lo que se pueda impartir en clases ya no sea utilizado en su vida diaria, si no como solo una manera de cumplir las actividades que el docente les pueda dar con el propósito de obtener una calificación.
ResponderEliminarCreo que el docente puede apoyarse de estas herramientas para crear estrategias dinámicas de apoyo tanto para el como para el alumnado, sin la necesidad de que el docente caiga en la trampa de permitir que las IA resuelvan sus trabajos y planeaciones.
Saludos
Jose Ramirez
UNAM
Los autores abordan puntos muy completos sobre esta "nueva" tecnología, y específicamente el cuestionamiento propuesto por los autores sobre ¿Dónde reside el papel del docente en este dilema? y como futura maestra en Geografía, coincido que esta tecnología debe complementar la práctica educativa, tanto de docentes como de estudiantes al nosotros enseñarles a usarla criticamente, con el fin de formar estudiantes activos. De manera que, al usarla descubramos todos sus alcances y limitaciones, como cualquier otra herramienta tecnológica, de lo contrario, estaríamos satanizándole.
ResponderEliminarVerónica Ramírez, estudiante en el curso de Geografía y Educación impartido por el Dr. Eduardo Domínguez en la Universidad Nacional Autónoma de México
Veronica, obrigada por teu comentário. Que bom saber que como futura professora de Geografia está refletindo sobre as ferramentas tecnológicas. Abraços desde o Brasil. Andrea Lastória - ESALQ USP.
EliminarHistoricamente, novas tecnologias sempre suscitaram reações de cautela, e até de resistência, no sistema educacional. Desde a introdução do rádio e da televisão até a chegada dos computadores e da internet, educadores e instituições de ensino enfrentaram o desafio de adaptar essas inovações às práticas pedagógicas. Marshall McLuhan, teórico da comunicação, já destacava que as tecnologias não são neutras; elas afetam a forma como vemos e interagimos com o mundo. Mais recentemente, autores como José Armando Valente (2002) e Pierre Lévy (2010) reforçaram que, enquanto algumas inovações acabam sendo incorporadas ao ambiente educacional, outras geram um desconforto que, em muitos casos, provoca mudanças e reflexões profundas. A Inteligência Artificial (IA) não é uma exceção a essa regra. As ferramentas de IA, por um lado, representam um vasto campo de oportunidades; por outro, têm causado receio devido à sua rápida expansão e complexidade, desafiando os educadores a repensarem suas práticas.
ResponderEliminarNa área de ensino de Geografia, por exemplo, a IA apresenta-se como um recurso que permite uma experiência educacional mais conectada com a realidade global. Ferramentas que utilizam IA podem disponibilizar dados geográficos em tempo real, possibilitando aos alunos o estudo de temas como mudanças climáticas, desastres naturais e geopolítica de forma mais dinâmica. Plataformas de realidade aumentada e realidade virtual, aliadas a sistemas de IA, permitem criar ambientes imersivos em que os estudantes "viajam" virtualmente para diferentes regiões do mundo, vivenciando contextos geográficos que dificilmente poderiam ser acessados em sala de aula. Com isso, o ensino de Geografia torna-se mais concreto e envolvente, ajudando os alunos a desenvolverem uma compreensão mais ampla e interconectada do mundo.
No entanto, negar a relevância da IA no ambiente escolar pode deixar os estudantes desamparados, sem as ferramentas necessárias para a leitura crítica das tecnologias que estão em seu cotidiano. Jovens de todas as idades estão cada vez mais expostos a sistemas de IA em aplicativos, redes sociais e plataformas de entretenimento e compras. Como menciona Seymour Papert (1996), a escola não deve se limitar a educar para o que acontece dentro de seus muros, mas precisa preparar o estudante para ler criticamente o mundo que o cerca. Ignorar a IA em contextos educacionais, portanto, é uma postura que priva o aluno de desenvolver uma consciência crítica e fundamentada sobre as influências tecnológicas ao seu redor.
Dora Kaufman (2022) enfatiza que a IA pode transformar profundamente o mercado de trabalho e as profissões, incluindo a de professor. Embora a IA ofereça ferramentas de apoio à docência, como plataformas adaptativas e tutores virtuais, ela não substitui a mediação humana no ensino. É no contato humano que ocorrem os processos de socialização, desenvolvimento emocional e cultivo de valores que fazem da Educação um processo verdadeiramente formador. A Educação Geográfica, em especial, demanda que os alunos aprendam a questionar as realidades que os cercam, utilizando-se das tecnologias para aprofundar o entendimento de temas complexos, mas sem perder de vista os contextos sociais, culturais e ambientais que são únicos à experiência humana.
No final das contas, o papel do educador é fundamental para conduzir essas mudanças e para garantir que a IA seja integrada de maneira consciente e ética, sempre em apoio às práticas pedagógicas e ao desenvolvimento humano. Assumir essa responsabilidade implica preparar os alunos para usarem as ferramentas de IA não apenas como consumidores, mas como agentes críticos e informados, capazes de analisar e refletir sobre as influências dessa tecnologia. Assim, reafirmamos que, em vez de continuarmos "à deriva" em um mar revolto de tecnologias emergentes, podemos, enquanto professores, assumir o leme e definir o curso de uma Educação mais crítica e participativa.
Thais Angela Cavalheiro de Azevedo
Doutoranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação da FFCLRP - USP.
Excelente discussão acerca da Inteligência Artificial no contexto social e escolar. O uso desenfreado trará consequências impactantes para o nosso futuro, vide a possibilidade de substituição da interação humana no que concerne o educar, isso se torna preocupante e destrói as premissas educacionais.
ResponderEliminarEntretanto, na sala de aula, penso que precisamos compreender e dominar essas ferramentas para usa-las da melhor forma, tendo em vista que penso ser difícil combate-las. Nesse sentido, é importante explicar aos nossos estudantes suas potencialidades e a ter discernimento e senso critico em relação ao seu uso. Experimentar alternativas reais e físicas que deixe de lado em alguns momentos a tecnologia, como por exemplo trabalhos de campo. No mais, essa discussão ainda tem muito "pano para manga".
Professa. Ma. Francislaine Soledade Carniel
Este comentário descreve um cenário de ensino mediado pela inteligência artificial (IA), onde a IA é responsável não só pela disseminação do conteúdo dos cursos online, mas também pela criação de questionários, correção das respostas e exibição dos resultados. Em um modelo como esse, o papel dos professores e tutores humanos é substituído pela IA, e o aprendizado ocorre em Entornos Virtuais de Aprendizagem (EVA), controlados por software de gestão educativa baseado em IA. Esse sistema representa um avanço ao tornar a educação mais acessível e automatizada, permitindo uma personalização em grande escala e potencializando o alcance dos cursos.
ResponderEliminarNo entanto, o uso predominante da IA na educação levanta preocupações. Uma das principais críticas é a criação de uma dependência do conhecimento gerado pela IA, que muitas vezes é incorporado diretamente em trabalhos acadêmicos. Isso pode impactar o desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico dos alunos, uma vez que limita a busca independente e a interpretação própria de informações. A ausência de interação humana também pode afetar o processo educacional, uma vez que o papel do professor não se resume a transmitir conhecimento, mas também a inspirar, mediar debates, e adaptar o conteúdo conforme as necessidades específicas dos alunos, algo que a IA ainda não consegue replicar completamente.
A discussão sobre o impacto da Inteligência Artificial na educação, especialmente no ensino geográfico, é essencial, porque a IA oferece oportunidades de personalização e acesso a dados que podem enriquecer o aprendizado. No entanto, é fundamental abordar os desafios, como a desigualdade no acesso à tecnologia e a diminuição da interação humana, que são preocupações legítimas para o desenvolvimento social e emocional dos alunos. A formação adequada dos professores é crucial para garantir que a IA complemente sua função, promovendo uma educação mais inclusiva e participativa.
ResponderEliminarLavínea Tavares Lima, ESALQ USP, Brasil
As discussões sobre as possíveis correlações entre a inteligência e outras transformações tecnológicas com a educação é urgente. Por ser um campo institucional central nas mais diversas sociedades, a educação é intensamente envolvida nos mais diversos usos e objetivos sociopolíticos e culturais que atravessam nossas realidades. As disputas, desigualdades e diferenças precisam ser consideradas como fatores estruturais para pensarmos configurarmos os diferentes modelos das utilizações da inteligência artificial. Portanto, levar em consideração os mais diversos patrimônios histórico-culturais, os interesses de grupos dominantes e as desigualdades de condições econômicas e políticas nos contextos nacionais e internacionais é fundamental como ponto de partida. A partir destas considerações estruturais é que as políticas de uso das IAs podem ser pensadas de maneira mais efetiva.
ResponderEliminarAs discussões sobre as possíveis correlações entre a inteligência artificial e outras transformações tecnológicas com a educação são urgentes. Por ser um campo institucional central nas mais diversas sociedades, a educação é intensamente envolvida nos mais diversos usos e objetivos sociopolíticos e culturais que atravessam nossas realidades. As disputas, desigualdades e diferenças precisam ser consideradas como fatores estruturais para pensarmos configurar os diferentes modelos das utilizações da inteligência artificial. Portanto, levar em consideração os mais diversos patrimônios histórico-culturais, os interesses de grupos dominantes e as desigualdades de condições econômicas e políticas nos contextos nacionais e internacionais é fundamental como ponto de partida. A partir destas considerações estruturais é que as políticas de uso das IAs podem ser pensadas de maneira mais efetiva na educação e em outros campos institucionais.
ResponderEliminarSaudações!
ResponderEliminarEm primeiro lugar, quero parabenizar os professores proponentes do texto base de discussão deste foro, pois trata-se de um assunto pertinente como a IA e que está sendo inserido em nossas vidas de modo tão automático que, às vezes, não paramos para pensar criticamente em seus impactos, principalmente em nosso atribulado cotidiano escolar e suas variadas e difíceis condições.
Várias outras indagações relacionadas ao Ensino de Geografia podem ser levantadas além das já presentes no texto propositor tal como: “O que a IA proporciona para o estudante em suas análises em escala local?” e “Como a IA pode servir para desenvolver o raciocínio geográfico e o pensamento crítico no espaço que é o mais próximo do estudante?”. Indo além, podemos nos questionar se é a IA que está a serviço da Educação ou se a Educação está à serviço do que está por trás da IA.
No intuito de escrever este texto fiz uma rápida busca pela internet procurando por textos que associassem a Geografia e a Inteligência Artificial e acabei encontrando o termo “inteligência geográfica”, o que me chamou a atenção pois eu nunca havia visto/ouvido tal expressão. Para sanar a curiosidade que me surgiu abri o texto para saber do que se tratava. Inicialmente imaginei que houvesse alguma relação entre geoprocessamento e ensino, mas não. A explicação é que inteligência geográfica significa: “estudo de variáveis espaciais ou geográficas capazes de explicar fenômenos. Sejam eles sociais, econômicos ou ambientais — entre outros.”
A grande empreitada da inteligência geográfica seria explicar os fenômenos e promover mudanças significativas na vida das pessoas em prol de um bem social? Não! A grande proposição é que “Na prática, a inteligência geográfica pode influenciar diversas questões sobre a implantação e o crescimento dos negócios.”
A minha reflexão aqui é: enquanto nós, educadores, estamos tentando discutir os benefícios e os malefícios da IA na Educação, o mercado tem utilizado fortemente tal recurso para fazer seu mercado crescer. Nosso tempo para produzir as reflexões está muito aquém das ações das grandes corporações que atuam em prol da manutenção do sistema econômico vigente e amplia cada vez mais o abismo social em que vivemos.
Site sobre Inteligência geográfica: https://geofusion.com.br/blog/inteligencia-geografica/#origem
Sonara da Silva de Souza
Doutoranda do PPGEDU/ FFCLRP/ USP, com estágio sanduíche no IGOT/ ULisboa
Membro do Grupo ELO desde 2014
Professora na Educação Básica
Gostéi do comentário da professora Sonara. Em especial a súa frase: Como a IA pode servir para desenvolver o raciocínio geográfico e o pensamento crítico no espaço que é o mais próximo do estudante. Entendo que a IA, se sabemos perguntar, pode formular um modelo global para explicar os problemas locais, mas para isto necessitamos comprender as situações locais desde a perspectiva das pessoas que vivem cá. Isto não é possivel fazer desde uma teconologia, ainda potente como é o caso da IA. Como moitas atividades da aprendizagem necessitamos um método, um orde na pesquisa do medio local. A IA pode fornecer moita informação, mas ha que desbotar a que não se corresponda com as perguntas da investigação
EliminarIgualmente, o comentário de Yuri, que está a contjnuação serve para entender cómo se complementa a IA com o trabalho presencial: "A IA deve ser vista como uma ferramenta que complementa o trabalho dos educadores". O complemento não pode ser em situação de equilibrio, necessitamos dirigir, condicionar o trabalho desde a IA em relação com as perguntas que formulamos para responder aos problemas das pessoas num território
EliminarXosé M Souto
ResponderEliminarA reflexão sobre os impactos da Inteligência Artificial (IA) na educação é fundamental, especialmente diante das rápidas mudanças que a tecnologia está trazendo. A personalização do aprendizado e o uso de tutores virtuais são avanços positivos, mas a IA também levanta questões importantes, como a equidade no acesso às tecnologias e o impacto na interação humana no processo educacional. A IA deve ser vista como uma ferramenta que complementa o trabalho dos educadores, e não como um substituto, pois o papel do professor na formação crítica e cidadã dos alunos permanece insubstituível.
Além disso, a implementação eficaz da IA exige uma constante capacitação dos docentes, para que saibam integrar essas ferramentas de maneira crítica e enriquecedora. Na educação geográfica, por exemplo, a IA oferece recursos como dados em tempo real e ambientes imersivos que podem tornar o aprendizado mais dinâmico. No entanto, é preciso garantir que essas tecnologias sejam usadas de forma que promovam o pensamento crítico e a participação ativa dos alunos, sem reduzir sua capacidade de reflexão e análise.
Yuri Dantas - ESALQ-USP
A China lançou, em 2023, o DeepSeek e tal IA vem sendo usada e testada em diversos países do mundo com resultados que parecem agradar os usuários. Empresas gigantes norte-americanas não são exclusivas e a disputa tecnológica é fato recorrente. Acompanhar a geopolítica que envolve esse mercado de IA não é tarefa fácil mas, é relevante para a discussão do presente fórum. Professora Andrea Coelho Lastoria ESALQ - USP, Brasil.
ResponderEliminarA inteligência artificial (IA) na educação traz oportunidades e desafios. Acesso desigual às tecnologias pode ampliar desigualdades, e o papel do professor deve ser fortalecido, não substituído. A formação docente é essencial para integrar a IA de forma crítica e eficaz. Além disso, é preciso estimular a autonomia dos alunos, evitando que dependam excessivamente dessas ferramentas. A IA pode contribuir para a cidadania e o pensamento crítico, mas exige um uso consciente. O GEOFORO pode ser um espaço valioso para debater essas questões e definir caminhos mais equilibrados e inclusivos.
ResponderEliminarA IA na educação exige uma abordagem equilibrada, garantindo acesso equitativo e preservando a interação humana essencial para o aprendizado. Os professores devem ser capacitados para integrar essas tecnologias sem perder seu protagonismo, enquanto os alunos precisam aprender a usá-las de forma ética e crítica. O desafio é transformar a IA em aliada do ensino, evitando que se torne apenas um atalho para respostas prontas. O GEOFORO pode desempenhar um papel fundamental ao promover reflexões e soluções para uma educação mais participativa e cidadã diante das mudanças tecnológicas.
ResponderEliminarGustavo R. Azevedo ESALQ - USP, Brasil
As IAs já fazem parte do cotidiano da maior parte do mundo e o que resta a todos é apenas se adaptar pois a tecnologia não volta atrás. Infelizmente, o que pode ser bom em diversos aspectos, trazendo todas essas informações e agilidade do cotidiano, pode ser também um grande inimigo por, de certa forma, incapacitar o cérebro de realizar certas atividades que são desenvolvidas com a prática.
ResponderEliminarNo aspecto da educação, é necessária ter um pensamento crítico, a saber diferenciar informações relevantes ou não, a produzir ideias, a induzir a criatividade entre outras atividades. Com o desenvolvimento da IA, isso acaba sendo perdido, pois, por mais que ainda haja um professor em sala ensinando, a maioria dos alunos não vai conseguir assimilar as informações passadas, uma vez que, ao chegar em casa, basta perguntar para um chat “Cite os pontos importantes de tal conteúdo”.
Contudo, as IAs não oferecem apenas respostas prontas, existe uma série de parâmetros em que ela se encaixa que podem facilitar o aprendizado do aluno e a didática do professor, como por exemplo, como citado, a criação de mapas dinâmicos de uma determinada área para estudo.
Existe vários pontos a serem repensados e corrigidos. No momento e cenário atual, vejo mais desvantagens do que vantagem, mas como no início do comentário, é uma questão de adaptação, e acredito que em breve, com o passar do tempo, com determinações de limiteis e leis, só terá o que acrescentar à todos.
Yasmin A. Pereira, ESALQ USP, Brasil
Hola que tal. Considero que el uso de las Inteligencias Artificiales ha permitido crear nuevos entornos educativos en la enseñanza de la geografía, siendo un medio donde podemos cultivar estrategias de enseñanza-aprendizaje, donde los docentes y estudiantes puedan interactuar, así como tener la libertad de aprender en las denominadas aulas virtuales, que debido a la pandemia por SARS COVID-19 fueron el medio seguro para la conectividad, así como también el trabajo a distancia. Como docente de bachillerato del Colegio de Bachilleres de la Ciudad de México me ha permitido crear espacios accesibles e innovadores para los estudiantes, por lo que la aplicación de la IA tiene grandes ventajas, siempre y cuando sean reguladas por un especialista detrás de esta herramienta. Me gusto leer su trabajo y sobre todo es necesario tener nuevos aportes sobre como impacta la IA en la educación.
ResponderEliminarSaludos cordiales.
José Armando Hernández Canales, MADEMS Geografía, FFyL, UNAM.
Hola a tod@s.
ResponderEliminarCoincido con los autores en que con la llegada de las Inteligencias Artificiales la educación, como otros sectores, ha experimentado una revolución. En la educación en general, así como en la enseñanza de la geografía, las IA están siendo herramientas cada vez más usadas y han demostrado grandes ventajas, para la elaboración de plataformas personalizadas y materiales de estudio, para la evaluación y brindar experiencias de aprendizaje inmersivas y en tiempo real. Por otro lado, como todo proceso de gran cambio, trae consigo retos como por ejemplo regular la reducción de la interacción humana, buscar la equidad en el acceso, para los docentes, quienes permanentemente se encuentran en formación y actualización, buscar la integración de las IA en su quehacer para evitar su reemplazo o la reducción de su rol, así como promover el pensamiento crítico y la ciudadanía participativa en el uso de las IA.
Gracias.
Ledya Jurado Vázquez, MADEMS Geografía, FFyL, UNAM
É indiscutível que a inteligência artificial (IA) traz desafios significativos para a educação, abrangendo tanto aspectos pedagógicos quanto éticos e estruturais. Como visto, suas ferramentas podem tornar o ensino mais dinâmico, personalizado e interativo, facilitando a compreensão dos conteúdos e oferecendo assistência individualizada aos alunos. No entanto, é importante considerar que, sem políticas públicas bem definidas, a automatização do aprendizado pode transformar radicalmente o ensino, fazendo com que os riscos da IA superem seus benefícios.
ResponderEliminarA ausência de diretrizes específicas no Brasil dificulta o controle sobre o uso da IA na educação. Dada a infraestrutura tecnológica atual das escolas brasileiras e a carência de uma estrutura regulatória adequada, é provável que sua implementação seja desigual, e os professores não sejam devidamente treinados para integrar as ferramentas de IA em suas práticas pedagógicas. Isso configura um cenário em que os recursos de IA são usados de maneira indiscriminada e sem critérios, resultando em uma educação cada vez mais padronizada, desigual, que prioriza o lucro em detrimento da qualidade do ensino e de baixa eficiência na formação crítica dos estudantes. Portanto, acredito que, para que a adoção da IA na educação seja verdadeiramente benéfica, sua integração precisa ser acompanhada de políticas públicas que garantam sua aplicação ética, inclusiva e alinhada às necessidades educacionais.
Adryane Gonçalves, ESALQ-USP, Brasil.
A partir da leitura do texto, é possível discutir sobre a consciência individual quanto ao uso da Inteligência Artificial, já que é uma ferramenta que tem enorme potencial para nos auxiliar nos estudos e sintetização de ideias, porém, é importante reforçar que, desenvolver essas técnicas de forma autônoma é essencial para a evolução intelectual de cada um, para que assim, não seja criado um vínculo de dependência entre nós, alunos, e a IA.
ResponderEliminarPortanto, ter em mente que a IA tem objetivo de nos auxiliar e não nos substituir é imprescindível para um desenvolvimento linear.
Lais Vitória Oliveira Campion, Esalq-USP, Brasil.
Em um mundo cada vez mais permeado pela Inteligência Artificial, discussões como a promovida por este fórum são essenciais para fomentar o pensamento crítico acerca dos benefícios e desafios que acompanham a implementação dessa tecnologia no cotidiano, especialmente no ambiente escolar.
ResponderEliminarEmbora ainda não seja professora, tive a oportunidade, durante uma experiência de estágio, de debater com uma docente do Ensino Fundamental sobre os impactos que ela observava quanto à presença e utilização de IAs no contexto educacional. Durante nossa conversa, a docente afirmou enxergar a IA como aliada, sobretudo na elaboração de atividades práticas que enriquecem a experiência de ensino e auxiliam na diversificação das metodologias em sala de aula. No entanto, alertou para o uso indiscriminado dessas ferramentas, que pode prejudicar o desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos e, em certa medida, substituir o papel do professor: se antes os alunos buscavam no docente a mediação do conhecimento, agora essa responsabilidade tem sido transferida para a IA. Essa questão se encaixa perfeitamente na reflexão trazida pelo texto-base: "A integração da IA deve complementar, e não substituir, o papel dos professores".
Acredito que boa parte dos desafios e riscos associados ao uso da IA decorrem da falta de regulamentação e diretrizes claras sobre o seu uso. A tecnologia avança em um ritmo muito mais acelerado do que as decisões governamentais conseguem acompanhar, o que gera uma defasagem preocupante. Enquanto isso, docentes e alunos se veem diante de um cenário repleto de possibilidades, mas também de dilemas éticos e metodológicos. Diante desse contexto, permanece a questão: até que ponto a Inteligência Artificial pode enriquecer a educação sem comprometer a autonomia intelectual dos estudantes, assim como seu pensamento crítico e interações sociais? Assim sendo, se faz necessário explorar formas de integrar a Inteligência Artificial ao ensino de maneira consciente e equilibrada, assegurando que seu uso amplie a aprendizagem sem comprometer seus princípios fundamentais.
Jéssica dos Reis de Souza, ESALQ-USP, Brasil.
A Inteligência Artificial é um avanço tecnológico que não pode ser ignorado, e adaptações ao seu uso se mostram cada vez mais necessárias. Na educação, seu impacto é preocupante, afinal, ao mesmo tempo em que oferece ferramentas para otimizar o ensino, também representa um desafio para os professores e para a autonomia dos alunos.
ResponderEliminarComo alguém que busca se tornar professora nesse mundo cada vez mais tecnológico, vejo que é impossível ignorar a IA e todas as ferramentas que se tornam cada vez mais comuns entre estudantes. Por isso, acredito que a IA possa ser uma grande aliada no ensino ao proporcionar experiências mais dinâmicas e interativas, que podem facilitar a compreensão dos conteúdos.
No entanto, como foi dito no fórum, a facilidade para acessar respostas prontas e a dependência excessiva da tecnologia que isso pode causar, assim como a desigualdade no acesso a tecnologia, ainda são questões que devem ser analisadas e estudadas a fim de buscar a implementação de soluções e diretrizes claras para tornar o processo de aprendizado padronizado e adequado.
Acredito que, atualmente, a questão não seja mais simplesmente aceitar ou rejeitar a IA, mas encontrar formas equilibradas e éticas de integrá-la ao ensino, trazendo benefícios e não prejuízos. É necessário que existam regulamentações para garantir seu uso responsável e que os professores recebam a formação adequada para mediar essa relação entre alunos e tecnologia, permitindo, assim, que a Inteligência Artificial se torne um recurso realmente benéfico, reforçando o aprendizado sem impactar negativamente a formação intelectual e social dos estudantes.
Larissa Correia de Oliveira, ESALQ-USP, Brasil.
A Inteligência Artificial está transformando a educação, trazendo tanto oportunidades quanto desafios. Como estudante de licenciatura em Ciências Biológicas, vejo que ferramentas como plataformas de E-learning e tutores virtuais podem enriquecer o ensino, principalmente para áreas como a biologia, além de promover o aprendizado personalizado para estudantes com necessidades distintas. Tecnologias como realidade aumentada e inteligência artificial podem tornar o ensino mais dinâmico e didático, permitindo, por exemplo, a exploração de ecossistemas virtuais. No entanto, o fórum levanta questões importantes sobre o equilíbrio entre tecnologia e interação humana. A dependência excessiva da IA pode comprometer a socialização e o desenvolvimento crítico dos alunos.
ResponderEliminarComo destacado no fórum, novas tecnologias podem modificar a profissão docente, mas será que a substituição completa de professores por IA levaria a uma educação realmente eficiente? A pandemia acelerou a implementação dessas ferramentas, mas isso não garante inovação pedagógica eficaz. No ensino de Biologia, por exemplo, é essencial estimular a investigação científica e o pensamento crítico, e o uso indiscriminado da IA pode enfraquecer essa prática.
Dito isso, acredito que a IA na educação é uma ferramenta que não pode ser ignorada, desde que seja utilizada de forma pensada e planejada com responsabilidade.
Giovana Martorini Rodrigues, ESALQ-USP, Brasil.
Discutir os impactos da Inteligência Artificial na educação, como este fórum propõe, é essencial para entendermos os desafios e oportunidades que essa tecnologia traz para a sociedade. A IA já está transformando a forma como aprendemos e ensinamos, e debater seu papel no ambiente educacional nos permite buscar caminhos que aproveitem seu potencial sem comprometer a qualidade do ensino.
ResponderEliminarA Inteligência Artificial tem o potencial de transformar a forma como os alunos aprendem, tornando o ensino mais dinâmico e adaptável às necessidades individuais. Um estudante pode utilizar para revisar conceitos complexos, recebendo explicações detalhadas e respondendo a questionários personalizados que se ajustam ao seu desempenho. Quando bem utilizada, a IA pode enriquecer o aprendizado sem substituir a importância da interação humana e das atividades práticas na educação científica.
Outro desafio relevante é o acesso à IA. A implementação dessas ferramentas exige infraestrutura adequada, e nem todas as escolas dispõem dos recursos necessários para acompanhar essa evolução. Isso pode aprofundar desigualdades educacionais, tornando o aprendizado de qualidade um privilégio restrito a poucos.
Além disso, a atuação do professor não pode ser substituída, mas sim fortalecida pela IA. O uso da tecnologia deve ser aliado à capacitação docente, garantindo que os professores saibam integrá-la de maneira estratégica e enriquecedora, sem que isso signifique a perda da essência da mediação humana.
Assim, fica a reflexão: como podemos usar a IA para tornar o ensino mais eficiente sem deixar de lado a autonomia e o pensamento crítico dos alunos? Mais do que uma ferramenta, a IA deve ser uma parceira no aprendizado, ajudando sem substituir o papel essencial da reflexão e da interação humana. Encontrar esse equilíbrio será essencial para garantir uma educação mais enriquecedora e acessível a todos.
Letícia Araujo Gazzetta, ESALQ-USP, Brasil.
A Inteligência Artificial já faz parte da nossa realidade e continuará transformando a sociedade, inclusive a educação. Como estudante de licenciatura, percebo que, em vez de resistirmos a essa mudança, devemos sim buscar maneiras de integrar a IA ao ensino sem comprometer o papel essencial do professor. Se, por um lado, a IA pode otimizar tarefas repetitivas e personalizar a aprendizagem, por outro, a formação docente precisa acompanhar essa evolução para que os professores saibam utilizar essas ferramentas de forma crítica e pedagógica. O desafio para mim é me preparar para um cenário em que o professor não será apenas um "transmissor de conhecimento", mas um mediador que ensina os alunos a usar a IA de maneira ética e reflexiva, evitando que a tecnologia substitua o pensamento crítico e a construção do saber.
ResponderEliminarAmália Balaminute - ESALQ-USP, Brasil.
O texto traz uma reflexão muito pertinente sobre a aplicação da inteligência artificial na educação, abordando tanto suas oportunidades quanto os desafios que precisam ser superados. A preocupação com a equidade no acesso às tecnologias de IA é crucial, pois, de fato, sem uma infraestrutura adequada, muitos alunos podem ser excluídos dos benefícios que essas ferramentas oferecem.
ResponderEliminarA IA é um meio extremamente eficaz para o desenvolvimento de pesquisas e estudos, mas sem dúvidas a integração da interação humana em sala de aula e o papel do professor são insubstituíveis. Dessa maneira, a IA deve ser vista como um suporte ao ensino, e não como uma substituição da figura docente.
ResponderEliminarA inteligência artificial tem transformado a educação de maneira significativa, trazendo tantos benefícios quanto desafios. Por um lado, a IA ampliou o acesso ao ensino, possibilitando a criação de cursos online, a personalização do aprendizado e a automação de avaliações. Essas inovações tornam o ensino mais dinâmico e acessível, permitindo que mais pessoas adquiram conhecimento de forma prática e eficiente, ou seja, as informações são adquiridas de maneira mais rápida.
No entanto, também é essencial considerar os desafios e malefícios dessa transformação. A substituição de professores por sistemas automatizados pode comprometer a qualidade da aprendizagem, pois a interação humana é fundamental para estimular o pensamento crítico, a criatividade e a construção de valores. Além disso, a dependência excessiva da IA pode gerar problemas como a falta de engajamento dos alunos.
O texto evidência que o equilíbrio entre o uso de IA e interação humana deve ser uma busca constante, visto que os dois se complementam.
Guilherme Castellari – ESALQ-USP, Brasil.
Como os autores mencionam, o uso da inteligência artificial tornou-se inevitável, especialmente após a pandemia de COVID-19, quando os professores tiveram que se adaptar aos ambientes virtuais para dar continuidade ao ensino. Agora, “se livrar” dessa ferramenta parece impossível. Os jovens da minha geração (2000) e os das gerações seguintes possuem uma grande facilidade para assimilar e integrar novas tecnologias ao seu dia a dia, o que pode ser positivo, mas também levanta desafios. Como futura docente, acredito que a maior preocupação não deve ser evitar a IA, mas sim ensinar os alunos a usá-la de forma consciente, como um suporte ao aprendizado, sem comprometer o desenvolvimento do pensamento crítico e das habilidades essenciais.
ResponderEliminarMuitos docentes ainda resistem ao uso da IA por falta de familiaridade ou receio de mudanças, o que acaba afastando os alunos de uma orientação adequada sobre o uso responsável dessa tecnologia. No entanto, como os autores do artigo destacam, a IA já faz parte da nossa rotina em algoritmos de recomendação, assistentes virtuais e inúmeras outras aplicações. Assim, ignorá-la não é uma opção. O caminho mais sensato é promover debates e criar diretrizes que moderem seu uso, garantindo que a IA seja uma ferramenta complementar ao aprendizado, e não um substituto do esforço cognitivo e da construção do conhecimento.
Jennifer Eduarda Ibiapino Neves, ESALQ-USP, Brasil.
Creio que a IA já se tornou parte do cotidiano, da mesma forma que tantas outras tecnologias já foram introduzidas no mundo, apesar do estranhamento e desconfiança inicial, tal como os telefones, aparelhos celulares, internet e redes sociais. Assim como qualquer outra ferramenta, a IA precisa ser usada com equilíbrio e critério.
ResponderEliminarDe fato, ver como a IA vem mudando a educação maravilha e assusta ao mesmo tempo, mas se pararmos para pensar, a educação vem mudando muito nas últimas décadas: professores usam cada vez menos a lousa e mais apresentações de slides para dar aulas; a maioria dos trabalhos e produções de alunos passou a ser digitada ao invés de manuscrita; as consultas bibliográficas deixaram de ser feitas em enciclopédias para serem feitas na internet.
Talvez o uso da IA acabe sendo mais questionável e controverso, pois essa ferramenta também engloba geração de textos, imagens e outras produções. E nesse momento, os professores e educadores precisam se preparar não apenas para usar a IA, mas também para ensinar aos alunos como ela pode ser usada de forma sensata.
Concordo plenamente com os autores quando dizem que "a integração da IA deve complementar, e não substituir, o papel dos professores. O desafio é encontrar um equilíbrio onde a IA apoie os professores sem desvalorizar sua função." Afinal, educação não requer só transmissão conteúdos e informações, mas também requer relacionamento com pessoas diferentes, debate e troca de experiências.
Isadora Feltrin Rodrigues
ESALQ/USP, Brasil
Discutir a utilização de IA , principalmente em sala de aula, é de grande importância hoje e nos próximos anos. O avanço dessa tecnologia é rápido, e se não o acompanharmos de maneira crítica, estaremos fadados a sua utilização sem escolhas. De fato, é importante mencionar que ela traz diversos benefícios, como dito no foro, e que a utilização de tecnologias novas sempre assustou a humanidade de início. Porém, acredito que o caso da IA seja diferente. As tecnologias sempre serviram para facilitar as nossas vidas e "terceirizar" alguns trabalhos que tínhamos no dia a dia, como por exemplo, termos que buscar nós mesmos recomendações de filmes e livros, sendo que hoje a IA pode fazer isso por nós. Mas, pela primeira vez, estamos terceirizando a nossa própria inteligência humana - e isso pode ser bem perigoso, se não for feito da maneira correta, ainda mais em sala de aula.
ResponderEliminarBeatriz S Coelho - ESALQ/USP
EliminarÉ evidente que a Inteligência Artificial se faz cada vez mais presente em nosso cotidiano e, assim como em diversas áreas, apresenta benefícios e desafios quando pensamos na questão do ensino e aprendizagem.
ResponderEliminarAs novas gerações nascem e crescem com amplo acesso a diversas tecnologias, aprendendo com facilidade como utilizá-las. Sendo assim, acredito que não haja um meio de banir a IA do processo de aprendizagem dessas crianças, de modo que a melhor coisa a se fazer seria dar a ela um bom propósito, ensinando como utilizar essas ferramentas de forma a não se criar uma dependência criativa e intelectual desses recursos, mas trazendo elementos mais dinâmicos e aplicados para as aulas.
O texto traz ótimas colocações a respeito da desigualdade de acesso às tecnologias dentro da sociedade, fato esse que poderia acarretar até mesmo um analfabetismo digital, e a falta de amparo aos profissionais da educação, que muitas vezes não recebem um treinamento para usar as ferramentas, ou até mesmo são cobrados para que as usem de uma forma previamente estipulada, minando a criatividade e autonomia da regência do professor em sala de aula.
Por fim, é importante ressaltar a necessidade de políticas públicas que visem uma distribuição mais igualitária desse tipo de tecnologia a fim de que todos tenham o acesso e saibam como utilizá-la, podendo obter seus benefícios.
Eduarda Evangelista Pereira, ESALQ-USP, Brasil
Existem muitos benefícios que a Inteligência Artificial trouxe para nós: a facilidade de desempenhar tarefas, a comodidade de “escrever” textos científicos em poucos segundos, o colocar uma música apenas ao falar ou até mesmo gerar diagnósticos precisos num piscar de olhos. Porém, toda ação tem sua consequência, além de todos os benefícios que a expansão dessa tecnologia trouxe, vieram seus malefícios, principalmente na educação e escolas da modernidade. A comodidade do “não pensar”, apenas enviar comandos para que uma tecnologia faça para você é o que mais prejudicou o ensino.
ResponderEliminarAssim como mencionado no texto, a inteligência artificial ganhou muito espaço nos últimos anos e vem ganhando ainda mais. Em plena pandemia foi crucial o uso dela para diversos fins, entretanto a pandemia acabou e seu uso ainda é constante e cada vez mais o contato humano-humano faz falta durante o cotidiano e as atividades que vêm com ele.
Acredito que na educação isso não seja diferente, quanto mais “não-humanos” tornamos o aprendizado, menos eficiente ele se torna. Atualmente a Inteligência Artificial se tornou algo para terceirizar o pensamento crítico dos alunos, os quais estão perdendo a capacidade de pensar. Porém, ainda existem controvérsias nesta questão de uso dessa tecnologia na educação, pois facilita o trabalho dos educadores, torna acessível diversos conteúdos e gera maneiras mais inclusivas de se educar.
Giovani Rangel Malerba Alfonso ESALQ USP
ResponderEliminarNa sociedade, a IA está remodelando o mercado de trabalho, com a automação atualizando algumas funções, enquanto cria novas oportunidades em áreas como análise de dados, programação e desenvolvimento de soluções tecnológicas. No entanto, também levanta questões sobre a desigualdade no acesso às tecnologias e a necessidade de requalificação profissional para enfrentar as transformações no mercado de trabalho. Portanto, os impactos da Inteligência Artificial na sociedade e na educação exigem uma abordagem equilibrada e cuidadosa. É fundamental que a implementação da IA seja acompanhada de políticas públicas que promovam a inclusão digital, a capacitação de indivíduos e o debate sobre as questões éticas e sociais que surgem com o seu uso. A educação, como base para o desenvolvimento humano, precisa estar no centro dessa discussão!
Após a leitura, temos ainda mais a clareza de que inserir a inteligência artificial é um caminho inevitável.
ResponderEliminarVisto isso, é necessário integrar a IA junto com o discernimento de que ainda sim precisamos nos manter humanos quanto as nossas relações pessoais, nesse caso, na relação aluno/professor, mercado de trabalho/funcionário. Ao introduzir, de maneira gradual, pequenas doses do artificial, auxiliando tarefas e otimizando tempo, é de grande proveito, mas não discutir com base e compreensão crítica os efeitos de até onde realmente é eficaz aumentar sua "dose" , fica inviável a inserção de um maquinário em um meio educacional que até então, era apenas humano.
Anne Moura ESALQ - USP Brasil
ResponderEliminarO texto propõe uma reflexão profunda sobre os impactos da Inteligência Artificial (IA) na educação, destacando tanto as potencialidades quanto os desafios que essa tecnologia traz para o ensino e a aprendizagem. A IA tem revolucionado diversas áreas, inclusive o ambiente educacional, oferecendo ferramentas que personalizam o aprendizado e tornam o acesso à informação mais dinâmica e interativa. No entanto, surgem questões sobre o papel do educador, a ética no uso da IA e a possibilidade de dependência excessiva da tecnologia. Acredito que a Inteligência Artificial tem um enorme potencial para transformar a educação de maneira positiva, oferecendo recursos inovadores e personalizados que podem melhorar o aprendizado dos alunos. No entanto, é crucial que utilizemos essas ferramentas com discernimento. A IA pode facilitar a personalização do ensino, ajudar a melhorar processos e até tornar o aprendizado mais envolvente. Porém, devemos estar atentos ao risco de dependência excessiva. A integração da IA deve ser feita de maneira equilibrada, sempre com a consciência de que o papel do educador e da experiência humana não são substituíveis.
Em um cenário onde contemplamos os avanços da tecnologia, a presença da IA não apenas se torna uma realidade inevitável como também apresenta a perspectiva de um apoio importante na transformação e até otimização da educação de forma significativa.
ResponderEliminarEmbora ainda seja um tema permeado por muitas incertezas a integração de tecnologias como pelo uso de realidade aumentada, big data e até dos assistentes virtuais oferecem a oportunidade de tornar o aprendizado um processo mais dinâmico, acessível e conectado com o mundo.
Acredito que para que ela se torne uma aliada na educação é necessário redobrar a atenção para que a centralidade do papel do professor e o estímulo do pensamento crítico por parte dos estudantes sejam mantidos por meio da busca por estratégias que aliem a inovação tecnológica com o desenvolvimento do ser humano, buscando reduzir os possíveis impactos negativos pelo uso indiscriminado.
De forma otimista, se sua integração estiver ligada ao desenvolvimento de diretrizes que alcancem sua regulamentação pelo uso responsável e, ainda, seja garantido que estejam disponíveis sem que potencialize os efeitos de uma discriminação e seletividade social, a integração dessa ferramenta me parece um passo importante sobre como a humanidade pode ter o acesso à informação.
Leonardo Palma, ESALQ-USP, Brasil.
Esse tema de tecnologias associadas à educação é muito interessante, principalmente no âmbito das Inteligências Artificiais, pois elas podem ter grandes benefícios no quesito assistência ao aluno e ao professor, porém também podem interferir no processo de aprendizagem. Apesar de ser um assunto em alta fica difícil pensar em uma implementação em alguns contextos. Por exemplo, em um estágio que realizei em uma escola da rede pública de Piracicaba havia o uso de notebooks por parte dos alunos para atividades de português e matemática, e sempre haviam problemas entre os professores e as plataformas, tanto por falta de treinamento, quanto por equipamentos de baixa qualidade, ocasionando em situações estressantes e pouco produtivas para o aprendizado. Portanto, esse tema é um tema muito interessante e muito promissor, porém deve ser pensado sempre por pessoas que vivem a realidade das escolas públicas, de forma a atender as necessidades dos alunos e professores, sem que se torne mais um "peso", e que possa de fato melhorar o ensino.
ResponderEliminarHeloisa dos Santos Pessoa Mendes
Estudante de Licenciatura em Ciências Agrárias
ESALQ/USP
O desafio da inteligência artificial na educação é conseguir equilibrar inovação e interação humana. Ela amplia o acesso e personaliza o ensino, entretanto pode enfraquecer o pensamento crítico e a socialização. Acredito que o ideal é usar a IAc como apoio, sem substituir o papel essencial dos professores na formação dos alunos.
ResponderEliminarGlaydice J. N. Lourenço
ResponderEliminarEstudante de Licenciatura em Ciências Agrárias
ESALQ/USP
No mundo em que vivemos hoje é inevitável a introdução da AI no meio educacional, mas é preciso avaliar cuidadosamente os impactos negativos que ela pode causar no aprendizado, uma vez que a facilidade na obtenção de informações pode tornar (e já podemos perceber que sim, torna) fácil demais, reduzindo a atenção aos detalhes, o aprendizado mais profundo, a criatividade e a formação de um pensamento crítico à respeito de diversos assuntos.
A inteligência artificial pode, de fato, transformar a forma como aprendemos e ensinamos, mas acima de tudo, deve-se avaliar a realidade das escolas públicas e dos estudantes das escolas públicas do Brasil. A tecnologia pode se tornar apenas mais um empecilho em um ambiente em que até o considerado básico, como recursos e infraestrutura adequados, já está em falta.
A implementação da IA e demais tecnologias devem ser pensadas de forma a atender as necessidades reais dos alunos e professores, sem aumentar as desigualdades já existentes.
Reflexão muito intessante sobre a IA no contexto da sala de aula. Os pontos sobre exacerbar as desigualdades já existentes é muito relevante e pertinentes ao cenário da atual educação no mundo, mas além de fazer isso ela também pode definir a formação final dos estudantes.
ResponderEliminarO uso excessivo da IA por estudantes é muito nocivo, ao meu ver, pois isso pode limitar a criação de alguém com ideias próprias e saber formulas ideias coerentes.
Entrando, acho que pode ser uma ferramenta muito útil aos professores para corrigir provas e conseguir novas ideias para aplicar em sala de aula.
A tecnologia e a utilização de IA têm crescido consideravelmente nos últimos anos, e não só no âmbito educacional, como em todos os âmbitos sociais e profissionais, como comentado no presente texto. Com o passar dos anos, e principalmente após a pandemia, tornou-se notório que essa utilização excessiva de tecnologia na vida cotidiana das pessoas, seja no trabalho, na escola ou na vida social mesmo, tem afetado significativamente a capacidade cognitiva das pessoas. Como agora acessar qualquer tipo de conteúdo na internet é muito fácil, as pessoas passaram a ter preguiça de realmente procurar afundo sobre qualquer determinado assunto. Um exemplo claro disso, é o que têm acontecido nas escolas atualmente. A fonte de pesquisa dos alunos não é nem mais o Google, e sim plataformas de IA, como chatgpt, ou até mesmo, redes sociais, como o tik tok. Os alunos não fazem mais uma tarefa passada pelo professor em sala de aula, sem perguntar a resposta para o chatgpt, por exemplo. O uso excessivo de telas e plataformas digitais não afeta só o desenvolvimento cognitivo, mas como também a capacidade dos jovens de pensarem por si só, sem pesquisar a resposta; afeta a capacidade de ter pensamento crítico, de questionar do porque aquilo é feito daquele jeito ou o porque não é feito de outra maneira. Os jovens não tem mais dúvidas. eles não questionam mais, pois não são instigados a isso. Além disso, o uso excessivo de telas afeta a alfabetização das crianças, que estão tão acostumadas com aparelhos eletrônicos, que acabam adquirindo certa dificuldade em aprender a ler e escrever. Mas é claro que o desenvolvimento tecnológico e a inserção na tecnologia na educação teve seus pontos positivos, pois muitas plataformas digitais auxiliam os professores a montarem os planejamentos das aulas, a desenvolverem uma abordagem mais dinâmica com atividades imersivas com os alunos dentro da sala de aula e entre muitos outros benefícios a educação. Porém o problema está no excesso disso. A tecnologia e a IA, não devem assumir o papel do professor, elas devem ser um complemento educacional para os professores e alunos, mas é perceptível que isto não têm acontecido. Além do mais, o texto também aborda sobre a desigualdade e a falta de acesso a tecnologia de muitas escolas, pois cada escola está inserida em uma realidade diferente. Um exemplo claro disso, são as escolas inseridas no meio rural. Muitas dessas escolas, tem o acesso limitado a internet e a tecnologia, e no cenário atual que estamos vivendo, que tudo gira em torno disso, muitas dificuldades educacionais acabam surgindo. Por fim, pode-se concluir que o uso da tecnologia, das plataformas digitais, da IA e etc., nos âmbitos acadêmicos e pessoais, trouxe sim muitos benefícios, porém a maior parte deles veio em conjunto com muitas consequências, que afetam diretamente aqueles que estão inseridos nesse meio e que estão em processo de formação cognitiva e de desenvolvimento de personalidade. Como diz aquele ditado: "Tudo em excesso, faz mal"
ResponderEliminarESALQ/USP
Isabela Babberg
Março, 2025
Timótio Noronha de Jesus - estudante de Licenciatura em Ciências Agrárias
ResponderEliminarESALQ/USP - Piracicaba/SP Brasil
O avanço da inteligência artificial generativa torna cada vez mais urgente discussões sobre seus impactos, especialmente na educação. Essa tecnologia carrega um potencial ambíguo, podendo ser tanto uma ferramenta poderosa quanto um risco significativo para a qualidade do ensino. Diante disso, é fundamental que educadores – tanto os que já atuam quanto os que estão em formação – reflitam sobre como a IA pode ser integrada de forma ética e eficaz à prática docente, evitando que a substituição do professor se torne uma realidade. Afinal, isso não apenas enfraqueceria a educação, mas comprometeria o próprio desenvolvimento crítico e criativo dos alunos.
No início do texto, os autores mencionam a criatividade como uma das capacidades da IA, mas discordo desse ponto. Acredito que justamente nesse aspecto reside a superioridade da inteligência humana, pois, enquanto a IA pode processar grandes volumes de dados e gerar respostas com base neles, sua capacidade de criar algo verdadeiramente novo é limitada. O ChatGPT, por exemplo, responde a perguntas com base em um banco de dados preexistente e estruturado, mas não consegue "pensar fora da caixa" ou ter insights originais sem um direcionamento humano. Trazendo isso para a educação, percebo que a substituição de professores por IA é altamente improvável, pois o ensino exige uma percepção criativa que vai além da transmissão de informações. A adaptação às necessidades dos alunos, a criação de novas metodologias e a sensibilidade para interpretar diferentes contextos são características inerentemente humanas que uma máquina, por mais avançada que seja, não consegue reproduzir com a mesma qualidade.
O verdadeiro desafio, então, é capacitar tanto professores quanto alunos para utilizar a IA de maneira que amplie o aprendizado, em vez de enfraquecê-lo. Atualmente, muitos a veem apenas como um atalho para evitar esforço, recorrendo a chatbots para resumir textos ou responder questões de forma automática. Isso pode comprometer o processo educacional, já que parte fundamental do aprendizado está justamente na análise e na formulação de respostas. No entanto, simplesmente alertar os alunos sobre os riscos desse uso inadequado não é suficiente. Talvez a solução esteja em tornar as atividades mais atrativas, estimulando a curiosidade e incentivando avaliações que exijam produção original, como reflexões baseadas em experiências pessoais, vídeos ou materiais inéditos. No entanto, com o avanço da IA, até esses formatos podem, eventualmente, ser incorporados às bases de dados, exigindo constantes adaptações por parte dos educadores.
Continuação abaixo
Além disso, há outra questão essencial: a IA deve ser incorporada à educação? E, se sim, de que maneira? Em minha experiência pessoal, busco evitar o uso dessas ferramentas de forma desonesta, mas reconheço seu potencial além da simples geração de textos. Utilizo a IA para revisar e melhorar redações, organizar dados e obter sugestões de materiais de estudo. No entanto, o acesso a essas tecnologias não é universal. Muitos estudantes e professores enfrentam barreiras tecnológicas e econômicas que os impedem de usufruir dessas ferramentas, ampliando desigualdades já existentes. Assim, ao discutir a presença da IA na educação, é fundamental considerar a acessibilidade e garantir que seu uso não beneficie apenas um grupo privilegiado.
EliminarOutro perigo que não pode ser ignorado é a confiabilidade das informações geradas pela IA. Não há garantia de que seu banco de dados contenha apenas informações verdadeiras, o que pode resultar na disseminação de erros e fake news dentro da sala de aula. Quanto mais específico o tema, mais grotescos costumam ser os equívocos da IA, tanto na interpretação das perguntas quanto na geração de respostas falsas. Ao contrário de um professor, que tem a humildade de admitir quando não sabe algo, a IA muitas vezes responde com segurança mesmo quando está errada, tornando o processo educacional potencialmente perigoso.
Ao longo da história, diversas tecnologias foram integradas à educação e transformaram a forma como aprendemos, do quadro-negro à internet. A inteligência artificial pode ser mais uma dessas ferramentas, desde que utilizada com consciência e responsabilidade. O futuro da educação não deve ser definido por uma dependência cega da IA, mas por um equilíbrio entre inovação e a valorização do pensamento crítico e criativo. A tecnologia, por si só, não substitui a essência do ensino – e cabe a nós, professores e estudantes, garantir que continue sendo um meio, e não um fim em si mesma.
Olá, Timótio. Tudo bem?
EliminarConcordo com o seu comentário. A inteligência artificial deve ser utilizada com parcimônia e sabedoria. Ela é sim, uma excelente ferramenta de auxílio didático, no entanto, tenho ressalvas quando analiso que a sua utilização, permeia com facilidade o "não pensar" e o não desenvolver um pensamento crítico sobre determinado assunto. Esse tipo de relação entre o pensamento e a individualidade do aluno, por muitas vezes, é deixado de lado quando se tem a utilização da IA na construção do conhecimento pedagógico.
Em vista disso, acredito que assim como você apontou, devemos ter um equilíbrio, afim de manter a essência do ensino, a curiosidae e a criatividade dos alunos.
Mélly Cristina Vecchi Jannis
Student of Biological Scienses
ESALQ - USP
Brazil
A reflexão sobre a utilização das IA's dentro do sistema educacional é algo importante a se fazer, sendo educador de qualquer área. Ela ocorrerá inevitavelmente, só cabe aos adultos a responsabilidade de administrar o que as crianças terão acesso, seja em casa ou na escola.
ResponderEliminarA implementação das IA's nos sistemas de ensino foram muito equivocados, no sentido de ter poucas pesquisas realizadas prevendo possíveis problemas no futuro. Problemas esses que estamos observando nas crianças de hoje, deixando de pensar na tarefa doméstica e apenas perguntando para a "Alexa", desestimulando o desenvolvimento cognitivo da criança. Outro problema seria a possível substituição dos professores pelas IA's, consequência essa que não deveríamos nem considerar, visto que nada substitui a presença de um(a) professor(a) acolhedor(a) que está fazendo o trabalho porque ama.
Mas devemos também ressaltar que há alguns benefícios para a educação, sendo necessário um conhecimento sobre a tecnologia. É possível otimizar o tempo do professor e algumas vezes do aluno em tarefas, mas é necessário preparo do professor para que ocorra como o esperado. Não adianta ter a tecnologia e não ensinar os próprios professores a usar.
É muito difícil pensar em implementação das IA's atualmente em todas as escolas do Brasil, visto que falta preparo da parte do governo em treinar os profissionais sobre essa tecnologia nova.
Sylvia Torrezan Tannuri
Estudante de Ciências Agrárias
ESALQ - USP, Brasil
Maxine Mitie Machado Ishizaki - Esalq/USP Brasil
ResponderEliminarO texto faz uma reflexão profunda sobre como a Inteligência Artificial (IA) está moldando a educação e a sociedade, trazendo tanto oportunidades quanto desafios. A autora destaca como a IA pode personalizar o aprendizado e melhorar a experiência educacional, com exemplos de tutorias virtuais e plataformas interativas. No entanto, ela também levanta questões importantes, como o acesso desigual à tecnologia e os riscos de depender demais da IA, o que pode afetar as relações humanas e o desenvolvimento emocional dos alunos. Para ela, a lA deve ser vista como uma aliada, não uma substituta, no trabalho dos professores.
Ao longo do texto, é nítido que a autora nos desafia a pensar em como equilibrar a presença da IA na educação, sem deixar que ela apague a essência do ensino humano. Ela nos provoca a repensar nosso papel como educadores e como podemos usar a tecnologia de forma que, em vez de substituir, potencialize as habilidades críticas e sociais dos alunos. O fórum, mais do que uma simples troca de ideias, se coloca como um espaço para que todos reflitam sobre as novas possibilidades e limitações da
IA, ajudando a desenhar um futuro onde a tecnologia seja uma aliada, mas o papel humano, essencial, nunca se perca.
A Inteligência Artificial (IA) representa uma transformação irreversível na sociedade contemporânea, impactando significativamente a educação e a atuação docente. Seu avanço acelerado exige uma reflexão crítica sobre suas potencialidades e desafios, especialmente no ensino geográfico e na formação cidadã. A IA permite personalização do aprendizado, acesso a big data em tempo real e experiências imersivas, mas também levanta questões sobre equidade, interação humana e dependência tecnológica.
ResponderEliminarDo ponto de vista científico, é essencial um equilíbrio entre inovação e preservação das competências cognitivas e sociais dos estudantes. A IA deve ser uma ferramenta que potencializa o pensamento crítico e a autonomia do aluno, e não um mecanismo que substitua a capacidade de análise e reflexão. A formação docente contínua se torna imperativa para garantir uma implementação eficaz da IA, promovendo metodologias ativas que estimulem o engajamento e a participação cidadã.
Olhando para o futuro, a escola do século XXI deve integrar a IA de forma ética e estratégica, alinhando tecnologia e humanização no ensino. A pesquisa em redes neurais e aprendizagem adaptativa pode contribuir para a criação de ambientes educacionais mais dinâmicos e inclusivos. Contudo, a tomada de decisão sobre o uso da IA não deve ser passiva; professores e educadores precisam atuar como agentes críticos, direcionando essa revolução digital para uma educação que fortaleça a construção do conhecimento, sem comprometer a essência do aprendizado humano.
Camila Karen Candeira da Silva, ESALQ/USP - Brasil.
Larissa Barcelos Plaques
ResponderEliminarLicenciatura em Ciências Agrárias - ESALQ USP
É fundamental para a academia desenvolver pesquisas sobre o uso de inteligências artificiais e seus impactos, bem como é fundamental para a sociedade como um todo refletir sobre a utilização dessas ferramentas e supervisionar as crianças, visto que nos últimos anos as IAs estão em avanço acelerado, aumentando a demanda por estudos acerca do tema e moderações para promover o seu uso consciente. Em minha interpretação, penso que as IAs atualmente são uma importante e eficiente ferramenta para otimizar e viabilizar as atividades humanas, tendo incontáveis benefícios como os citados na publicação, porém, principalmente no contexto educacional, o uso inadequado das IAs pode atrapalhar o desenvolvimento cognitivo do ser, afetando o processo de busca por conhecimento e consolidação do mesmo de maneira sólida, holística, eficaz e inter-relacionada com a realidade, consequentemente, isso afeta a capacidade humana de estabelecer conexões e produzir suas próprias ideias de maneira inovadora.
Nesse contexto, é evidente o fato de que a IA já existe e está avançando cada vez mais, não é possível negar sua existência ou interferir de modo proibicionista acerca de seu uso (pensando também no contexto escolar) então, faz-se necessário elaborar uma forma como lidar com essa realidade de maneira ética e que não encurte o caminho de desenvolvimento cognitivo do aluno.
Sobre o parágrafo “A IA é a capacidade de uma máquina para reproduzir competências semelhantes às humanas, como é o caso do raciocínio, a aprendizagem” acredito que a inteligência artificial não é capaz de plenamente realizar ou reproduzir a aprendizagem, sendo que é um processo humano e muito particular, que está além de entender uma teoria de maneira simplificada, a consolidação efetiva do aprendizado diz respeito a interações sociais e trocas de saberes e experiências, então, a inteligência artificial pode até ser um meio de encurtar a obtenção de conceitos e otimizar alguns processos de maneira muito efetiva, como o exemplo da “Tutoria Virtual”, mas não é capaz de reproduzir o aprendizado em sua totalidade. Sendo assim, é possível utilizar a IA como uma ferramenta excelente, porém levando em consideração que nenhuma inteligência artificial poderá ser eficiente por si só, faz-se necessário a sensibilidade que apenas um professor pode demonstrar em relação ao processo de aprendizagem individual de cada aluno e a potencialidade das trocas humanas, criatividade e inovação que somente a mente humana é capaz de realizar diariamente.
O fórum traz uma reflexão muito importante sobre os impactos da inteligência artificial (IA) no nosso cotidiano, em como ela afetará diversas carreiras, assim como já afeta a educação. Com a nova legislação (Lei nº 15.100/2025) que restringe o uso do celular em salas de aula da educação básica brasileira, a IA não poderá ser utilizada nas escolas, com exceção a alguns momentos, como as aulas de informática. Então, em parte isso pode ser negativo ao restringir o uso de novas ferramentas que poderiam trazer uma dinâmica maior ao aprendizado, e por outro lado garante que a tecnologia não será utilizada indiscriminadamente de maneira prejudicial durante os momentos de aula presencial.
ResponderEliminarEntretanto, a IA continuará presente em quase todos os outros momentos da rotina dos estudantes, o que faz com que a conscientização sobre ela e os seus possíveis usos seja muito importante, para garantir que os alunos consigam formular um pensamento crítico em relação a IA, e saibam utilizá-la de maneira consciente e responsável. Ainda mais, pois os alunos podem acessar a IA nas suas casas e terem vontade de usá-la indiscriminadamente para realizar as atividades passadas pelos professores. Acredito que essa conscientização deva ocorrer durante as aulas, mas para isso os educadores também precisam estar inteirados sobre essa tecnologia.
O uso da IA para estudos em casa pode ser beneficial, pois existem muitas plataformas interativas que podem apresentar conteúdos personalizados e analogias que ajudam a assimilar melhor o tópico estudado. Apesar disso, é essencial lembrar que os alunos não possuem um acesso homogêneo à tecnologia, assim, devem ser pensadas formas de mitigar a disparidade causada pela diferença de acesso a essas ferramentas, a fim de que não ocorra um aumento na discrepância entre os processos educacionais.
Beatriz Lu Aboim de Souza - Estudante de lincenciatura em Ciências Agrárias na ESALQ/USP - Brasil
Uma excelente publicação e discussão sobre a Inteligência Artificial (IA) e seu papel e formas de utilização nos dias atuais. Todos sabemos que é um maravilhoso instrumento tecnológico que se tornou popular e proliferou rapidamente, principalmente no contexto da pandemia de 2020 em que o mundo estava enfrentando o Sars - Cov 2, ou popularmente conhecido e temido como Corona vírus, um período onde profissionais, principalmente os professores junto de seus alunos se tornaram dependentes da tecnologia. Porém, mesmo sendo um instrumento de alto valor, eficiente e popular, existe, assim como outro qualquer outro assunto ou âmbito da sociedade, o "outro lado da moeda".
ResponderEliminarA instrumentalização da IA nos diferentes ramos da sociedade, tem se mostrado, de fato, algo extremamente útil para a humanidade, mas assim como tudo tem seu lado bom, também existe o "outro lado" a ser visto e utilizado com calma e consciência. Desde que entrei na faculdade, fiquei vislumbrado sobre a IA e seus diversos papéis, seja na Biologia, Matemática, entre diversos outros, mas como todos sabem, ela esta presente até mesmo no meio popular, como no uso de GPS, assistências como a do Google ou Siri, e até mesmo vídeos do Youtube e outras plataformas, e por essa razão sabemos o poder que possui, como por exemplo a capacidade de pegar a voz de alguém e montar uma frase com aquela voz de determinada pessoa, ou até mesmo de utilizar não apenas a voz, mas todo o corpo físico da pessoa a partir de uma simples foto e montar um vídeo, o que pode nos trazer certa reflexão: "Até onde a IA é capaz de ser utilizada?", "Como saber até onde e como podemos usar poderoso instrumento?" e "Como passar para as pessoas e gerações seguintes como usar e os prováveis impactos dessa tecnologia?"
Portanto, A Inteligência Artificial deve ser aproveitada e trabalhada para auxiliar a humanidade e principalmente o planeta, o que deve começar desde as escolas, para que as futuras gerações de profissionais conheçam e comecem a criar certa noção e consentimento em relação a este grande equipamento e seu uso, mostrando as diversas formas de obter informações, ramos acadêmicos, além de alertar sobre possíveis perigos ou utilizações inadequadas. Entretanto, atualmente há certa dificuldade de sua implementação nas escolas, além de despreparo do próprio governo, pois não é um assunto que é facilmente discutível, o que torna ainda mais difícil a tomada de decisões de como proporcionar da melhor maneira a IA para as pessoas em formação, indicando que deve ser estudado, discutido, e delimitado com bastante calma e consenso, pois não basta apenas querer ou não, envolve muito mais aspectos, como parte financeira, ético, preparo, consentimento e modernização.
João Paulo Duarte, estudante de Licenciatura em Ciências Biológicas;
Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiróz", USP;
São Paulo, Brasil
Texto muito bom, tema agregador e atual dentro da nossa sociedade!!
ResponderEliminarSaulo Rosendo Tobaldini
ESALQ - Universidade de São Paulo
Piracicaba, Brasil
É inegável que os avanços tecnológicos, como por exemplo, a criação de IAs trouxe benefícios para a sociedade. Porém, vem sendo muito discutido sobre os prejuízos de usar inadequadamente essas ferramentas. Dificuldades no aprendizado e vícios em temas já foram cientificamente comprovado. Um exemplo disso, é que esse ano foi aprovada a lei que proíbe o uso de celular nas escolas, com o objetivo de fazer com que os alunos voltem a ter interesse nas aulas, e consigam ter mais atenção.
ResponderEliminarBeatriz Rosa de Oliveira Silva
EliminarEstudante de Ciências Agrárias (ESALQ)
A questão sobre inteligência artificial é extremamente pertinente, tendo em vista todas as novas consequências de seu uso e como estamos aprendendo a lidar com as mesmas. Penso principalmente que países do Sul global não estão em poder de restringir boa parte do uso da IA nos cenários educacionais - que para mim seria o melhor cenário - portanto precisamos analisar mais os impactos reais que isso traz aos alunos e como podemos ensiná-los a usá-la, caso estes queiram, da melhor forma possível. Acredito que até se o uso for restrito algum dia, é importante o conhecimento de como ela funciona.
ResponderEliminarAcredito que a IA tenha ótimos proveitos em vários campos, porém na educação é algo que não vejo quase nenhuma vantagem. Temos tantas possibilidades de ensino de tantas formas culturais diferentes e parece que desperdiçamos quando usamos a IA. Ela tira o contato real com o mundo e a experiência social muitas vezes. Isso surge em um contexto e com um objetivo de globalização e assimilação cultural, que vem de países e pessoas com poder de determinar muitas coisas no mundo; e já que ela está em todo canto seria de bom tom dominar seu uso primeiro.
Um professor me falava que se você quer escolher não utilizar algum tipo de técnica, você precisa primeiro dominar ela. Não sendo tão literal e não que a frase seja aplicada a tudo, mas no debate sobre IA, me faz sentido que precisamos saber sobre com o que estamos lidando - até para que não se torne um tabu - e depois como iremos diminuir seu uso. A verdade, é que falta conhecimento prático e formal do que é e como utilizar a IA e suas consequências.
A sina da humanidade é inovar, criar e se modificar. A inteligência artificial pode durar mais alguns anos ou milênios como vários instrumentos humanos ao longo da história da humanidade são criados e depois descartados. Assim, a IA não é a nova roda. Pois a roda nem mesmo é comparável também a qualquer outra invenção humana. Cada uma tem seu potencial e irá servi-lo da forma que a humanidade quiser.
Já que falta possibilidade no uso ou não de IA, que pelo menos saibamos o que fazer com ela.
Lara Bento
ESALQ - Universidade de São Paulo
Piracicaba, SP
As discussões acerca do uso de IAs no dia a dia das pessoas são muitas, mas de fato se tornam mais alarmantes quando se trata da educação. Apesar de a rapidez com a qual essas tecnologias estão surgindo nos assute, não é como se fosse possível privar toda uma rede de ensino dessas mudanças, ainda que existam diferentes metodologias. Se os estudantes não utilizam na escola, muito provavelmente utilizarão fora, seja em casa ou outros ambientes de lazer, a começar pelo fácil acesso a dispositivos móveis (celulares, tablets e notebooks). O que pode ser feito é gerir o uso dessas tecnologias e equilibrar com atividades interpessoais, fundamentais para o desenvolvimento humano.
ResponderEliminarNo entanto, é necessário observar atentamente à exclusão e desigualdade que esse rápido desenvolvimento tecnológico pode proporcionar, ao ser implementado em larga escala. Isto é, para adaptar o uso mais tecnológico de ferramentas educativas em todas as unidades de ensino, deve-se levar em consideração também o entorno e as condições às quais a escola está inserida. Escolas rurais, por exemplo, terão mais dificuldade de implementar novas tecnologias em relação às localizadas em meio urbano, ocasionando um desequilíbrio nos níveis de ensino de seus estudantes. De qualquer forma, para além de discussões educacionais e sociais, deve-se pensar socio-politicamente ao tratar da implementação das IAs e demais tecnologias no âmbito escolar.
Manuela Franz da Rosa Carlos
ESALQ - Universidade de São Paulo
Piracicaba, SP, Brasil
A discussão sobre a temática da IA no contexto da educação é fundamental. O avanço da tecnologia trouxe inúmeras facilidades para o cotidiano, mas a velocidade com que ocorrem as mudanças sociais e comportamentais, especialmente no campo educacional, exige um estudo mais aprofundado. Quando novos produtos são inseridos no mercado, eles passam por testes rigorosos para avaliar seus possíveis impactos sobre os seres humanos e o meio ambiente. No entanto, no caso das gerações que cresceram imersas nas redes sociais, estamos tentando compreender os efeitos depois que já foram incorporados à sociedade. A tecnologia de busca de informação tem sido muito benéfica para acelerar pesquisas, encontrar conteúdos e difundir a educação. No entanto, seu uso deve ser encarado como uma ferramenta que complementa o aprendizado, e não como uma fonte única e inquestionável de respostas. Recentemente, o uso de IA para geração de imagens no estilo do Estúdio Ghibli repercutiu nas redes sociais. Uma cena que levaria dias e uma equipe criativa reproduzindo as particularidades humanas nos desenhos, é feito em segundos pela inteligência artificial. Acredito que a IA está promovendo e deve trazer avanços significativos e importantes. No entanto, é essencial que seu uso seja estudado e regulamentado de forma a não comprometer o desenvolvimento do raciocínio crítico, principalmente na educação básica, onde se moldam as bases do pensamento e da resolução de problemas. Se não ensinarmos as novas gerações a refletirem e construírem suas próprias ideias, corremos o risco de torná-las excessivamente dependentes de respostas prontas, prejudicando sua autonomia intelectual e capacidade de inovação.
ResponderEliminarGiulia Belicuas Lopes
ESALQ - Universidade de São Paulo
Piracicaba, SP, Brasil
Buenas tardes, soy Clara López, alumna del máster de profesorado en la Universidad de Valencia.
ResponderEliminarEn la actualidad, las herramientas de inteligencia artificial se han integrado profundamente en nuestra vida. Sus funcionalidades facilitadoras son la causa de que inunden el mundo educativo. Sin embargo, su uso también ha generado debates sobre el plagio, la adquisición de aprendizaje significativo y la autenticidad de las tareas escolares.
Pero para ello, primero vamos a comentar algunas de las ventajas que proporciona el uso de la IA en el ámbito escolar. Los más evidentes son la personalización de los contenidos a cada alumno, pues esta puede adaptarlos, expandir conceptos, relacionarlos y aclararlos. Otra ventaja es su uso indirecto a partir de aplicaciones, las cuales la utilizan en su mecanismo como plataformas de Elearning.
No obstante, he podido observar como la IA ha transformado la educación. Su uso se ha extendido a la realización de tareas de evaluación continua, y muchos alumnos no conciben la realización de actividades sin recurrir a estas herramientas. Por ende, uno de los principales desafíos que plantea la aplicación de la IA en la educación geográfica es el riesgo de fomentar el plagio o la dependencia de estas herramientas, que podría reducir la capacidad de los estudiantes para desarrollar habilidades geográficas. El artículo "How Artificial Intelligence Constrains the Human Experience" destaca cómo la IA puede limitar la autonomía y cómo los algoritmos pueden simplificar las experiencias humanas. Esto es especialmente relevante en la educación geográfica, donde el análisis complejo y la comprensión profunda de los fenómenos son esenciales.
Por tanto, si se introducen estas herramientas en el ámbito educativo, debe ser necesario explicar cómo funcionan y cómo hacer un buen uso de ellas, lo que se conoce como “AI literacy”. Esta alfabetización no solo debe centrarse en la comprensión de las herramientas, sino también en su uso responsable. En el contexto de la enseñanza geográfica, esto puede trasladarse a que se enseñe como interpretar críticamente fuentes y datos. Es fundamental que el estudiantado no solo aprenda a memorizar e interiorizar información, sino que también la cuestionen y comprendan los procesos detrás de esos mismos datos.
Como comentábamos previamente, la IA permite la personalización del aprendizaje, adaptándose a los ritmos de cada estudiante. En el campo de la educación geográfica, esto abre posibilidades para la visualización de datos en tiempo real, el análisis de big data, la realidad aumentada, que facilitan al estudiantado el análisis de fenómenos complejos mediante una adaptación de la tecnología. Con los medios adecuados, también se podría permitir un aprendizaje más interactivo mediante la generación de simulaciones de procesos geográficos, pudiendo observar cómo afectan en ellos las diversas variables. Así, se permite abordar desafíos globales, proporcionando herramientas para una comprensión más profunda de problemas socialmente relevantes.
En este contexto, organizaciones como la UNESCO advierten sobre los riesgos éticos de la IA en la educación, como los sesgos algorítmicos y la protección de la privacidad de los estudiantes. Es fundamental que la integración de la IA en la enseñanza se haga de manera responsable, asegurando que no solo se utilicen para mejorar la eficiencia, sino que también respeten los principios de inclusión, equidad y respeto a los derechos humanos. La IA no debe reemplazar al docente, sino ser una herramienta de apoyo que permita a los estudiantes acceder a un aprendizaje más personalizado.
Bibliografía:
EliminarLee, J., Cimová, T., Foster, E. J., France, D., Krajňáková, L., Moorman, L., Rewhorn, S., & Zhang, J. (2025). Transforming geography education: The role of generative AI in curriculum, pedagogy, assessment, and fieldwork. International Research in Geographical and Environmental Education, 1-17. https://doi.org/10.1080/10382046.2025.2459780
Rakuasa, H. (2023). Integration of Artificial Intelligence in Geography Learning: Challenges and Opportunities. Sinergi International Journal of Education, 1(2), 75-83. https://doi.org/10.61194/education.v1i2.71
Teachflow. (2023). AI and School Geography: Exploring Places and Cultures. Teachflow.
UNESCO. (2024). Artificial intelligence in education. https://www.unesco.org/en/digital-education/artificial-intelligence
University of IOWA. (2024). The role of AI in modern education. University of IOWA education blog. https://onlineprograms.education.uiowa.edu/blog/role-of-ai-in-modern-education
Valenzuela, A., Puntoni, S., Hoffman, D., Castelo, N., De Freitas, J., Dietvorst, B., Hildebrand, C., Huh, Y. E., Meyer, R., Sweeney, M. E., Talaifar, S., Tomaino, G., & Wertenbroch, K. (2024). How Artificial Intelligence Constrains the Human Experience. Journal of the Association for Consumer Research, 9(3), 241-256. https://doi.org/10.1086/730709
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ResponderEliminarBuenas, soy Adrián Torrillas, alumno del MAES de la Universitat de València.
Somos conscientes de que actualmente estamos presenciando una etapa de profundos cambios sociales, tecnológicos y ambientales, en la que la inteligencia artificial (IA) comienza a ocupar un lugar destacado en los procesos educativos. En el ámbito de la educación geográfica, la IA podría ser una oportunidad que abriese nuevas posibilidades didácticas, no obstante, debemos tener en cuenta que también plantea interrogantes sobre el papel del profesorado y la necesidad de un acompañamiento pedagógico que asegure un aprendizaje significativo y crítico. En este sentido, me gustaría reflexionar, como futuro docente de Geografía en Secundaria y Bachillerato, sobre cómo estas tecnologías pueden integrarse en la didáctica geográfica sin perder de vista los principios epistemológicos y metodológicos que sustentan nuestra disciplina.
La IA, como herramienta, puede favorecer la enseñanza activa y significativa de saberes básicos como el clima, la población o el relieve, especialmente cuando se pone al servicio de los conceptos estructurantes del pensamiento geográfico: la localización, la distribución, la interacción, la ordenación y la percepción. Por ejemplo, en el estudio del clima, como propongo en mi Trabajo Fin de Máster, la IA podría facilitar el análisis de datos meteorológicos reales y su visualización en mapas interactivos, contribuyendo a una mejor comprensión de las dinámicas atmosféricas que configuran los climas del mundo; en este sentido podría ahorra trabajo al docente de o bien buscar y encontrar el material adecuado, o bien el tiempo de elaboración de ese material didáctico.
Además, desde la perspectiva de los lenguajes de la geografía (icónico, cartográfico, estadístico, verbal), la IA ofrece un gran potencial, debido a que se puede emplear como una herramienta de: a) generación automática de mapas, b) análisis de series estadísticas o c) representación de paisajes virtuales que pueden ayudar al alumnado a desarrollar competencias específicas del área, como la interpretación de información espacial y la toma de decisiones fundamentadas. En este punto, es clave recordar lo que señala De Miguel (2005): enseñar geografía no es solo transmitir contenidos, sino formar ciudadanos capaces de comprender, interpretar y actuar sobre el territorio. La IA, en este sentido, puede ser una aliada si nos permite acercar al alumnado a esa visión geográfica integral y compleja del mundo.
Sin embargo, también hay riesgos evidentes. El acceso directo a estas herramientas sin una mediación activa por parte del docente puede llevar a una recepción acrítica de la información, o al uso de materiales descontextualizados o sesgados. Como bien defiende Souto González (2012), la enseñanza de la geografía debe fomentar la construcción de una ciudadanía crítica, capaz de cuestionar las desigualdades territoriales y las narrativas de poder que estructuran el espacio. De esta manera, el papel del docente sigue siendo imprescindible: es el profesorado quien, desde su formación disciplinar y pedagógica, debe orientar el uso de la IA, seleccionando recursos, diseñando actividades y guiando la interpretación crítica del alumnado.
En mi experiencia al preparar una propuesta didáctica sobre el clima en la comarca de La Ribera Alta (Valencia, España), he podido comprobar, mediante unas encuestas realizadas en el aula de 1º de la ESO, que los estudiantes tienen interés por el cambio climático, pero también existe en ellos una desconfianza ante la información que reciben a través de internet o las redes sociales, por lo que se podría demostrar aquí cómo el papel del docente en el aula es esencial para que a los alumnos les llegue la información más veraz posible.
EliminarEntonces, las IAs podrían ser útiles, por ejemplo, para personalizar itinerarios de aprendizaje, crear simulaciones del impacto climático en distintas regiones o generar materiales adaptados para los diferentes niveles de comprensión. Pero todo ello debe enmarcarse en un proceso reflexivo, en el que el alumnado aprenda a identificar los patrones y tendencias, a analizar las interrelaciones espaciales y a emitir juicios geográficos informados, competencias todas ellas esenciales en el pensamiento geográfico contemporáneo.
En definitiva, la incorporación de la inteligencia artificial en la enseñanza de la Geografía debe abordarse desde una visión crítica del currículum, como sugiere Cruz Picón (2022), donde el conocimiento no sea visto como neutral, sino como una construcción social vinculada a valores, intereses y contextos. La IA no puede sustituir al profesorado, pero sí puede enriquecer su labor si se usa como herramienta para promover el pensamiento espacial, la conciencia ecológica y la participación ciudadana. El verdadero reto es formar a un alumnado que no solo conozca el mundo, sino que se sienta capaz de transformarlo.
Bibliografía
Cruz Picón, P. (2022). El enfoque crítico del currículo: una alternativa de transformación social. Revista Educare, 236-253.
De Miguel, R. (2005). Didáctica de la Geografía. Ariel.
Souto González, X. (2012). Didáctica de la Geografía y currículo escolar. En R. de Miguel González, M. de Lázaro y Torres, & M. Marrón Gaite, La educación geográfica digital (págs. 73-92). Valencia: Universidad de Valencia y proyecto Gea-Clío.
Buenas tardes. Soy Julio Granell Castells y soy alumno del Máster de Profesorado en la especialidad de Historia y Geografía.
ResponderEliminarEstoy de acuerdo con algunos de los argumentos que usan Andrea Coelho Lastória y Luís Mendes, así como con otros que se pueden leer en los comentarios de este foro. Es cierto que, nos guste más o menos, los sistemas a los que llamamos IA son ya parte de nuestra experiencia online, de nuestra cultura y de nuestro modo de habitar el mundo, tanto digital como analógico. Y por supuesto, parece no haber dudas que son también parte del futuro. Pese al gran debate social que estas tecnologías han suscitado durante los últimos dos años, algunos de estos sistemas existen desde hace tiempo sin haber sido llamados IA. Son los casos que señalan en el inicio del texto los autores al hablar de los algoritmos de Spotify o de Siri, entre otros. Bajo esta premisa, es prácticamente una obligación del docente incluir contenidos que sobre las IA en las programaciones, pues estas forman parte de nuestra realidad, y por tanto merecerían también tiempo en el aula. En este sentido, tal y como plantea Ana María Hernández Carretero (2019), “la inclusión de las tecnologías digitales en entornos de enseñanza-aprendizaje, independientemente de la etapa educativa en la que se desarrollen estos procesos, se concibe como un proceso incuestionable e inexcusable”. Pero más allá de estos hechos, creemos que aquí hay muchos más factores a tener en cuenta, especialmente la cantidad de riesgos que suponen estas tecnologías que, recordemos, no fueron pensadas en su origen para usarse en el terreno de la educación.
En el contexto de este estadio tardío del capitalismo en el que vivimos, en el cual las universidades públicas se ven obligadas a competir por una mejor financiación, enfrentándose en numerosas ocasiones a recortes en presupuesto y personal, estas tecnologías podrían venir a representar todos los beneficios antes descritos (personalización del proceso de aprendizaje, relación de los contenidos de Historia y Geografía con tecnologías con las cuales el alumnado esta familiarizado, etc.), sí, pero también podrían operar bajo la función de economizar y simplificar los métodos educativos hasta entonces usados, necesitando “menos tiempo para comunicar, transferir o impartir información”, como apuntan Xavier Giró Gràcia y Juana Sancho-Gil (2022).
Por otro lado, se sigue leyendo esta llegada de plataformas como ChatGPT u otras herramientas tecnológicas como una posibilidad de mejora objetiva del aprendizaje. Y sin embargo, y más allá del uso que cada docente dé a este tipo de recursos en el aula, estas tecnologías están siendo diseñadas y promovidas por grandes corporaciones digitales que están encontrando en las aulas una fuente inagotable de datos (que usan para seguir entrenando y perfeccionando sus productos), y por tanto dinero y poder. “Poder para configurar y moldear las nociones de conocimiento, enseñanza y aprendizaje, y los roles de profesorado y el alumnado”. Estos sistemas no sólo se equivocan, de hecho también tienen sus propios sesgos, que son los mismos que se ha tenido al programar de que fuentes puede o no beber el software.
EliminarEs cierto que estas tecnologías podrían permitir estudiar y medir al alumno hasta el punto de personalizar contenidos para ellos, pero creo que carecemos de información contrastada y fundamentada suficiente como para usar en las aulas este tipo de herramientas como recursos didácticos. No sabemos si la información que ha sido usada para entrenar estos sistemas se ha extraído con el consentimiento de sus autores. No sabemos cuáles pueden ser las consecuencias en el rendimiento académico a largo plazo del uso de las nuevas inteligencias artificiales. Los profesores no reciben, al menos no en su formación reglada, una formación extensa sobre cómo programar didácticamente con este tipo de recursos. Y, como muy bien señalaba mi compañera Clara López, no sabemos qué va a suceder con la información de alumnos y docentes que estas plataformas recojan.
Con esto, no quiero decir que estas tecnologías (y hablo de las inteligencias artificiales más nuevas, como Chat GPT, Gemini o Meta AI, entre otras) no deban aparecer en las aulas como parte de los contenidos, sinó que no deberíen usarse como complementos didácticos ni como recursos “para dinamizar el proceso de aprendizaje”. Al contrario, precisamente por las razones expuestas debemos esforzarnos en educar, concienciar y promover un uso responsable y saludable de estas tecnologías tan recientes.
Bibliografía:
Giró Gràcia, X., Sancho-Gil, J. (2022). La Inteligencia Artificial en la educación: Big data, cajas negras y solucionismo tecnológico. Revista Latinoamericana de Tecnología Educativa, vol. 21, num. 1.
https://dehesa.unex.es:8443/handle/10662/13941?mode=full
Hernández Carretero, A.M. (2019). Estrategias y recursos didácticos para la enseñanza de las Ciencias Sociales. Ediciones Piramide (Grupo Anaya, S.A.).
Natalia - Unesp - noturno
ResponderEliminarA inteligência artificial transformou a sociedade que até então estávamos acostumados a ter, mudando inclusive a forma de ensinar e aprender. Ela está presente em aplicativos de saúde, atendimento ao cliente, algoritmos de consumo e no trânsito. Essas tecnologias tornam o conteúdo mais interativo, como na Geografia, ao abordar a climatologia e as mudanças ambientais, mas também trazem riscos, como a possível substituição de professores e outros profissionais, metodização do ensino e menos interação humana nas salas de aula.
Milton Santos falava sobre como a técnica afeta a organização do espaço e as relações sociais e como observou Haesbaert, a tecnologia pode aumentar a exclusão social, pois nem todos têm acesso a essas ferramentas.
Os professores acabam vendo a inteligência artificial com certa curiosidade e receio, pois apesar de facilitar tarefas, gera incertezas sobre o futuro da profissão. Na educação geográfica, a IA deve ser usada como uma ferramenta auxiliar, respeitando o papel do professor e da comunidade.
Rafaela Galhardi Andre- Unesp FFC (matutino)
ResponderEliminarAtualmente pode-se considerar inevitável o uso de IAs, já que elas fazem parte do nosso dia a dia, estão presentes nos aplicativos de comunicação, educação, banco, clima e tempo etc. Acredito que isso se justifica pelo contínuo processo de globalização, que estabeleceu novos métodos, fazendo com que os conceitos que já existiam sejam repensados.
Milton Santos via a globalização como uma forma de integração global equilibrada, com relações justas entre países. Ele também observa que, embora as novas tecnologias possibilitem uma maior conectividade, elas também são utilizadas de forma desigual, beneficiando um pequeno número de atores globais e aprofundando as desigualdades sociais e econômicas. Um exemplo disso é a aplicação de IAs na educação, nem todos os alunos e nem todas as escolas têm acesso à essa tecnologia e isso acaba acentuando as desigualdades atuais. Além disso, apesar de o uso de IAs facilitar muito o cotidiano, causam algumas contradições, por exemplo, utilizando o ChatGPT é possível adquirir informações de uma forma rápida e fácil, mas isso pode levar o ser humano a renunciar seu pensamento crítico, a cometer plágio, ademais, essa plataforma pode acabar fornecendo informações falsas.
Com isso, o professor pode sim usar a inteligência artificial para ajudar em seu trabalho, mas pode ocorrer de os alunos utilizarem essa ferramenta inconsequentemente, isso gera uma insegurança de que futuramente o trabalho do professor se torne trivial.
Ana Isabela A. Silva
ResponderEliminarCiências Sociais - Matutino
Ao pensar na utilização da IA na esfera educacional, deve-se considerar seus principais pontos negativos, como o mal uso e a precarização do trabalho docente.
Primeiramente, o uso dessa ferramenta nas atividades educacionais pode ser arriscado, visto que a IA muitas vezes apresenta respostas incorretas, o que esvazia o processo de aprendizagem, assim como não estimula os alunos a pesquisarem e exercerem seu pensamento crítico, já que vão utilizar essa ferramenta que trás um conteúdo raso e extremamente simplificado.
Em segundo plano, a utilização desse mecanismo desvaloriza o papel do educador como mediador crítico, já que grandes empresas do ramo educacional visam trocar o trabalho do educador por inteligências artificiais, o que transforma a educação em um produto, e rompe com a perspectiva de uma educação libertadora e crítica.
Sendo assim, a IA pode ser certamente ser utilizada na educação, mas deve-se considerar que seus malefícios podem impactar a educação tão quanto seus benefícios.
Aline A. Alcantara
ResponderEliminarCiências sociais- matutino
Com o crescente aumento da Inteligência artificial, e as experiências dos alunos na tecnologias tornou o estudo mais eficaz , entre eles no ensino de geografia com realidade virtual. Contudo, o que faz a inteligência artificial alcançar um número maior de alunos em cursos online, facilitando o aprendizado.
A exclusão de alunos que não tem acesso as tecnologias pode aumentar as desigualdades, isto é, valorizando o apoio pedagógico e formação dos educadores para uma boa utilização das inteligências artificiais. Além disso, garantir a equidade no acesso à tecnologia, o investimento em infraestrutura e a formação adequada dos educadores são passos essenciais para que os benefícios da tecnologias na educação. Segundo Milton Santos, a globalização tem que ser mais humana, solidária e que valorize a diversidade e as particularidades locais.
Em suma, devemos ter uma utilização consciente e ética da inteligência artificial nos âmbitos educacionais.
A Inteligência Artificial (IA) na educação ibero-americana gera preocupações entre os professores, que a veem não apenas como ferramenta, mas como elemento inserido em um contexto de poder, desigualdades e lógica capitalista, conforme a análise crítica de Milton Santos e David Harvey.
ResponderEliminarSegundo a perspectiva de Milton Santos, a IA estaria alterando as práticas de ensino e aprendizagem (as ações), redefinindo o espaço educacional e gerando novas relações entre professores, alunos e o conhecimento, podendo aprofundar desigualdades territoriais. Para Harvey, a questão se relaciona com a justiça social e as contradições do espaço, com risco de aumentar o confinamento de oportunidades e a segregação socioespacial no acesso à educação.
A IA já modifica a vida profissional docente, exigindo novas habilidades e reflexão sobre o papel do professor. Na educação geográfica para a escola, a IA desafia o acesso equitativo, a interação humana, o desenvolvimento crítico e a autonomia, além de levantar o risco de mercantilização do conhecimento. Ambos os autores alertam para a necessidade de questionar as motivações da IA e de implementar políticas educacionais que garantam equidade, participação e formação cidadã, considerando os impactos territoriais e socioespaciais.
Mirella Oliveira dos Santos - Noturno (Unesp ffc)
ResponderEliminarA Inteligência Artificial (IA) tem transformado a prática docente, especialmente após a pandemia, ao introduzir plataformas digitais e tutores virtuais. Embora traga facilidades, também gera desafios como a desvalorização do professor, a perda do contato humano e o aprofundamento das desigualdades, refletindo a crítica de David Harvey à mercantilização da educação.
Milton Santos destaca que a tecnologia, dentro de um sistema desigual, pode reforçar a exclusão se não for usada com consciência crítica. Na educação geográfica, a IA oferece recursos valiosos como mapas interativos e dados em tempo real, mas precisa ser usada para promover a leitura crítica do espaço e das relações sociais, e não apenas para automatizar o ensino. Diante disso, o uso da Inteligência Artificial na educação e especialmente na geografia deve ser guiado por um projeto pedagógico crítico, que valorize a presença e a intencionalidade do professor. Como mostram Milton Santos e David Harvey, a tecnologia só tem sentido se estiver a serviço da justiça social e da formação de cidadãos conscientes. O desafio não é rejeitar a IA, mas usá-la de forma ética e transformadora, garantindo que ela complemente, e nunca substitua, o papel humano e social da escola.
Danilo - Ciências Sociais - UNESP - Noturno
ResponderEliminarA IA traz consigo inúmeras mudanças na forma como realizamos nossos trabalhos como professores, bem como o acesso a informação por parte dos estudantes, podendo agregar ou prejudicar na formação dos mesmos.
Como a máquina ou qualquer outra ferramenta, ela por si não é capaz de fazer nada e a sua utilização especialmente no que diz respeito a forma como será usada tem como fator último a luta de classes, o posicionamento dos professores perante os avanços sobre nossa profissão a fim de precarizar e substituir nosso trabalho.
Se bem desenvolvida e tratada como ferramenta a IA pode sim ser um enorme facilitador ao aprendizado e ser utilizada beneficamente por ambos os lados do ensino, e o acesso, bem como a forma de utilização, terão de ser considerados fatores centrais na luta, não podendo ser privada. Conhecimento não pode ser mercadoria.
Luana Aducci - Ciências Sociais - Noturno - UNESP
ResponderEliminarO uso da Inteligência Artificial pode ser benéfico em inúmeras questões, como mostrado no texto. A IA auxilia principalmente na educação, visto que essa tecnologia apresenta uma riqueza de materiais que ajuda o educador no ensino das disciplinas, promovendo uma curiosidade e conteúdos personalizados aos alunos. Além disso, a IA ajuda na educação a distância, como aulas online, que foram muito úteis durante a pandemia. No texto observamos como o uso da Inteligência Artificial coopera na educação geográfica, colocando dados em tempo real, como informações sobre clima, desastres naturais e mudanças ambientais.
Entretanto, apesas de todos os benefícios da IA, o uso exacerbado dessa tecnologia pode fazer com que as pessoas parem de ter senso crítico, parando de pensar por si mesmo e não exercitando a criatividade. Essas questões estão em grande debate nas salas de aula, visto que alunos têm usado ferramentas de IA como "chat gpt" para realizar seus trabalhos acadêmicos.
Portando, observamos que a Inteligência Artificial traz questões positivas para o nosso dia a dia, porém, deve ser usada com consciência e moderação.
Alice Pinazza - Ciências Sociais UNESP Matutino
ResponderEliminarÉ inegável que o uso da inteligência artificial vem ganhando cada vez mais espaço no dia a dia da população, estando presente em aplicativos de saúde, clima, bancos e, principalmente, na esfera educacional. O uso dessa tecnologia no processo de aprendizagem dos alunos oferece inúmeras vantagens, como a facilidade de acesso à informação, o fornecimento de dados geográficos em tempo real e plataformas de ensino que disponibilizam materiais didáticos facilitando a compreensão dos conteúdos.
O desenvolvimento da IA (inteligência artificial) está intrinsecamente ligado ao processo contínuo de globalização. O autor e geógrafo Milton Santos descreve a globalização como um processo de integração econômica, política, social e cultural entre as regiões do mundo, impulsionado pelos avanços tecnológicos. No entanto, ele a define também como uma forma de tirania (da informação e do dinheiro) que reforça a internacionalização capitalista, segundo o autor, esse mundo de fronteiras quebradas não é acessível a todos.
Apesar das tecnologias promoverem conectividade entre as pessoas, elas são utilizadas de maneira desigual, beneficiando apenas um pequeno grupo social e aumentando as desigualdades existentes.
O uso da IA na aprendizagem pode ser pensado nesse âmbito, principalmente no que se refere à equidade, nem todos os alunos e escolas possuem acesso às tecnologias necessárias para usufruir dos benefícios proporcionados pela IA.
As infraestruturas tecnológicas utilizadas para isso não chegam para todos os grupos, exacerbando desigualdades. Podemos relacionar essa realidade com outro conceito do autor: globalização perversa (formulado por Milton Santos para apontar os efeitos negativos da globalização, como o desemprego, a desigualdade e o aumento de doenças).
Além disso, é necessário destacar que o uso da ferramenta pode reduzir a interação humana, que é essencial para o desenvolvimento emocional dos alunos, notamos também que a tecnologia deve atuar como um complemento e não como substituta do papel do professor, o desafio está em encontrar um equilíbrio que permita que a IA auxilie nas atividades pedagógicas sem desvalorizar a profissão docente e sem comprometer a parte humana da educação.
1.- A segregação mas cidades onde vivemos muito pode estar relacionada à fragmentação das relações sociais: trabalho, locomoção, convívio social. A pandemia mundial da COVID pode representar grande marco deste fenômeno observado, uma vez que deixou ainda mais explícito a desigualdade social. Outro fator que também deve ser levado em consideração é intensificação dos aspectos da gentrificação através da precariedade dos dispositivos de transporte público coletivo, a dificuldade de se locomover em uma cidade pode propiciar o estranhamento do indivíduo para com o espaço onde habita e convive: a população pobre e marginalizada é a que mais sofre.
ResponderEliminar2 As situações de risco ambiental são muitas, sobretudo, o uso da água é uma das maiores faces que resume o péssimo gerenciamento dos recursos naturais, da extração desenfreado do água do lençol freático e o tratamento precário de esgoto, são os maiores riscos ambientais.
3.- Crescimento da polarização política e o uso da violência como ferramenta de governo e também o cristianismo.
4.-Como os discursos nacionalistas territoriais são criados e disseminados nos lugares onde vivemos? Através da política conservadora, onde o percursor é a violência com o uso do medo pera a validação dos discursos.
Wesley Rogério Oliveira D. Macedo - Matutino (Unesp FFC)
ResponderEliminarBom, primeiro vale-ressaltar a qualidade do artigo publicado e sua rigidez cientifica, entretanto, desejo expor algumas considerações sobre o tema. Ferramentas em primeiro momento são criadas pela engenhosidade humana de modo a facilitar e expandir nossas potencialidades da execução de uma determinada tarefa, isso antes do advento do capital. No caso da educação, as IA generativas, antes de se apresentarem como uma ferramenta de expansão de potencialidades preexistentes, são um facilitador sem precedentes. Dar-se-á impressão de que elas retiraram do educando o esforço cognitivo mínimo na realização de suas tarefas acadêmicas. Deixando de lado a capacidade dos alunos de compreensão e análise, de resumir textos e elaborar comentários críticos sobre o conteúdo analisado em aula, resumindo ao modo do “prompt”. Não sei mensurar se isso realmente será danoso a longo prazo, porém a primeira impressão é de uma estagnação de habilidades que poderiam ser desenvolvidas.
Ana Beatriz N. Guimarães - Matutino/FFC
ResponderEliminarA aplicação da IA no ensino da Geografia, numa escola comprometida com a cidadania crítica como propõem Harvey e Milton Santos, enfrenta três grandes desafios. Primeiro, a IA pode esvaziar o sentido político do espaço, reduzindo a geografia a dados técnicos e mapas automatizados, enquanto Harvey e Santos ensinam que o território é um campo de lutas, marcado por desigualdades e resistências. Segundo, há o risco de a IA reforçar a visão neoliberal da educação, onde plataformas algorítmicas padronizam o aprendizado, ignorando realidades locais e contextos sociais - algo que Milton Santos chamaria de "globalização perversa" invadindo a sala de aula. Terceiro, a IA pode criar uma falsa participação, onde alunos interagem com ferramentas digitais, mas sem de fato discutir quem controla esses sistemas e como eles reproduzem poder. Para uma geografia verdadeiramente cidadã, a IA só seria útil se ajudasse a revelar essas contradições, mapeando conflitos urbanos, denunciando injustiças espaciais e amplificando vozes marginalizadas - nunca como substituto do pensamento crítico sobre quem domina e quem é excluído no espaço geográfico.
Brenno Cunha Pimentel – Matutino (UNESP FFC).
ResponderEliminarE inegável as facilidades e acessibilidades que a inteligência artificial (IA) nos proporciona, mesmo que seja um ponto polêmico. Já podemos perceber a presença dela em diversos aspectos de nossas vidas que as vezes nem sequer percebemos, como por exemplo, algoritmos do celular, aplicativos de banco, em ambientes de trabalho e até mesmo diagnósticos médicos. Contudo, ainda temos que olhar pelo lado crítico dessa ferramenta, que envolve problemas de sociabilidade das crianças e pode também substituir o estímulo do pensamento em uma fase muito importante da vida. Outro ponto e a substituição ou até descredibilização do professor em sala de aula, já que esta ferramenta, se usada de forma a tirar vantagem apenas e não auxiliar, pode causar danos ao ensino em sua raiz.
Milton Santos destaca em uma de suas obras que as tecnologias podiam auxiliar na globalização de forma que exista uma relação justa entre países. Porém elas também são usadas de forma a beneficiar pequenos agentes globais e piorando as desigualdades econômicas e sociais. Por exemplo no sentido da educação infantil, onde muitas crianças de classes mais baixa podem não ter acesso às ferramentas necessárias para auxiliá-las em uma aula de geografia por exemplo, onde ultimamente andam utilizando a ferramenta da realidade virtual que possui elementos das inteligências artificiais.
Assim, é fundamental aplicar a inteligência artificial, se for o caso, na educação e nas relações globais, com consciência e princípios éticos.
Maria Eduarda S. Pinho - Matutino/ Unesp ffc
ResponderEliminarO geógrafo Milton Santos introduz, em seu livro Por Uma Outra Globalização, o conceito de “globalitarismo” para descrever o caráter excludente da globalização. Ele argumenta que o atual processo de globalização ocorre de forma a atender interesses puramente financeiros. Dessa maneira, podemos relacionar esse conceito com o uso da inteligência artificial no meio educacional, que pode reforçar ainda mais desigualdades e exclusões, pois tende a beneficiar aqueles que possuem recursos para utilizá-la adequadamente. Além disso, também é importante ressaltar impactos como a diminuição da interação humana e a desvalorização dos professores nas escolas, fatores que devem nos levar refletir criticamente sobre o uso da IA, não apenas no ambiente escolar.
Rafaela Attico Silva Melo - FFC UNESP - Matutino.
ResponderEliminarA IA está cada vez mais presente, seja nos aplicativos que usamos, nas redes sociais ou nas ferramentas de ensino. Isso traz vantagens, mas também levanta dúvidas e preocupações.
Por um lado, a IA pode facilitar muito o processo de aprendizagem. Ela permite que cada estudante tenha um caminho mais personalizado, aprendendo no seu ritmo e recebendo atividades de acordo com suas necessidades. Para os professores, pode ser uma aliada ao automatizar tarefas repetitivas e ajudar a analisar o desempenho dos alunos, liberando tempo para focar em questões mais humanas, como o diálogo, a escuta e o desenvolvimento do pensamento crítico.
Por outro lado, é preciso ter cuidado. A tecnologia não pode substituir o olhar atento do educador, nem o contato humano que é tão importante na formação de cada pessoa. Existem questões éticas, como a privacidade dos dados e o risco de aumentar desigualdades, já que nem todos têm o mesmo acesso à tecnologia. Além disso, é fundamental ensinar os alunos a pensar criticamente sobre o que a IA produz, para que não aceitem tudo de forma passiva.
Acredito que o grande desafio é equilibrar o uso da IA com uma educação que valorize o respeito, a criatividade e a participação de todos. Precisamos preparar os estudantes para lidar com as novidades tecnológicas, mas sem esquecer que a escola é, antes de tudo, um espaço de convivência, troca e construção coletiva de conhecimento. O papel do professor continua sendo essencial para guiar, inspirar e humanizar esse processo.
Pablo Eduardo/2º ciências sociais, matutino.
ResponderEliminarO artigo traz uma análise muito pertinente e necessária sobre os impactos da inteligência artificial nas sociedades contemporâneas, especialmente no contexto educacional. Concordo plenamente com a visão de que a IA já está profundamente integrada ao nosso cotidiano e que, por isso, precisa ser compreendida criticamente dentro das escolas.
É fundamental que o ambiente escolar vá além do uso instrumental da tecnologia e promova reflexões sobre as consequências sociais, econômicas e éticas do uso da IA. Como o fórum destaca, temas como desigualdade, exclusão digital e os riscos de reforço de preconceitos algorítmicos não podem ser ignorados.
A proposta de conectar a IA ao ensino de Geografia, por exemplo, é uma excelente estratégia para aproximar os alunos da realidade global de forma crítica e contextualizada. Apoio totalmente a ideia de que o papel da educação nesse cenário é não apenas formar usuários de tecnologia, mas cidadãos conscientes, capazes de questionar e transformar a realidade. Mas sempre lembrando que o papel de um professor/educador é fundamental para formação ética, profissional e moral de um jovem. É essencial que sempre tenhamos esse conceito da importância do professor em uma sala de aula mesmo com os avanços tecnológicos.
Júlio César Ribeiro Soares - Ciências Sociais, Matutino - UNESP
ResponderEliminarAo longo das duas últimas décadas, a criação e os avanços de ferramentas de inteligência artificial dominaram o cenário mundial, acarretando benefícios inegáveis ao desenvolvimento global, e sendo aplicadas à rotina de cada ser social. As IA’s em geral beneficiaram o desenvolvimento da saúde, da economia, das relações sociais, dos softwares e do ensino – efetivando a automação de tarefas, o aumento da eficiência e da produtividade geral, a personalização de experiências, a qualidade de atendimento e prestação de serviços, além dos produtos e sua redução de custos. No entanto, como previsto por Milton Santos, a unicidade dessa técnica artificial evidencia desigualdades globais e afeta negativamente a ecologia mundial, além de viabilizar as perversidades de um mundo globalizado que se move a partir de um motor-capital.
Além dos pontos negativos abordados por Milton Santos, a IA se mostra negativa ao agravar o desemprego tecnológico, aumentar os riscos de de segurança cibernética, disseminar dados de baixa qualidade, afetar a ética e a privacidade online, criar conteúdos falsos e nocivos, gerar desigualdade de acesso e dependência tecnológica, demonstrar falhas operacionais durante seu uso, além de viabilizar a falta de interação humana e o plágio de dados e informações. No que tange à educação, como apresentado no texto de Linda Harasim, a IA afeta diretamente ao permitir a redução da autonomia e da criatividade dos alunos, a substituição dos professores, a dependência excessiva da tecnologia para a realização das tarefas que efetivam o ensino, além de evidenciar uma exclusão digital – e efetivar uma desigualdade de ensino que, apesar de já existente, torna-se profunda e irreversível – e afetar o bem estar dos alunos e professores, principalmente dentro do ambiente de ensino.
Dessa forma, o uso da IA no ensino acarreta mais riscos que soluções. Portanto, ao utilizar-se de tal ferramenta no ensino da Geografia nas escolas, a IA precisa ser introduzida e entendida como um sistema social-técnico que apresenta diversas implicações, assim distinguindo seu uso como base de ensino ou como ferramenta de auxílio ao mesmo. Ainda, seria interessante que as ferramentas de IA fossem utilizadas para evidenciar as desigualdades sociais globais ou específicas, auxiliando no entendimento da geografia urbana.
Vitor Gabriel Botini - Unesp FFC
ResponderEliminarO tema sobre IA é um tema que deve se avançar conhecimento, uma interpretação inerente e possível sob minha ótica seria uma ideia de uma criação de um novo espaço, dito o espaço virtual para o ensino.
Nesse sentido seguindo a ideia de espaço geográfico de David Harley “o Espaço expressa-se como tecnologias espaciais na história, assim como a história se expressa originando e comandando, por sua vez, as tecnologias espaciais.”
Sob essa ótica, pensar a ferramenta IA no âmbito educacional, tendo em vista o modelo de produção vigente, a ferramenta tende a não apenas auxiliar o docente mas substituir sua forma de atuação e até mesmo auxiliando na exploração de sua mais-valia
O texto aborda de forma pertinente o tema da inteligência artificial (IA) no contexto educacional, um campo que, sem dúvidas, exige o avanço constante do conhecimento. Sob minha ótica, uma possível interpretação é que a IA representa a criação de um novo espaço: o espaço virtual voltado para o ensino.
Nesse sentido, seguindo a concepção de espaço geográfico proposta por David Harvey, “o espaço expressa-se como tecnologias espaciais na história, assim como a história se expressa originando e comandando, por sua vez, as tecnologias espaciais.”
Sob essa perspectiva, pensar o uso da IA no âmbito educacional, considerando o modelo de produção vigente, nos leva a refletir que essa ferramenta tende não apenas a auxiliar o docente, mas também a substituir sua forma de atuação podendo, inclusive, contribuir para a intensificação da exploração de sua mais-valia.
Em suma, acredito que a inserção da inteligência artificial no campo educacional deve ser analisada criticamente, considerando não apenas seu potencial tecnológico, mas também suas implicações sociais, políticas e econômicas.
Caio Ribeiro - Ciências Sociais - UNESP - Noturno
ResponderEliminarAs inteligências artificiais (IAs) vieram para ficar, elas já se fazem presentes no nosso cotidiano sem ao menos notarmos. Na área da saúde, por exemplo, maximizando os atendimentos e catalogando os pacientes por risco ou no monitoramento da jornada do paciente; seja na área da segurança por meio do reconhecimento facial e de placas de veículos ou na análise de vídeos de segurança, detectando comportamentos suspeitos e atividades criminosas; seja no meio industrial automatizando as linhas de produção com robôs inteligentes ou verificando o controle de qualidade dos produtos. Ou o mais comum de todos, sendo uma assistente virtual, respondendo e fazendo comentários do dia a dia. Não me lembro quando comecei a utilizar, mas hoje não consigo mais me dissociar dela.
Além disso, a presença constante das IAs em diferentes aspectos da vida cotidiana dialoga diretamente com a noção de espaço proposto por Milton Santos, especificamente sobre a diferença de espaço funcional e banalizado. Santos propõe que o espaço funcional, ou instrumental, é dominado por grandes empresas, governos e instituições, nesse espaço as IAs são utilizadas como instrumentos estratégicos para organizar, controlar e lucrar. Já no espaço banalizado, vivido pelas pessoas comuns, as IAs também se manifestam, embora de forma mais naturalizada, como as assistentes virtuais. Essa coexistência de espaços e IAs gera certas tensões.
O espaço funcional tende a impor uma lógica dominante e excludente, influenciando o espaço usado, aquele vivido e transformado pelas ações humanas, seguindo os interesses do capital, em desacordo com as necessidades do espaço banalizado. Com o avanço das IAs, essa dominação se intensifica, pois essas tecnologias são amplamente utilizadas por grandes empresas, governos e instituições para fins de lucro, vigilância e controle. As realidades e demandas do espaço banalizado acabam sendo negligenciadas em favor da eficiência e da lógica econômica dominante. Essas tensões geram conflitos entre o uso estratégico e o uso vivido do espaço. Nesse contexto, a educação torna-se um ponto fundamental, pois a partir dela é possível preparar indivíduos para lidar com as transformações tecnológicas, compreender o papel das IAs e utilizá-las de forma crítica e consciente.
João Gaspar Ferreira - aluno do 2° ano de Ciências Sociais - Unesp de Marília.
ResponderEliminarA Inteligência Artificial (IA) alterou profundamente o modo como as pessoas se organizam, interagem e produzem conhecimento na atualidade. Do ponto de vista da Geografia, notadamente a partir das contribuições de Milton Santos e Rogério Haesbaert, é possível compreender esses impactos de maneira crítica e contextualizada. A IA não é neutra, pois ela se territorializa e se insere em redes de poder, circulação de informações e concentração de saberes e tecnologias.
Milton Santos nos alerta para a lógica do meio técnico-científico-informacional, no qual a técnica – e hoje, a IA – atua como vetor central da globalização seletiva, criando centros de comando e periferias funcionais. O espaço geográfico se torna cada vez mais fragmentado, com territórios controlados por fluxos informacionais que reforçam desigualdades. Assim, a IA contribui para a construção de um território desigual, onde o acesso ao conhecimento e às tecnologias é restrito a determinados grupos e regiões.
Rogério Haesbaert, por sua vez, amplia essa análise ao discutir os processos de territorialização e desterritorialização. A IA, ao operar em redes globais, desterritorializa o saber tradicional e redefine o papel da escola. Ao mesmo tempo, territorializa novas formas de controle, vigilância e aprendizagem, muitas vezes subordinadas aos interesses do capital digital. A escola do século XXI, então, se encontra num campo de tensões: precisa apropriar-se criticamente das tecnologias, mas também resistir à perda de autonomia e da dimensão humanizadora do ensino.
David Harvey e Ruy Moreira, embora com enfoques distintos, também nos oferecem elementos importantes. Harvey reforça a ideia de que o espaço é produzido pelas relações sociais e econômicas do capitalismo global, nas quais a IA é instrumento de reestruturação produtiva. Já Ruy Moreira nos provoca a pensar uma Geografia mais libertadora e voltada ao cotidiano dos sujeitos, o que implica repensar o papel da escola diante das tecnologias, a partir do território vivido.
Refletir sobre a IA sob a ótica geográfica é perceber, portanto, que ela reorganiza o espaço e os territórios, impõe novos desafios pedagógicos e exige da escola um posicionamento ético e crítico. É preciso formar sujeitos capazes de compreender e transformar a realidade, não apenas de operar máquinas ou repetir algoritmos.
Maria Eduarda Damico Augusto - Unesp FFC
ResponderEliminarO avanço da inteligência artificial (IA) tem transformado diversos setores da sociedade, incluindo a educação. Esse tema tem gerado bastante repercussão entre professores, que compreendem que o uso constante dessa tecnologia pode comprometer o desenvolvimento intelectual dos estudantes. Cada vez mais, alunos recorrem a ferramentas automatizadas para redigir textos, produzir redações ou resolver questões, o que enfraquece habilidades fundamentais como a argumentação, o pensamento crítico e a criatividade.
A IA deveria ser utilizada como uma ferramenta de apoio ao processo de aprendizagem, servindo como um recurso adicional para desenvolver o potencial dos estudantes. No entanto, quando se torna a base de todo o conhecimento, substituindo o esforço e a construção do saber, ela compromete o papel formativo da escola. É responsabilidade dos professores, com o suporte da família, formar indivíduos críticos, conscientes e éticos — e esse objetivo não pode ser alcançado por meio de respostas automáticas e superficiais geradas por máquinas.
Outro ponto relevante é que o uso da inteligência artificial também tende a acentuar desigualdades no meio educacional. O acesso a essas tecnologias ainda é restrito a uma parcela da sociedade com maior poder aquisitivo e melhor infraestrutura digital, o que exclui estudantes em situação de vulnerabilidade social e amplia a distância entre diferentes grupos dentro da educação brasileira.
Dessa forma, é necessário refletir sobre o papel da IA no ambiente escolar, buscando um equilíbrio entre inovação tecnológica e desenvolvimento humano, deve haver o uso consciente e responsável dessas ferramentas, garantindo que a tecnologia atue como aliada, e não como substituta, no processo de construção do conhecimento.
Pedro Henrique Alves Pereira - Ciências Socias, Noturno - UNESP FFC.
ResponderEliminarEm primeiro lugar, é evidente que a utilização das IA´s está cada vez mais presente em diversas esferas da vida social. Porém, é necessário se pensar em dois aspectos quando falamos de educação: Qual finalidade está sendo utilizada? e, Quais os limites de sua utilização?. Partindo desse pressuposto, a utilização de diversas tecnologias para auxiliar o ensino-aprendizagem tem sido cada vez mais frequente e, podem favorecer por diversas vias, tanto os alunos quanto os docentes. Como por exemplo, o processo de aprendizagem pode se tornar diversificado, proporcionando outros métodos de estudos e, outros caminhos para a aprendizagem, tendo em vista que cada aluno(a) tem seu ritmo,processo e tempo de aprendizagem. Por outro lado, ainda valorizo muito a dimensão transformadora da sala de aula, a potencialidade de se desenvolver intelectualmente/pessoalmente em coletivo, o que de certa forma vem se perdendo por conta do ensino a distância e da utilização indiscriminada das novas tecnologias. Portanto, é possível introduzir novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem, porém é preciso estarmos atentos aos limites da utilização, que não deve de forma alguma substituir a prática pedagógica desenvolvida pelos humanos. Outra problemática para se pensar é, será que todo mundo está se relacionando de forma igualitária com essas tecnologias?
Em vista disso, é possível dialogar com a teorização de Milton Santos no livro “Por uma outra globalização: do pensamento único ao pensamento universal” (2000), no qual propõe uma análise crítica do processo de globalização, problematizando de que forma esses avanços tecnológicos se efetivam nas diversas realidades sociais dos países. O conceito de globalização como fábula, no qual revela um processo de globalização que representa algo positivo a todos, prometendo progresso, integração e modernização, desconsidera as implicações nas reprodução de múltiplas desigualdades sociais. O mesmo está acontecendo com essas novas tecnologias, as quais se apresentando como o símbolo do desenvolvimento e progresso, desconsideram os impactos efetivos em diversas áreas e, sobretudo, na vida social.
Assim sendo, o uso das IA´s devem carregar em si as duas perguntas inicialmente apresentadas, a fim de potencializar a ação humana no processo de ensino-aprendizagem, e não substituí-la por inteligências inanimadas.
Giovana Borges Vieira - Ciências Sociais, Matutino - UNESP
ResponderEliminarDiante do crescente espaço que a utilização das ferramentas de Inteligência Artificial vem tomando na sociedade, é de extrema importância que as suas características, vantagens e limitações sejam colocadas em evidência. A partir da leitura do texto apresentado, podemos elencar alguns pontos positivos do avanço dessa tecnologia: assistentes virtuais, aplicativos que auxiliam no monitoramento da saúde, algoritmos que utilizam a IA para aprimorar recomendações etc. No entanto, as limitações estão entrando cada vez mais em evidência, no meio educacional, como é citado no texto, a facilidade na transmissão de conteúdos vem substituindo o papel desempenhado por professores e tutores dentro das escolas.
Outra contradição em destaque são as questões de acesso e equidade. Partindo disso, é preciso levar em consideração o conceito desenvolvido por Milton Santos de “globalitarismo”, uma forma de globalização que é perversa, desigual, acentuando a concentração de riqueza e poder nas mão de uma pequena parcela da sociedade. Uma vez que, nem todos os alunos conseguem ter acesso de maneira igualitária a essa tecnologia e escolas que não possuem infraestrutura para a implementação de soluções de IA, isso acaba reforçando a desigualdade e a exclusão cada vez mais.
Luiz Gustavo Cardoso de Souza - Ciências Sociais, Noturno - UNESP
ResponderEliminarA Inteligência Artificial tem se consolidado como uma das principais tecnologias da atualidade, influenciando diretamente a forma como a sociedade organiza e transforma o espaço geográfico. A partir da perspectiva de David Harvey, é possível compreender que as inovações tecnológicas, embora apresentem benefícios práticos, não são neutras e se inserem em uma lógica de reprodução de desigualdades e de controle social. Nesse sentido, refletir sobre o papel da IA na produção do espaço é essencial para compreender as implicações sociais, políticas e econômicas decorrentes de seu uso crescente. Um dos principais conceitos desenvolvidos por Harvey é o de compressão espaço-tempo, que descreve como os avanços tecnológicos reduzem distâncias e aceleram os fluxos de capital, informação e pessoas. A IA, ao possibilitar o monitoramento em tempo real de territórios, a automação de sistemas logísticos e a análise de comportamentos espaciais, intensifica esse processo. Cidades inteligentes, por exemplo, utilizam algoritmos para gerir o tráfego. Dessa forma, a IA participa ativamente da reorganização do espaço geográfico, moldando-o de acordo com os interesses econômicos predominantes.
No campo educacional, entre os principais benefícios da IA, destaca-se sua capacidade de disponibilizar uma ampla gama de materiais didáticos, facilitando o trabalho do professor e promovendo um aprendizado mais individualizado. Contudo, também é necessário considerar possíveis impactos negativos, como a tentativa de substituir o papel do professor por sistemas automatizados, o que pode comprometer a dimensão humana e crítica do processo de ensino. A partir de uma análise teórica baseada em discussões desenvolvidas em sala de aula, conclui-se que a Inteligência Artificial oferece diversas contribuições positivas à educação, mas seu uso deve ser orientado pelo equilíbrio e pela responsabilidade.
Lara Rodrigues Paquer Alves - Ciências Sociais, Noturno - UNESP
ResponderEliminarA IA é algo que está em constante evolução. Ela instiga as pessoas a pensarem-na como algo bom ou ruim, dependendo do modo que é utilizada. Se formos pensar esse tema “Inteligência Artificial: Seus impactos e desafios na vida das sociedades contemporâneas e na Escola do século XXI” na correlação com a geografia, poderíamos abordar os conceitos de espaço proposto por David Harvey, que seria o espaço absoluto, relativo e relacional. No espaço absoluto observamos a materialização da IA em Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), plataformas estruturadas que substituem a sala de aula tradicional. Já no espaço relativo, a IA redefine as relações entre professores, alunos e conteúdos, promovendo a aproximação entre tempo e espaço, por meio de redes de conhecimentos acessíveis por qualquer lugar.
Contudo, no espaço relacional há desafios acerca de manter a criticidade, e a autoria da aprendizagem frente à automatização. A partir disso, David Harvey, expõe que o espaço não é neutro, que ele é produzido pelas práticas sociais. Dessa maneira, a integração da Inteligência Artificial na educação, requer, além de inovação técnica, uma reflexão ética, política e pedagógica sobre o sentido da aprendizagem, o papel do professor, e os valores que orientam a formação de estudantes.
Isabela Benine Furlan
ResponderEliminarUnesp, turma matutino 61 - Ciências Sociais
Nas últimas décadas, a inteligência artificial (IA) transformou áreas como saúde, economia, educação e relações sociais, promovendo automação, eficiência, personalização e redução de custos. No entanto, como alertado por Milton Santos, sua expansão pode intensificar desigualdades sociais e econômicas, além de impactar negativamente o meio ambiente, ao reforçar a lógica capitalista e concentrar poder.
Além disso, a IA levanta preocupações como o desemprego tecnológico, riscos à segurança digital, disseminação de informações falsas e ameaças à privacidade. Essa realidade amplia a exclusão digital, dificultando o acesso igualitário às tecnologias e ao conhecimento.
No campo educacional, conforme aponta Linda Harasim, o uso excessivo de IA pode comprometer a autonomia, a criatividade e o papel ativo dos alunos, além de reduzir o contato humano e aprofundar desigualdades no ensino. A exclusão digital se torna uma barreira ao desenvolvimento intelectual.
Especificamente no ensino de Geografia, a IA pode ser útil para analisar dados espaciais e discutir desigualdades urbanas, desde que seja aplicada com criticidade e consciência de seu caráter sociotécnico. Assim, é essencial manter um ensino humanizado e inclusivo, em que a IA atue como apoio — e não substituição — do processo educativo e das relações humanas.
Julia Rodrigues
ResponderEliminarCiências Sociais | Período Noturno
UNESP FFC
Inteligências artificiais já são uma realidade no mundo atual. Considerando todo o seu avanço, de aparência relativamente repentina, pode-se afirmar que IA's possuem benefícios. Como citados no artigo, a imersão de determinadas experiências, a adaptação de matérias de estudo para a necessidade de cada estudante, ou o aprimoramento das experiências de usuários em diversas plataformas de entretenimento são considerados vantagens proporcionadas pela nova tecnologia.
Entretanto, é praticamente impossível citar o fenômeno sem apontar seus malefícios. Na educação, já existem diversas preocupações reunidas. A possibilidade de substituição da inteligência humana, por uma artificial. A utilização desenfreada do mecanismo, negligenciando a absorção de conteúdos fundamentais, ou até mesmo a questão de acessibilidade. Como paralelo, entende-se necessário apontar como a falta de regulamentações para IA's perante diversas autoridades ampliam os malefícios diariamente, em vários aspectos.
Dessa forma, compreende-se necessário, além da regulamentação adequada, o empenho em formar profissionais capazes de implementar mecanismos artificiais como parte de suas metodologias, mas, principalmente, assimilar as chances reais de proporcionar as mesmas oportunidades a todos os estudantes.
Na tentativa de relacionar esse processo a Harvey, e seu material, é possível abordar a ideia de "globalização" e "ciberespaço", desenvolvidos por ele, em "O Espaço como Palavra-Chave". David explora os conceitos a partir da análise de espaço relacional, e de representações de espaço, ambas concepções diretamente ligadas, basicamente, à relações sociais, influências externas, e a intangibilidade, que, na visão marxista abordada no texto, é concebida pelo Valor. Tal valor que, por sua vez, incorpora diversas concepções, e, dentre elas, a de desenvolvimento tecnológico, de caráter similar ao artigo.
Gabrielle Beatriz Silva de Souza - Ciências Sociais Unesp FFC (noturno)
ResponderEliminarA Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais presente em nossas vidas, inclusive na educação. Do ponto de vista da Geografia, é importante entender que a IA não é neutra e pode aumentar as desigualdades no mundo. Autores como Milton Santos, David Harvey e Rogério Haesbaert ajudam a pensar sobre isso.
Milton Santos fala que vivemos em um meio técnico-científico-informacional, onde a tecnologia é usada principalmente por grandes empresas e países ricos. Isso cria um mundo dividido: de um lado, os centros de poder; de outro, as periferias. A IA faz parte disso, pois está mais presente onde há mais infraestrutura e dinheiro.
Na educação, a IA pode ajudar com conteúdos e materiais, mas não deve substituir o professor. O contato humano, o debate e a troca de ideias são essenciais para o aprendizado.
Também é importante lembrar que nem todos têm acesso à IA. Muitas escolas não têm computadores ou internet. Isso mostra como a IA pode aumentar ainda mais as desigualdades entre alunos.
Por isso, acredito que a IA deve ser usada com cuidado. Ela pode ser uma ferramenta útil, mas não pode substituir o professor nem reforçar as injustiças já existentes no espaço geográfico. Precisamos usá-la de forma crítica, pensando em todos, e não só em quem já tem acesso a tudo.
Carolina Fischer - Unesp FFC - Ciências Sociais (noturno)
ResponderEliminarO uso da Inteligência Artificial na educação tem gerado entusiasmo e preocupação em medidas semelhantes. Por um lado, ela promete personalização do ensino e acesso a conteúdos variados, por exemplo. No entanto, é preciso olhar com atenção crítica para os efeitos que essa mediação tecnológica pode produzir, especialmente na formação do pensamento geográfico e crítico em sala de aula. A dependência crescente de algoritmos e plataformas pode promover uma aprendizagem passiva, em que os estudantes deixam de elaborar reflexões autônomas e passam a reproduzir respostas previamente sistematizadas por mecanismos automatizados. Nessa lógica, o que podemos observar é uma “sistematização do conhecimento”, ou seja, habilidades didáticas que acabam sendo reduzidas a uma repetição de padrões e comandos, esvaziando o espaço da dúvida, da complexidade e da reflexão.
Outro ponto crucial é o risco de substituição da mediação humana no processo educativo. No caso específico do ensino de Geografia, o professor não é apenas um transmissor de conteúdos, mas um orientador na leitura crítica do espaço, das relações sociais e das contradições territoriais. A IA, por mais avançada que seja, não é capaz de interpretar a realidade com a sensibilidade ética, cultural e política necessária para formar sujeitos críticos. Além disso, o acesso desigual às tecnologias aprofunda as disparidades entre escolas públicas e privadas, entre centros urbanos e zonas rurais ou periféricas, comprometendo o direito à educação plena e emancipadora.
É justamente por isso que se deve pensar em uma “Geografia digital crítica”, que incorpore a IA de forma consciente e transformadora, sem abdicar da mediação docente e do vínculo humano. O desafio não é rejeitar a tecnologia, mas impedir que ela se torne um fim em si mesma. Ao final, o que está em jogo é a manutenção de uma educação humanizadora, que valorize a diversidade, o pensamento complexo e o diálogo, elementos esses que nenhuma inteligência artificial, por mais sofisticada que seja, pode substituir.
Laura Alice da Costa Garcia - Ciências Sociais, noturno, UNESP FFC
EliminarAs IA’s que nasceram com o intuito de mercado, hoje invadem todos os campos do cotidiano, estão na palma da mão com os celulares, assistentes virtuais e funções de pesquisa em quase todos os aplicativos de comunicação. A ferramenta que pode ser chamada para enriquecimento do estudo, também pode causar o esvaziamento do senso crítico dos usuários e bloqueio de desenvolvimentos importantes para o crescimento intelectual, como a própria leitura, ao dinamizar em excesso a construção do conhecimento. Ao relacionar o tema com o aprendizado e ensino de geografia, podemos usar o conceito de espaço, citado por David Harvey, como um conceito complexo de se delimitar, abrangendo essas demarcações do que é ou não espaço nos desdobramentos do sistema capitalista, que avançam sob todas as relações humanas. O espaço criado virtualmente pelas IA’s nunca será ideologicamente neutro, eles respondem a um comando de seus criadores, em sua maioria países imperialistas, como EUA. Desde o momento em que big techs se alinham a um posicionamento conservador os espaços virtuais se fortaleceram como palco de disseminação de notícias falsas, preconceito, chegando inclusive a discursos abertamente fascistas, e em menor ou maior grau apenas repetidores para suas bolhas de informação, pois esses usuários são identificados por seu histórico de movimentação online pela própria IA. Existe também a problemática de acesso a esses espaços virtuais, pois este não é igualitário aos estudantes, não existe no Brasil um projeto de desenvolvimento educacional que contemple essas especificidades do mundo gerado pelas Inteligências Artificiais. O que vemos são professores precarizados que precisam, além de otimizar sua produção, pois competem com máquinas alimentadas por pesquisas científicas de outros docentes, se preocupar em identificar o uso das IA’s nos trabalhos apresentados por seus alunos, pois é inviável uma educação voltada para o uso consciente dessas ferramentas, e ainda assim tentando relacionar sua aula com a mesma para cativar os estudantes que se distanciam cada vez mais do interesse pelo conhecimento.
Mariana Mascimino Belmonte – Ciências Sociais Unesp FFC (Matutino)
ResponderEliminarA inteligência artificial está trazendo mudanças importantes nas formas de ensinar e aprender, mostrando uma transformação que combina com os temas discutidos no Fórum 33. Com o uso de plataformas de Ensino a Distância (E-learning) que contam com recursos de IA, é possível oferecer um aprendizado mais personalizado, que atende às necessidades específicas de cada estudante. Essa abordagem é especialmente importante hoje em dia, pois sabemos que cada aluno tem seu próprio ritmo e seu jeito de aprender.
Ademais, o uso de tecnologias avançadas, como realidade aumentada e realidade virtual, pode tornar o ensino de geografia mais interessante e interativo. Com essas ferramentas, é possível "visitar" virtualmente ambientes naturais, como desertos ou florestas tropicais, sem precisar sair do lugar. Isso não só torna a aprendizagem mais envolvente, mas também ajuda os estudantes a entenderem melhor os conceitos geográficos e como eles estão conectados. Essa experiência mais imersiva pode despertar a curiosidade dos alunos e tornar o aprendizado mais significativo, alinhando-se aos objetivos promovidos pelo Fórum 33.
Apesar dos avanços tecnológicos, ainda enfrentamos alguns desafios. A dependência excessiva de inteligência artificial pode acabar tornando o processo de ensino menos humanizado e até superficial, dificultando um aprendizado mais aprofundado. Além disso, o fácil acesso às informações por meio dessas plataformas levanta preocupações sobre a originalidade dos trabalhos acadêmicos, pois há o risco de práticas como o plágio se tornarem mais comuns. Essas questões são importantes para discutir a ética na educação e a integridade acadêmica, temas que também estão em destaque no Fórum 33.
Outro ponto importante é que a pandemia de COVID-19 acelerou a adoção do ensino online, mostrando a necessidade de nos adaptarmos rapidamente às novas tecnologias educacionais. Essa situação reforçou a importância de desenvolver habilidades digitais tanto para professores quanto para estudantes, para que a integração da inteligência artificial na escola seja feita de forma crítica, responsável e consciente.
A noção de espaço e tempo dentro da sociedade capitalista contemporânea, sugerindo que os processos econômicos e tecnológicos, como o caso em especifico da inteligência artificial (IA), têm um papel importante na transformação do espaço social, o espaço não é algo dado, mas sim produzido por forças sociais e políticas, no qual, as tecnologias emergentes, como a IA, podem tanto facilitar como reforçar a criação de discursos nacionalistas territoriais, a IA pode ser usada para gerar narrativas e algoritmos que reforçam certas ideologias nacionais, por exemplo, através de conteúdos que delimitam fronteiras simbólicas de nação, cultura e identidade.
ResponderEliminarA ideia de "território" como algo que vai além da geografia física, abrangendo dimensões sociais, culturais e econômicas. O território é produzido pelas relações humanas e pode ser transformado, inclusive, pela tecnologia, nesse sentido, a disseminação dos discursos nacionalistas nos territórios pode ser potencializada pela IA, criando um ambiente de “realidade virtual” onde fronteiras e identidades nacionais se tornam mais rígidas e intensamente propagadas.
Ao discutir o conceito de territorialidades não é algo fixo, mas sim um processo dinâmico de relações de poder e mobilidade onde em tempos de globalização e novas tecnologias, os discursos nacionalistas podem ser uma resposta a "desterritorialização", onde as fronteiras físicas e culturais estão sendo constantemente questionadas. A IA, ao ser empregada para reforçar a imagem de uma "nação pura" , pode reforçar essa ideia de territorialidade nacional fixa, mesmo em um contexto globalizado.
A inteligência artificial, especialmente por meio de algoritmos de recomendação e inteligência, tem um papel importante na forma como as informações são filtradas e apresentadas, ela pode ser usada para construir realidades paralelas, onde a ideia de pertencimento territorial e nacionalismo são reforçados, por exemplo, algoritmos que criam bolhas informativas podem isolar indivíduos em narrativas que defendem a supremacia de um território nacional, ignorando ou distorcendo perspectivas de outros grupos.
Além disso, a IA pode ser usada para reforçar discursos sobre segurança nacional e identidade, promovendo visões de "nós contra eles", em que a ideia de um território nacional protegido é amplificada, criando um sentimento de união, mas também de exclusão "surgimento do inimigo a ser combatido". Esses discursos são muitas vezes disseminados por meio de redes sociais e plataformas digitais, onde a IA pode dar mais visibilidade a certos conteúdos, como fake news ou narrativas nacionalistas extremas, favorecendo sua propagação.
Nos lugares em que vivemos, a disseminação dos discursos nacionalistas territoriais ocorre, em grande parte, por meio de mídias digitais, plataformas de socialização e redes de comunicação. A IA está envolvida diretamente nesse processo, já que ela filtra, organiza e distribui informações com base em preferências e padrões de consumo de conteúdo, esses discursos ganham visibilidade e relevância, muitas vezes sem um exame crítico sobre as implicações políticas e sociais que carregam, ou seja, sem fundamentos para legitimar a afirmação apresentada "fake news".
Por outro lado, em contextos mais locais, a IA pode também ser usada para preservar e projetar identidades culturais específicas. Por exemplo, governos ou movimentos nacionalistas podem adotar IA para criar campanhas que reforçam as "raízes" e "valores" de uma nação, o que pode fortalecer o nacionalismo em uma escala mais localizada. A IA, portanto, age tanto como ferramenta de construção de um território simbólico e ideológico, como amplificadora de divisões territoriais mais rígidas.
Kevin Regis
Ciências Sociais | Período Noturno
Unesp FFC
Larissa Pimentel Demendi. Ciências Sociais- Unesp FFC (Marília )
ResponderEliminarO FORO 33 sobre Inteligência Artificial: Seus impactos e desafios na vida das sociedades contemporâneas e na Escola do século XXI propõe uma reflexão urgente e necessária sobre como a IA está reconfigurando tanto as dimensões sociais mais amplas quanto os alicerces da educação, especialmente no espaço escolar. Diante da velocidade das transformações, a proposta apresentada por Andrea Lastória e Luís Mendes se mostra profundamente pertinente: não se trata mais de perguntar *se* a IA afetará a educação, mas *como* vamos responder, resistir, adaptar ou transformar esse impacto em algo construtivo.
A escola do século XXI está imersa em um novo ecossistema cognitivo e tecnológico, e a IA é um de seus motores mais potentes. Por um lado, há um conjunto de promessas e oportunidades: personalização do ensino, acesso a dados em tempo real, ambientes imersivos, tutoria virtual, automação de tarefas, análise de desempenho... tudo isso pode potencializar o aprendizado e apoiar os docentes. Por outro lado, surgem desafios inquietantes: o risco de marginalização de escolas e estudantes sem acesso à tecnologia, a desvalorização do papel humano do professor, o empobrecimento da aprendizagem crítica, o uso acrítico das ferramentas por estudantes e o crescimento do plágio automatizado.
Um dos pontos centrais do fórum é a importância de **não abandonar o leme do processo educativo**. A metáfora do "barco-escola à deriva" é poderosa. Diante de ondas altas provocadas pela IA, o papel dos professores não pode ser reduzido a meros operadores de plataformas. É preciso retomar o protagonismo pedagógico e construir, de maneira consciente, **rotas éticas e educativas** em que a IA seja uma ferramenta de apoio à formação cidadã, crítica e solidária.
A educação geográfica, como apontado, pode se beneficiar da IA ao acessar informações em tempo real e simular experiências territoriais com tecnologias imersivas. Porém, a centralidade da crítica geográfica — que envolve o entendimento das relações de poder, das desigualdades, da sustentabilidade e das dinâmicas socioespaciais — não pode ser terceirizada a algoritmos. A IA deve servir à geografia crítica, e não o contrário.
Por fim, o FORO 33 nos interpela a uma ação coletiva e consciente: **como educadores ibero-americanos, vamos continuar apenas como consumidores de tecnologia, ou seremos sujeitos críticos na sua construção e uso?** A IA deve ser mais um campo de disputa pedagógica, cultural e política. Para isso, é urgente investir na formação docente, fomentar o debate público e, principalmente, fortalecer uma educação que não abra mão da sensibilidade, da escuta, do diálogo e do compromisso com o bem comum. A escola do século XXI não pode ser apenas tecnológica — ela precisa ser, acima de tudo, *humana*.
Parte 1
ResponderEliminarOs desafios de se pensar sobre os impactos das IAs na vida das sociedades contemporâneas e na Escola do século XXI, perpassa diretamente na construção social e histórica da produção do espaço. Milton Santos argumenta que o espaço é produzido a partir da interação da sociedade com o meio técnico, ou seja, a forma como os espaços são organizados, transformam as relações sociais e também os territórios.
Neste aspecto as IAs se estabelecem no meio técnico-científico-informacional da produção do espaço no qual a ciência, a tecnologia e a informação se apresentam como pontos centrais na organização do espaço geográfico, que decorre em novas interações e desigualdades sociais.
Desta forma, as IAs nos espaços educacionais, se não pensadas com o cuidado necessário (percepção de como estes espaços são organizados), poderão reforçar ainda mais as desigualdades. Milton Santos em seu livro: A natureza dos espaços, no capítulo sobre: Uma GLOBALIZAÇÃO DO ESPAÇO? discute que a disputa por espaços é uma dinâmica central do capitalismo, no qual as grandes empresas procuram controlar territórios, quando buscam intervir direta ou indiretamente na criação de infraestruturas e políticas governamentais para que possam expressar-se em prol de suas necessidades produtivas, isto é, buscam regular as normas que atenuem seus interesses produtivos.
Continua...
Neste contexto, é importante frisar que Marx no livro: O capital, no capítulo 13, sobre: Maquinaria e grande indústria, afirma que as tecnologias utilizadas para o desenvolvimento das forças produtivas do trabalho, devem baratear mercadorias, encurtar parte do tempo de trabalho necessário, para então aumentar a produção de mais-valia. Ele sustenta em seu argumento que a maquinaria não foi feita para o alívio do trabalho árduo, mas para a apropriação do capitalista do trabalho excedente para gerar mais mais-valia, isto significa que apesar da tecnologia existir para desenvolver as forças produtivas do trabalho (trabalhador e os meios de produção), o seu principal objetivo é a apropriação da massa de mais-valia (total de mais valia, acima dos custos de produção e salários).
ResponderEliminarAssim como Marx vê na maquinaria a apropriação de mais-valia, Milton Santos mostra que as grandes empresas tecnológicas, ao definirem infraestrutura de IA, selecionam quais territórios serão ‘lucrativos’ ou ‘descartáveis'. Portanto, a complexidade da organização dos espaços passa pela lei da concorrência, ou pela competitividade, como bem coloca Milton Santos no seu texto sobre Globalização.
Essa globalização dos espaços, pode provocar uma uniformidade na disseminação de técnicas e informações, que pode intensificar os conflitos que pulam da ordem privada para a ordem pública, e diante disso, Milton Santos questiona: “ Como alcançar um uso coordenado do espaço quando a lei da concorrência (hoje, a competitividade) sugere uma utilização cada vez mais privatista?”. (p.228).
Esse desequilíbrio estrutural se evidencia ao olharmos para as iniciativas de um projeto piloto da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que visa utilizar a inteligência artificial para ajudar os professores na correção de tarefas dos estudantes da rede estadual de ensino, a reportagem relata que: “A correção será feita dentro da plataforma TarefaSP, destinada a lições de casa. O projeto-piloto terá alunos do 8º ano do ensino fundamental e da 1ª série do ensino médio, com o intuito de ampliar o acesso dos estudantes à resolução de questões dissertativas e apoiar os professores na correção desse tipo de exercício. Por enquanto, como é uma fase de testes, não valerá nota.
Apesar da ferramenta corrigir apenas uma pequena porcentagem dos exercícios e não ter um valor de nota, ela acaba por produzir segregações sociais a toda comunidade escolar. Se estendendo desde a desconexão do vínculo aluno-professor, o foco excessivo em resultados quantitativos e à homogeneização do ensino.
Nesse sentido, se as IAs, tal qual a máquina de Marx, foi feita para extrair mais-valia, e as plataformas reforçam a lógica privatista de Milton Santos, como (e quem) pode assumir o comando para garantir que a escola do século XXI seja um espaço de cidadania e não de exclusão?
Ciências Sociais | Período: Matutino
Unesp FFC Marília
O debate da a respeito da IA na educação é essencial porque envolve questões profundas sobre o futuro do ensino, da aprendizagem e da formação cidadã. De acordo com Milton Santos, em A Natureza do Espaço, a técnica, ou meio técnico-científico-informacional, nunca é neutra ela carrega consigo interesses econômicos e políticos que moldam o espaço onde vivemos. Pensando nisso, a Inteligência Artificial, como uma forma técnica bastante avançada, também segue essa lógica. Apesar de trazer inovações importantes para a educação e o dia a dia, seu uso pode acabar aprofundando desigualdades, especialmente quando é adotada de forma excludente.
ResponderEliminarNas escolas, por exemplo, vemos isso acontecer com o uso de plataformas digitais padronizadas, como as aplicadas na rede estadual de ensino de São Paulo. Essas ferramentas, muitas vezes baseadas em algoritmos, tendem a padronizar o conteúdo e a forma de ensinar, o que pode reduzir a autonomia dos professores e a diversidade das experiências de aprendizagem. Quando a IA é usada apenas para obter resultados rápidos e métricas de desempenho, corremos o risco de perder de vista os princípios fundamentais da geografia crítica e da educação para a cidadania.
Por isso, é essencial que o uso da IA nas escolas seja acompanhado por uma mediação pedagógica consciente, que valorize o contexto local, a participação ativa dos alunos e o olhar crítico sobre o território. A tecnologia deve servir à educação — e não o contrário.
Júlia Gomes do Nascimento
Unesp -FFC
A questão da inteligência artificial na atualidade é extremamente relevante para compreender as dinâmicas da educação, a partir disso Milton Santos, em "A Natureza do Espaço", mostra que a técnica nunca é neutra. Ela está sempre ligada a interesses, reforçando estruturas de poder e influencia diretamente a forma como vivemos e organizamos o espaço. Na era técnico-científica-informacional, as técnicas se tornaram ainda mais sofisticadas e instrumentalizadas pela elite, moldando o mundo à imagem dos interesses econômicos e políticos dominantes.
ResponderEliminarA partir disso, a Inteligência Artificial (IA) é um exemplo dessa realidade, extremamente importante para analisarmos enquanto cidadãos. Embora traga inovações importantes, como a aquisição de dados geográficos e sua interpretação e possa facilitar o acesso ao conhecimento, ela também pode ser usada para reforçar desigualdades. Quando aplicada de maneira acrítica nas diversas áreas do conhecimento, a IA tende a transformar processos complexos, como a educação, em atividades padronizadas e controladas por algoritmos, muitas vezes desconsiderando as especificidades humanas, sociais e territoriais. Tornando a educação um processo de avaliação numérica e sem participação ativa do estudante e diminuindo ainda mais a característica da aquisição de conhecimento do ambiente escolar.
No meio técnico-científico-informacional, descrito por Milton Santos, as técnicas que, ao invés de ampliar a autonomia, são frequentemente usadas para impor uma lógica de eficiência, produtividade e controle. Assim, mesmo reconhecendo que a IA é uma ferramenta poderosa, é fundamental entender que ela não pode substituir a capacitação humana. O professor, como mediador consciente, e o estudante, como sujeito ativo, continuam sendo indispensáveis para uma educação que forme cidadãos críticos e comprometidos com a transformação social.
Sem esse olhar crítico, a IA corre o risco de reforçar uma visão tecnicista da educação, focada apenas em resultados rápidos e padronizados, esvaziando seu potencial formativo. Por isso, como nos ensina Milton Santos, a técnica deve sempre ser colocada a serviço das pessoas, e nunca utilizada como um fim em si mesma.
Instituição: UNESP - Marília;
Aluno: Iago Santana dos Santos Cuba.
Marina Bueno Otoboni
ResponderEliminarCiências Sociais - Unesp FFC (Noturno)
A Inteligência Artificial (IA) já é uma realidade muito presente na vida cotidiana da sociedade, e vem se intensificando, assim como informado no artigo, após a pandemia da COVID-19, que estendeu seu uso ao ambiente escolar, e, consequentemente, ao estudo geográfico que este artigo também debate.
Como tratado no texto, na educação geográfica, os impactos da IA são bem significativos, uma vez que a tecnologia possibilita o acesso a dados em tempo real, como informações climáticas, alterações ambientais e eventos geopolíticos e, com isso, torna o ensino mais conectado à realidade contemporânea, porém existem alguns aspectos negativos. Desse modo, por um lado é positivo para o ensino, pois proporciona a personalização da aprendizagem, a criação de recursos interativos e a otimização do tempo com tarefas mecânicas (como correções automáticas). Mas por outro lado, existem preocupações éticas e pedagógicas, como o risco da substituição do professor, a padronização do conhecimento e a perda do pensamento crítico.
Nesse sentido, é fundamental dialogar com alguns dos conceitos aprendidos em aula, como o de espaço na visão do Milton Santos e do David Harvey. Segundo Milton Santos, o espaço é formado por um sistema de objetos (como prédios escolares, quadros, carteiras) e um sistema de ações (as práticas pedagógicas, os fluxos de informação), e esse sistema está sempre em transformação. Com a introdução das tecnologias há uma alteração tanto dos objetos (computadores), quanto das ações (ensino híbrido e o uso da internet nas aulas), e muito além, também cria um novo espaço, o ciberespaço.
Dessa forma, esse ciberespaço também pode ser interpretado sob as categorias de espaço propostas por David Harvey. Do ponto de vista do espaço relativo, o acesso às tecnologias pode refletir desigualdades sociais e econômicas, pois nem todos os alunos têm os mesmos recursos digitais, o que gera disparidades no processo de aprendizagem, assim o espaço escolar, se torna não apenas físico, mas também social, refletindo relações de poder e desigualdade. Já sob a ótica do espaço relacional, é possível compreender o ambiente escolar a partir das diferentes vivências e percepções dos sujeitos, em que um aluno pode se sentir acolhido e outro excluído.
É a partir disso que se torna essencial relacionar essas transformações tecnológicas com o conceito de globalização de Milton Santos. Para ele, a globalização é um processo de integração econômica, política, social e cultural, que é impulsionado pelos avanços tecnológicos. No entanto, ele também demonstra que existe a “globalização perversa” em que há um aprofundamento das desigualdades, porque apesar das tecnologias promoverem a conectividade global, elas não são igualmente acessíveis, dado que muitas escolas ainda carecem de infraestrutura básica, o que acabaria favorecendo apenas um grupo social e ampliando as desigualdades existentes. Sendo assim, uma Geografia que poderia ser crítica, cidadã e participativa passa a correr o risco de se tornar tecnicista e excludente.
Essa discussão ainda se conecta à discussão de justiça social em David Harvey, em que ele destaca a forma como o espaço urbano é moldado pela lógica do capital, gerando desigualdades por meio da distribuição desigual de recursos, serviços e infraestrutura. E isso, dentro da educação digital, reflete no acesso à IA e a outras tecnologias, seguindo uma mesma lógica do privilégio de alguns, e afastamento dos demais.
Diante de tudo isso, os desafios da aplicação da IA nas escolas, e particularmente no ensino de Geografia, vão muito além do simples uso de novas ferramentas tecnológicas. A IA pode tornar a escola mais conectada, dinâmica e interativa, mas para que ela realmente contribua positivamente, sua adoção precisa ser feita com responsabilidade ética e com políticas públicas efetivas. Porque de toda forma, o espaço, mesmo físico ou virtual, é sempre um espaço de disputa, por isso a luta para alcançar um ambiente justo e inclusivo é fundamental.
A inteligência artificial está transformando muitos aspectos da nossa vida, e na educação isso tem ficado cada vez mais visível. Desde a pandemia, ela passou a ser usada com mais força em escolas, universidades e até mesmo em trabalhos do cotidiano, seja por meio de plataformas de ensino, tutores automáticos, correções por IA ou materiais gerados automaticamente.
ResponderEliminarIsso acabou mudando o papel do professor e também a forma como alunos aprendem.
Autores como Milton Santos já apontavam que a tecnologia, mesmo parecendo neutra, está ligada a interesses maiores. A IA é parte do meio técnico-científico-informacional que favorece a lógica do capital, e por isso, em vez de democratizar, muitas vezes ela reforça as desigualdades, principalmente quando nem todos têm o mesmo acesso às ferramentas digitais.
David Harvey também mostra como o espaço urbano e os serviços, inclusive a escola, podem ser usados para ampliar o lucro e o controle. A IA pode até parecer que facilita o aprendizado, mas pode transformar a educação em algo padronizado e sem espaço para o pensamento crítico.
Michel Agier fala do conceito de fazer cidade, que pode ser adaptado à ideia de fazer escola: a escola não é só um espaço de ensino, mas também de vivência, troca e construção coletiva. Quando tudo passa a ser feito por IA, a gente corre o risco de perder isso. A escola precisa continuar sendo um espaço humano.
Uma coisa que me preocupa é como muitos alunos — e até professores — estão perdendo o hábito da leitura, da pesquisa e da análise crítica. A IA oferece respostas rápidas e práticas, mas muita gente aceita o que ela diz sem nem verificar se aquilo é confiável ou não. Isso enfraquece o senso crítico, que deveria ser uma das bases do ensino. É mais fácil copiar e colar do que refletir e construir um pensamento próprio, e isso está virando um problema real dentro das escolas e universidades.
Na educação geográfica, a IA pode ser uma aliada se usada com responsabilidade. É possível ter acesso a mapas atualizados, dados em tempo real, até experiências imersivas com realidade aumentada. Mas tudo isso só faz sentido se for usado com consciência e com mediação do professor, não como um substituto.
A IA já mudou a vida de professores e alunos, e isso não dá pra negar. O desafio agora é encontrar um equilíbrio: aproveitar as possibilidades que ela oferece sem deixar que isso tire da escola aquilo que ela tem de mais importante — a formação de sujeitos críticos, autônomos e participativos.
Abia Criveli
Discente da Unesp/FFC Marília
João Gabriel de Castro Pereira
ResponderEliminarCiências Sociais - Unesp FFC (Noturno)
É inegável que a inteligência artificial oferece inúmeras possibilidades para enriquecer o processo de aprendizagem. Porém, como toda nova tecnologia, a IA nos deixa com um pé atrás quanto à sua confiabilidade, muito em função de sua rápida ascensão e das reflexões que podem ser feitas ao imaginar e analisar casos de implementação dessa tecnologia no âmbito escolar.
Fica claro que a inteligência artificial não pode substituir os professores, mas, como ferramenta auxiliar, pode fazer sentido. O risco do uso em sala de aula seria o de reforçar desigualdades, no sentido de que escolas com pouco acesso a esse tipo de tecnologia fiquem em descompasso quando comparadas com instituições que possuem esse acesso, aumentando o abismo da desigualdade entre os alunos de cada instituição. Além disso, há o risco de promover uma educação mecanizada, enfraquecendo o pensamento crítico dos alunos, especialmente quando utilizada de maneira irresponsável.
Milton Santos discute a impossibilidade de a técnica ser neutra e, ao trazermos essa reflexão para o debate sobre a inteligência artificial — que pode ser entendida como a técnica associada à informação —, compreendemos que, por mais que ela aparente neutralidade, há interesses econômicos, sociais e políticos por trás de sua construção e aplicação. Isso significa que a própria expansão da inteligência artificial carrega os interesses da classe dominante — uma expansão que tende a aprofundar as desigualdades já existentes, caso seu uso não seja conduzido de maneira ética, crítica e responsável.
Imagino que seja apenas uma questão de tempo para a generalização da inteligência artificial no espaço acadêmico. No entanto, é urgente a formação de educadores preparados para lidar com essa nova realidade de forma crítica e, principalmente, de forma inclusiva.
Manuella Pompeu - Ciências Sociais - Noturno – UNESP
ResponderEliminarO uso da inteligência artificial (IA) na educação é um assunto de debate importantíssimo para a compreensão do modo aprimorado que essas novas tecnologias colocaram a postos de segregação tecnológica e a democratização da informação na nossa sociedade agora completamente envolta nesse rápido e fácil acesso a qualquer tipo de conteúdo, excluindo é claro uma classe específica de pessoas e assim as alienando mais facilmente.
De um lado as ferramentas de IA não vão á lugar nenhum, não sem uma regulação governamental, o uso delas é inevitável, cabe a nossa geração de professores criar um ambiente que estimule o uso dessas ferramentas de modos que verdadeiramente contribuam para o aprendizado, onde o limite expositivo do professor acaba, as IAs podem ser a chave para extrair um melhor nível de apreensão das matérias pelos alunos.
De outro, o treino das IAs pela burguesia informacional é um perigoso campo de exploração desses mesmos alunos, principalmente nas áreas de humanas, onde o fluxo de informações falsas e academicamente inválidas é tamanha a ponto de poder influenciar o output dessas ferramentas para a defesa dos interesses da classe que as treina, sem uma regulação mundial das chamadas fake news que se espalham cada vez mais fortemente, é inegável a ameaça iminente dos grandes think tanks que alimentam os chatbots mais usados.
Além das problemáticas mais evidentes, é importante pensar o acesso á essas ferramentas, a segregação moderna socioespacial influencia não somente o nível de acesso como o modo e a instrução para o uso dessas ferramentas, para alguém com um restrito acesso á dados e um tempo mais curto para os estudos, considerando a necessidade de um trabalho e seu seus deslocamentos, os chatbots como o Chat GPT serão usados a fim de facilitar e encurtar o tempo do estudante, uma vez que o estudo nessa fase de formação do indivíduo pode,para muitos, entrar como uma questão secundária, para alguém com acesso facilitado ás redes, com mais tempo livre e mais instrução e influencia externa da educação, as mesmas ferramentas serão utilizadas de uma gama imensamente maior e mais específica a fim de potencializar seus estudos, aumentando ainda mais a lacuna educacional das diferentes classes sociais.
O texto apresenta uma reflexão profunda e necessária sobre os impactos da Inteligência Artificial (IA) na educação, com foco especial no ensino de geografia. A análise equilibra as **oportunidades* e os *desafios*, reconhecendo que a IA não é apenas uma ferramenta tecnológica, mas um fenômeno que redefine relações pedagógicas, práticas docentes e até concepções de cidadania.
ResponderEliminar*Potencialidades da IA na Educação Geográfica*
A IA oferece ferramentas transformadoras, como o acesso a dados geográficos em tempo real (clima, migrações, desastres ambientais), que podem tornar o ensino mais dinâmico e conectado à realidade. Plataformas interativas com mapas 3D, realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) permitem experiências imersivas, como "visitar" ecossistemas ou cenários geopolíticos complexos. Isso não só engaja os alunos, mas também desenvolve habilidades espaciais e críticas, essenciais para entender questões globais. Além disso, a personalização do aprendizado por meio de tutores virtuais pode apoiar estudantes com diferentes ritmos, democratizando parcialmente o acesso ao conhecimento.
*Desafios Éticos e Práticos*
No entanto, o entusiasmo precisa ser temperado por uma reflexão crítica:
1. *Equidade*: A IA pode ampliar desigualdades se escolas carentes não tiverem acesso à infraestrutura necessária. Como garantir que um aluno em área rural tenha a mesma experiência com VR que outro em um centro urbano?
2. **Humanização do ensino**: A substituição de professores por sistemas automatizados ameaça a dimensão socioemocional da educação. O diálogo, a mentoria e a construção de valores dependem de interações humanas — algo que algoritmos não replicam.
3. **Risco de superficialidade**: Ferramentas como chatbots ou geradores de texto podem incentivar o plágio e a preguiça intelectual, se não forem usadas com orientação crítica. Como ensinar alunos a questionar fontes, contextualizar dados geográficos ou debater conflitos ambientais se a IA oferece respostas prontas?
Conclusão: Navegando com o Lema na Mão
A metáfora do "barco-escola à deriva" é poderosa, mas não precisa ser definitiva. A IA exige que educadores assumam o leme, definindo *para que* e *para quem* a tecnologia serve. Isso implica:
- *Formação docente continuada*, não apenas técnica, mas ética e pedagógica.
- *Políticas públicas* que garantam acesso equitativo e regulamentem o uso responsável da IA.
- Currículos inovadores que integrem tecnologia sem abrir mão de debates sobre cidadania, território e poder.
A geografia, como disciplina que estuda as relações entre sociedade e espaço, tem muito a contribuir nesse debate. Afinal, a IA não é neutra: ela reflete e reforça visões de mundo. Cabe aos educadores garantir que sua aplicação nas escolas amplie horizontes, em vez de limitá-los.
Eduardo de Luca Pires Candido
Unesp|FFC
Pedro Caun Franklin Magdalena Ciencia Sociais- Noturno - Unesp
ResponderEliminarO uso da inteligência artificial na educação é inevitável, mas sem regulação e inclusão real, ela corre o risco de se tornar mais uma ferramenta de aprofundamento das desigualdades sociais. A promessa de democratização da informação esbarra em uma realidade marcada pela segregação tecnológica — algo que o geógrafo Milton Santos já denunciava ao tratar da globalização perversa, onde o acesso à técnica não significa, necessariamente, acesso ao poder transformador do conhecimento.
Hoje, vemos isso de forma clara: estudantes com capital cultural, tempo livre e boa conexão usam a IA para explorar, criar, expandir seus estudos. Já os alunos das periferias, que precisam conciliar trabalho, deslocamento e estudo, recorrem aos chatbots apenas como forma de sobreviver academicamente, encurtando processos que, idealmente, deveriam ser formativos. A informação está disponível, sim, mas o uso dela é desigual — e é essa desigualdade que torna a IA um risco.
Milton Santos já alertava que o espaço geográfico é desigual não só em sua forma física, mas também em sua função social. A IA, quando inserida nesse contexto, apenas reproduz essa lógica. Sem políticas públicas que garantam acesso real, letramento digital e formação crítica, a inteligência artificial não será uma ferramenta de emancipação — será mais um mecanismo de controle, a serviço da elite informacional.
A tecnologia pode, sim, transformar a educação. Mas só se transformarmos, antes, as condições em que ela é acessada e utilizada.
Igor Bertinotti Alcântara Luz - Matutino (Unesp FFC)
ResponderEliminarO artigo propõe uma discussão sobre o avanço da inteligência artificial e seus efeitos na educação, me chamou a atenção como a IA pode aprofundar desigualdades, especialmente quando pensamos no acesso limitado à tecnologia em muitas escolas, aonde a IA se insere numa lógica de globalização excludente, reforçando as desigualdades.
Além disso, há um risco real de que a presença da IA torne o aprendizado mais superficial, se usada apenas como ferramenta para respostas prontas, acredito que o grande desafio é encontrar um equilíbrio, usar a IA de forma crítica, como apoio ao pensamento e não como substituto dele.
Vitória Elisa Maria Francisco - Ciências Sociais Matutino - Unesp
ResponderEliminarO uso da IA na educação está cada dia mais evidente, o que era para facilitar, acaba transformando o desenvolvimento cognitivo do aluno, de certo modo, prejudicando o pensamento crítico e atrapalhando o avanço em seus estudos, sendo nítido a defasagem no processo de aprendizagem. O uso sem regulamentação faz com que o desempenho educacional seja prejudicado, além de aumentar a segregação tecnológica. Além disso, a IA pode contribuir para a corrente de informações falsas que se espalham pela falta de regulamentação da veracidade da informação. Portanto, é visível que a IA tem impactos significativos na sociedade, influenciando na educação e nas relações sociais.
Fabrício dos Santos Belizario - Ciências Sociais | Matutino Unesp
ResponderEliminarA Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais presente na nossa vida e, depois da pandemia da COVID-19, passou a fazer parte também do dia a dia das escolas. No ensino de Geografia, isso ficou muito evidente. A IA ajuda a acessar informações atuais, como dados do clima, problemas ambientais e situações geopolíticas, deixando as aulas mais ligadas ao que está acontecendo no mundo.
Essas ferramentas podem ajudar muito, pois permitem personalizar o ensino para cada aluno, usar mapas interativos e até corrigir atividades automaticamente. Mas também trazem preocupações. Existe o risco de os professores perderem espaço, de os alunos apenas seguirem respostas prontas e de se perder o pensamento crítico, tão importante na educação.
Usando os conceitos estudados na disciplina, podemos entender melhor esses impactos. Para Milton Santos, o espaço é feito de objetos (como computadores, cadeiras, quadros) e ações (como ensinar, aprender, se comunicar). Com o uso da IA, tanto os objetos como as ações mudam. Além disso, surgem novos espaços, como o ciberespaço, onde a educação também acontece.
Já o geógrafo David Harvey nos ajuda a pensar sobre as desigualdades. No ponto de vista do espaço relativo, nem todos os alunos têm acesso às mesmas tecnologias, o que pode aumentar as diferenças dentro da escola. Já no espaço relacional, cada aluno vive esse espaço de forma diferente: alguns se sentem incluídos, outros excluídos.
Quando pensamos na globalização, Milton Santos lembra que ela pode ser positiva, mas também injusta. A chamada “globalização perversa” faz com que os avanços tecnológicos beneficiem só uma parte da população, enquanto muitos ainda não têm acesso básico à internet ou computadores. Isso também acontece nas escolas, principalmente as públicas, que muitas vezes não têm estrutura para usar IA.
Por isso, acredito que o uso da IA na escola e no ensino de Geografia deve ser feito com cuidado. Não basta usar a tecnologia por usar. É preciso pensar em como ela pode ajudar todos os alunos, sem aumentar as desigualdades. A IA pode melhorar as aulas, mas só se for usada com responsabilidade, com bons projetos e com políticas públicas que garantam acesso a todos.
A escola, seja ela física ou virtual, é sempre um espaço de disputa. Por isso, é papel do professor e da Geografia lutar por uma educação mais justa, crítica e participativa.
Cauê Ryan de Oliveira Botin - FFC UNESP – Noturno
ResponderEliminarApós análise do presente artigo, acreditei ser de grande auxilio realizar uma busca seccional, atras de perspectivas que tratassem sobre a inserção da IA em meio ao sistema educacional, encontrei em especial um artigo de Samuel de Oliveira Durso, “Reflexões sobre a inteligência artificial na educação e seus impactos para a atuação docente”, nesse contexto ele apresentou uma certa gradação teórica que tem sido utilizadas no campo da Educação no intuito de compreender o processo de aprendizagem, mas essa retomada desses linhames teóricos o coloca a questionar sobre eventual necessidade de adaptação para que seja possível uma adequação da tecnologia ao meio educacional, haja vista que a maioria dessas bases teóricas partem de contextos socioeconômicos onde não se concebia a possibilidade de uma tecnologia tão imersiva e impactante como nos moldes atuais.
Avançando dentro do texto de Samuel Durso, o autor aborda a possibilidade de “algoritmos realizarem a correção automatizada de atividades avaliativas, inclusive redações”. Atividades antes que não poderiam ser realizadas pelos docentes passam a ser concebíveis, possíveis, nesse sentido o autor encerra em suas considerações finais com a necessidade de os educadores acompanharem essas mudanças e garantirem que a IA seja usada de maneira eficaz e ética para promover o desenvolvimento dos discentes, sendo necessário do decurso desse trajeto a reflexão acerca do papel da educação na sociedade contemporânea.
Dito isso a IA em meio ao sistema educacional se constitui para que unida a um sistema participativo de aluno e educadores, seja subsidiariamente, apenas mais um dentre tantos outros recursos e ferramentas da qual dispõe o professor, uma fonte facilitadora de informações, uma via de acesso a elas, mas que dela não seja feito uma “bussola educacional”, uma vez que, a utilizar um sistema algoritmo como norteador estaríamos retirando por completo a atividade de humanização que emana da ponte criada entre aluno e educador, de modo que se tamanha não fosse a dimensão formativa da interação aluno professor, para a sua formação crítica e acadêmica, Freud não teria observado “é difícil dizer se o que exerceu mais influência sobre nós e teve importância maior, se foi a nossa preocupação pelas ciências que nos eram ensinadas, ou pela personalidade de nossos mestres’’.
Ainda assim toda a observação que se faz, desde aspectos de adequação e adaptabilidade dos educadores aos avanços tecnológicos necessariamente depreende um acesso igualitário, o que observada a luz da teoria de Milton Santos, se mostra distante de uma realidade concreta, onde nem todos os países e grupos sociais teriam acesso a essa metodologia de ensino, seria admirável que apesar de todos os ponto de atenção expostos acima fosse possível a aplicação pratica de um ensino imersivo como tal, mas além das obstacularizações apresentadas do aspecto teórico, há o que se considerar da realidade do ensino público brasileiro e a impraticabilidade, haja vista desmantes sucessivos na educação que vem ocorrendo. Com face voltada a uma ”globalização perversa”, um processo global que promove a interconexão e a unificação do mundo, mas que se manifesta de forma desigual reforçando o aspecto de exclusão social”, tratar de um contexto no qual haveria a possibilidade pratica de aplicação com a superação dos limitadores impostos pelo contexto da globalização apresentada, seria tratar de uma outra globalização, um balizamento no que tange os aspectos práticos do contexto de interconexão global, do contrário qualquer proposta de aplicação no contexto em questão é impraticável.
Otavio Lima de Oliveira - Ciencias Sociais (matutino)
ResponderEliminarUnesp|ffc
Nos últimos anos as tecnologias digitais se tornaram ferramentas indispensáveis no nosso dia a dia. Desde o fim da pandemia a inteligência artificial surgiu no nosso cotidiano em especial nos meios educacionais e isso nos apresenta uma séria de oportunidades e problemáticas.
Com o advento da IA nos é apresentado uma série de novos meios e ferramentas pra se utilizar na educação de maneira positiva.
Mas como bem pontua Milton Santos, os frutos do avanço do meio técnico-científico-informacional não são imparciais, as tecnologias são feitas, utilizadas, e criadas com interesses políticos, sociais e econômicos e devemos nos atentar a que interesse a criação e a aplicação dessas tecnologias na educação responde
GABRIELA F. KURATOMI
ResponderEliminarCIÊNCIAS SOCIAIS - NOTURNO - UNESP FFC
No âmbito educacional, a Inteligência Artificial se proliferou a partir da pandemia da Covid-19, onde alunos estudavam em modelo remoto. Sua facilidade de uso e acesso à diversas informações e respostas imediatas fez com que os estudantes utilizassem muitas plataformas de IA para realizar trabalhos, provas e sanar dúvidas. Isso levou a um grande aumento na popularidade e no uso das Inteligências Artificiais, o que gera debate em relação aos pontos positivos e negativos dessa utilização.
De fato, a Inteligência Artificial nos traz muito pontos positivos, pois pode oferecer respostas rápidas à dúvidas simples, além de facilitar consultas a informações do google para que o usuário não perca muito tempo como era antes da invenção da IA. Entretanto, isso gera certas controvérsias, pois a ferramenta pode apresentar erros nas informações, levando usuários a ler e propagar informações enganosas. Além disso, a IA tem limitações, já que a ferramenta, por ser uma máquina, não tem capacidade de pensamento crítico e pode levar alunos a um esvaziamento desse senso. Diversos estudantes extrapolam na utilização da IA, e ao invés de utilizá-la de maneira a contribuir para um estudo facilitado, substituem a si próprios pela ferramenta e fazem todos os seus trabalhos somente copiando o que a Inteligência Artificial oferece. Esses alunos se afastam da capacidade de pensamento crítico, já que apenas copiam a máquina ao invés de pensarem por si próprios. Por exemplo, em um trabalho onde o professor pede uma resenha crítica acerca de um tema e os alunos utilizam somente a IA e não buscam se enquiquecer lendo e buscando sozinhos, eles acabam por entregar somente um resumo do tema e não uma resenha crítica, que requer análise e senso críticos na leitura de textos do tema, algo que somente uma pessoa é capaz de realizar.
Apesar das Inteligências Artificiais não terem senso crítico, não significa que não exista uma ideologia por trás da ferramenta, já que sua criação tem intuito de mercado. Em relação ao ensino da geografia, fica claro que isso se relaciona com o conceito de espaço proposto pelo geógrafo Milton Santos, que define o espaço como conjunto de sistemas de objetos e ações que se interligam e se modificam. O geógrafo também aborda a ideia de fragmento do espaço, que vemos nas IAs a partir da desigualdade de seu uso, já que nem todos os estudantes tem acesso a tal ferramenta, o que pode colocar estudantes com melhores condições financeiras em maior vantagem em relação a alunos com condições menores.
Como estudante de Ciências Sociais, tenho me debruçado sobre o paradoxo das tecnologias digitais: ferramentas que podem tanto emancipar quanto oprimir, dependendo de quem as controla e de quais valores as orientam. A obra A Sociedade em Rede, de Manuel Castells, foi um marco em meu curso, ao apresentar uma visão otimista sobre o potencial democratizante da internet. Castells argumenta que as redes digitais permitem "comunicação horizontal e autônoma", rompendo com hierarquias tradicionais. Durante a pandemia, por exemplo, testemunhei coletivos periféricos de São Paulo usando o Instagram para organizar doações de cestas básicas – um exemplo concreto do que Castells chamaria de "empoderamento pela autogestão tecnológica".
ResponderEliminarContudo, as aulas sobre Milton Santos, especialmente seu livro Por uma outra globalização, me levaram a questionar essa visão. Santos critica a "fábula" de um mundo unificado pela tecnologia, que esconde a "perversidade" de uma globalização excludente. Enquanto Castells celebra a Wikipédia como espaço de conhecimento colaborativo, Santos me fez enxergar como plataformas como o Google privilegiam conteúdos em inglês e silenciam vozes do Sul Global. Recentemente, em pesquisas sobre o Complexo do Alemão (Rio de Janeiro), notei que muitos moradores dependem do WhatsApp para informações públicas, mas algoritmos priorizam fake news, alimentando desinformação – uma contradição que Santos explicaria como "tirania do dinheiro moldando a técnica".
Essa tensão teórica se reflete em debates atuais. Por um lado, veículos autônomos (como os da Tesla) são vendidos como soluções para mobilidade sustentável, ecoando Castells: "a tecnologia redefine a cidade inteligente". Por outro, como observo em Salvador, esses carros circulam apenas em regiões com infraestrutura 5G, ignorando periferias – o que Santos denunciaria como "circuitos hegemônicos". A mesma lógica se aplica a apps de saúde: enquanto Castells vê no Apple Watch um aliado da medicina preventiva, Santos me alerta para a "privatização do corpo", já que dados biométricos de moradores de subúrbios cariocas são mais valiosos para corporações do que para o SUS.
Alias, minha conclusão, como estudante em formação, é que a tecnologia não é neutra, mas um campo de disputa política. Castells e Santos, embora divergentes, concordam que seu impacto depende de projetos coletivos. Em Recife, por exemplo, tenho acompanhado iniciativas como a Rede de Inclusão Digital da Maré, onde jovens de favelas ensinam idosos a identificar golpes online – uma síntese da "sociedade em rede" casteliana com a "globalização solidária" santiana.
EliminarAprendi que nosso papel, como cientistas sociais, é desnaturalizar a técnica, questionando quem a controla e a quem serve. Afinal, como escreveu Santos, "outra globalização é possível", mas apenas se subordinarmos a inovação a valores éticos. E, como diria Castells, isso exige "redes de resistência" tão criativas quanto as próprias tecnologias que criticamos.
Vikytor Moreno de Sousa - Unesp FFC
Venho acrescentar neste escrito que a grande problemática em torno das inteligências artificiais, não é a ferramenta em si, ferramentas tecnológicas (em teoria) são desenvolvidas para satisfazer necessidades da humanidade e facilitar nossos processos cotidianos. O real problema se apresenta na ordem estrutural, naquilo que rege o processo produtivo da sociedade, tanto de mercadorias quanto de ideias, que é a lógica capitalista do lucro. A partir do momento que temos escolas, universidades, e ambientes de ofício que operam em torno do produtivismo, o ser humano se torna cada vez mais alienado de sua essência, que é exteriorizar sua essência através do trabalho. Dito isso, critiquemos não a ferramenta, que é de um avanço técnico científico gigantesco, mas critiquemos sim, as lógicas estruturantes que fazem a sociedade utilizá-la de forma inumana.
ResponderEliminarEstefany nicole - ciências sociais, Unesp - ffc - Noturno
ResponderEliminarO conceito de ciberespaço está diretamente relacionado às transformações promovidas pelo avanço da tecnologia e da inteligência artificial. Embora essas inovações tragam inúmeros benefícios, como maior praticidade e acesso à informação, também provocam efeitos colaterais importantes, como a solidão, a desigualdade social e a perda da capacidade crítica.
A inteligência artificial, especialmente nos últimos séculos, tem evoluído de maneira acelerada e revolucionária. No entanto, sob uma análise mais crítica, percebe-se que essa evolução não ocorre de forma neutra. De acordo com o geógrafo David Harvey, essas tecnologias, embora úteis, estão inseridas em uma lógica capitalista que reforça desigualdades sociais e estabelece um controle cada vez maior sobre o espaço geográfico, com base em interesses econômicos.
No âmbito da educação, os efeitos da IA também são perceptíveis. Seu uso constante pode levar à diminuição da capacidade de pensar criticamente, ao aumento da desinformação e à criação de um ambiente digital que simula interação humana, mas que, na verdade, reforça a sensação de isolamento. Ao conversar com uma IA, o usuário é atendido imediatamente, suas ideias são aceitas sem questionamentos, e não há espaço para o confronto de opiniões. Diferentemente do mundo real, onde as relações humanas exigem tempo para reflexão, pesquisa e diálogo, o contato com a IA tende a substituir esses processos por respostas rápidas e simplificadas.
Esse cenário evidencia a importância de utilizar a inteligência artificial como ferramenta de apoio, e não como substituição do pensamento humano ou das interações sociais. A presença da IA em áreas como a Geografia, por exemplo, deve ser guiada por uma perspectiva crítica, que leve em consideração não apenas suas utilidades técnicas, mas também suas implicações éticas, sociais e educacionais.
A dependência da IA é crescente na educação e substitui professores por algoritmos, reduzindo o ensino a processos automatizados e questionários padronizados. A pandemia acelerou essa transição, mas a suposta eficiência esconde gravíssimos pontos: desigualdade no acesso, perda da dimensão humana da aprendizagem e risco de formar alunos dependentes de respostas prontas. A IA pode facilitar a replicação de conhecimento, mas não desenvolve pensamento crítico, valores ou cidadania. Enquanto instituições abraçam essas ferramentas como "progresso", professores são relegados a meros supervisores de sistemas que priorizam dados sobre desenvolvimento integral. O debate proposto é urgente, mas não basta questionar, é preciso resistir à lógica que transforma educação em produto e alunos em consumidores passivos. A verdadeira revolução educacional não está em máquinas, mas em repensar modelos que valorizem a autonomia docente e a formação humana.
ResponderEliminarGlaucia Brito.
Ciências Sociais -Matutino-FFC
Gabriela De Sousa Vieira aluna de Ciências Sociais (2º ano) Unesp FFC
ResponderEliminarA leitura deste fórum me instigou profundamente, principalmente ao conectar os impactos da inteligência artificial (IA) com o campo da educação e, mais especificamente, da educação geográfica. Enquanto estudante de Ciências Sociais, observo que a IA não é apenas uma tecnologia disruptiva no mercado de trabalho ou nas relações sociais, mas também um vetor de transformação espacial e territorial — temas centrais na Geografia contemporânea.
Pensando com base no que debatemos em sala, a IA interfere diretamente nas dinâmicas espaço-temporais da vida social. Por exemplo, a análise geoespacial em tempo real, o monitoramento de mudanças climáticas ou o mapeamento de desigualdades urbanas por meio de big data permitem uma leitura mais precisa e integrada do território. A IA, ao permitir esse tipo de visualização, colabora com uma abordagem mais crítica e contextualizada do espaço geográfico, principalmente quando aliada a ferramentas como a realidade aumentada e os mapas interativos, mencionados no texto.
Por outro lado, o desafio da equidade no acesso a essas tecnologias é um ponto sensível que não pode ser ignorado. Se o espaço educacional já é marcado por desigualdades históricas — como a distribuição desigual de infraestrutura escolar entre áreas urbanas e rurais — a inserção da IA pode tanto aprofundar quanto, se bem orientada, ajudar a diminuir essas disparidades. Para isso, é preciso refletir sobre o papel do Estado e das políticas públicas no fornecimento de condições mínimas para a aplicação equitativa dessas tecnologias.
A educação geográfica, portanto, precisa olhar para a IA não só como ferramenta, mas como fenômeno a ser problematizado. Como a IA está reconfigurando o espaço urbano? Quais são os impactos ambientais dessa transformação digital? E como incluir esses temas em sala de aula de forma crítica, sem cair na tecnofilia ou na dependência de respostas automatizadas?
Concordo com a imagem final do texto: a escola, hoje, parece mesmo à deriva em meio a tantas inovações. Mas acredito que, ao trazer a IA como objeto de estudo e não apenas como instrumento de ensino, a Geografia tem um enorme potencial para ajudar a tomar o leme e navegar de forma mais consciente por essas águas agitadas.
Gabriela de Sousa Vieira — Aluna de Ciências Sociais, 2º ano.